Um desejo

E é isto. Para todos os dias. Sempre.



Imagem daqui

É nestes dias

É nos dias de inverno que se testa melhor o calor.
Nos dias de frio, cinzentos, de chuva. De muito nevoeiro em que pouco se vê à frente do nariz. Em que se molham os pés, se sente o desconforto de toda a humidade que rodeia o corpo e as crenças.

Nos dias de inverno em que chove por dentro e por fora. Em que se pensa rumos a tomar, caminhos e escolhas a fazer. Quando nada parece apontar para a luz do sol ou das estrelas. 

É nesses dias de inverno, de frio, de gelo, de vazio e despido da natureza, que testamos o calor da nossa força e voltamos a pensar no regresso de volta, aos nossos dias de verão.





3 coisas.

Sim, passou a voar. Sim senhor, que já estamos na última semana, do primeiro mês. Como? Foi a correr, aos trambolhões mas recta final à vista e esta vontade de estar firme nos propósitos deste ano que se quer de bem comigo, cada vez mais, e com a vida. 

3 coisas para esta semana:
  • Estar e brincar todos os dias. A vida não começa só ao fim-de-semana;

  • Sem TV ao fim do dia e ler mais, ver mais outras coisas boas deste mundo. Este livro, tão bom, tão simples, que tem tanto em cada conjugação de frases e onde já falei aqui. Desligar a alembradura de outras formas, sem ser ligando a caixa com telecomando;

  • Tanta gente genial por esse planeta. Conhecer três pessoas novas e aprender com elas neste portal. Simples, rápido e confortável. 

E sim, mandar para o espaço tudo o que não vale e acrescente cor aos nossos dias, e manter acesa aquela parte irracional de nós, que permite chegar muito mais longe, do que alguma vez pensámos. Semana Boa.

Alguém se junta?


A porta estava aberta

A porta estava aberta.  Disse ela.
Mas ele não quis saber. Foi ficando, mesmo sem saber se ela a queria fechar. A porta.
A cada desencontro, a cada desamor, ela ia dizendo. A porta está aberta.  

Ele não sabia bem o que preferia, sair de vez por aquela porta, ou sentir o vento, da porta aberta, a passar-lhe nos cabelos, e nas ideias, de quem tem dúvidas se era ao certo, ou não, que aquela morada também lhe pertencia.

Os dias,
as semanas,
as estações foram passando.


E com o tempo encontraram pontos de união dos seus amores.  Nos amores de verdade, os corações não precisam de se sobrepor no todo. Nos amores de verdade,  não se vive na ilusão de haver um amor só de sins. Nos amores de verdade, haverá sempre uma porta aberta, porque para amar, a liberdade tem de fazer parte do aconchego desse amor. 


Imagem bonita, sempre cheia de detalhe, de uma querida amiga, onde diariamente, conta histórias através do que se vê, levando-nos a viajar, para lá da realidade. Para acompanhar ver aqui.





Quem sabe, sabe

Um dos bons desafios deste ano é ler mais e melhor. Leio sempre que consigo e não me deixe dormir em cima da página e meia que me calha naquele dia.

Leio livros para os meus príncipes cá de casa. Descobri este que é delicioso para eles:




Que sugiro que seja visto aqui.

Comecei o ano a acabar de ler este. O relato de uma história real, de uma pessoa real com imagens deliciosas, capaz de fazer acreditar que um dia também vai ser possível virar-me e contorcer-me assim:




E agora ando neste:

"A moça, sem querer, carregava aos bocadinhos o amor para dentro de cada gesto, como quem se movia para um único objetivo. De tudo quanto alguma vez carregara, o amor era o mais difícil de segurar."

O amor nascia-lhe só de existir alguém. Era o mais genuíno e limpo dos sentimentos."

(...)

"Porque nenhuma tristeza define obrigatoriamente o que podemos fazer no dia seguinte. No dia seguinte, ainda que guardemos a memória de cada dificuldade, podemos sempre optar por regressar à busca das ideias felizes."

Valter Hugo Mãe. Que livro é? ;)



Ainda é tabú

Ainda não se fala muito nisto. Pelo menos abertamente e com naturalidade. 

Os homens encolhem-se só de pensar que vem aquela altura do mês porque: "uhhhhh...ela transforma-se numa criatura bizarra!" e as mulheres, bom, parece que uma pessoa se deve rezignar à sua sorte.

Bullshit!!

Um texto escrito pela doce Filipa Veiga com tanta naturalidade, neste respeito bom que é o corpo de cada um de nós. Neste caso em particular, o corpo de cada uma de nós. Tão bom, tão bonito. No contexto do meu querido yoga. 

"De facto, na Índia, de acordo com a tradição brahmane, as mulheres descansam nos dias de ciclo menstrual. São ajudadas pelas outras mulheres da família para que descanse e durma. O respeito pelo corpo feminino tem no Oriente uma atenção que nós, no Ocidente, tendemos a esquecer. A verdade é que o ciclo menstrual é muito delicado e pode ser afetado pelo stress, por alimentação pouco nutritiva, pelas viagens, pela falta de exercício ou exercício em demasia.
O primeiro passo é estar consciente do nosso ciclo, que reflete o estado da nossa saúde física e mental. É normal que os problemas adquiram maior intensidade nestes dias e, portanto, um excelente momento para os examinar e encontrar soluções. É um momento de consciência, de sensibilidade, de procurar encontrar o nosso lado feminino, de olhar para dentro."
texto todo aqui


Escolhas.

Insiste.

Persiste.

Não desiste.







Parecia o demónio - parte II ou a Saga continua

A reação ao texto do demónio fez-se sentir com muita gente a falar dos seus demónios em casa. Deve-se alguma praga característica mais desta altura do inverno. Não sei. E parece mais ou menos comum. Tipo como...pôr o dedo no nariz. Ah, é verdade isso ninguém faz. Pois claro.

Em conversa hoje com um amigo, falávamos sobre este fenómeno que mais parece uma moléstia que se apodera das pessoas, quando nos lembrámos das repercussões que este demónio tem nas pessoas. Ficam, na verdade, possuídas.

Há nas duas versões. 
Quem acha que está acordado e quem tenta acordar.
Na primeira temos quem se deixa dormir e jura a pés juntos, ou melhor deitados, que não o estava a fazer. De nada adianta mostrar o fio de baba que entretanto fico a escorrer, ou o cabelo desgrenhado e melhor (ou pior...) a falta de lucidez demonstrada.

"- Acorda, vá, vai-te deitar na cama!
- Quem, eu?!?! Nem tenho sono! Não vez que estou a ver na TV o ughigrunflekj jkljkl..." e apagou-se de novo. 

Pior mesmo só a segunda tentativa em que se tenta, de novo, com enorme paciência, voltar a acordar o ser que está possuído pelas demoniacas mantas, cobertas, almofadas e conforto do sofá. Entre tons de vozes alterados, palavredados pouco contidos e salpicos de baba fresquinha a escorrer, surge um monstro diante de nós, transformado, mesmo que seja a partir da pessoa mais dócil, acordada há muito poucas horas. 

1 para o demónio, 0 para o ser amorfo.

Em relação à outra versão, a quem tenta acordar o monstro, sabe-se pouco. Apenas que ouve o que não quer, raramente responde e tem paciência até transbordar de uma caneca de chocolate quente. 

Vou agora, só ali enroscar-me mais um pouquinho. Este embalo do sofá, corresponde à versão de adulto de uma alcofa de bebé: aconchega, reconforta e sabe tão bem o sono que por lá desmaia. 







Gente interessante e gente que interessa

Este é um ano de viragem. Começou em setembro, quando entrei neste último ano dos trinta. Ser mais feliz todos os dias, sentir-me mais satisfeita e respeitar cada vez mais a pessoa que sou e quero ser. Blá, blá que parece tirado de uma qualquer revista amarelo florescente. É uma verdade. Ponto.

Aparentemente tudo simples, não houvesse um sem números de condicionantes diárias: as que existem e as que inventamos para nós.

E há palavras que me voltam sistematicamente à mente. Julgo que serão as minhas verdades. Coisas para me apropriar. Como esta:



Ou esta, referente a focar. Lembro-me sempre desta imagem:





Outro pensamento recorrente é o de portas a fechar. Ciclos que se precisam de fechar, desvalorizar, como aqui.

São as minhas verdades. É verdade também que complicamos muito e que nos focamos muito no Não, em vez do Sim. Em gente que não nos interessa e não falo mal dessas pessoas. As pessoas que não nos acrescentam a nós, felizmente e certamente acrescentam a outras pessoas. Assim como nós. Somos pessoas sem interesse para uma data de gente. Ainda bem.

E depois há tanta gente com quem podemos aprender, ver novas perspetivas, novos horizontes, perceber que há mundo imediato, para além do nosso mundo. É o que acontece quando viajamos e vemos paisagens diferentes das nossas. É o que acontece quando nos permitimos ver outras geografias humanas, para além das óbvias e das habituais.

Design e Felicidade. Com este aqui.
Gente interessante e gente que interessa. Tão simples.



Parecia o demónio

Um dia inteiro.

Muitas horas. Várias, muitas pessoas e vozes na cabeça. E à volta. Não pára de haver pessoas à volta.

Chego a casa. Muitas coisas, sempre para fazer. Cheiros e sabores na cozinha. Pedidos urgentes, são sempre urgentes os pedidos dos meus gigantes-pequenos, mais uns jeitos ao ninho, às roupas e plumagens.

Mais de 15 horas depois aterro ali. E aterro sem grandes paragens pelo caminho. Apenas aterro, com ares de avião que passou por uma qualquer guerra mundial e só quer poisar o seu nariz. Aterro. Ponto.

Já viram gatos a aninhar-se num cesto felpudo e quentinho? Aninho-me nele. E por lá fico, na esperança que dali ainda consiga sair com vida, lucidez e energia suficiente para só mais um pouco. Há sempre mais um pouco, não é? Às vezes vão agendas, cadernos e canetas atrás, naquela esperança tola e ingénua de quem acredita que ainda vai fazer só mais um pouco. Sim, sim...

Há um silêncio que rodeia. As vozes, as muitas vozes sossegam. As urgências também. E ele, muito sedutor, tanto que parece o demónio. Recosto-me e sinto a respiração a acalmar, numa entrega quase ingrata de quem sabe que já perdeu. Ele ganha quase sempre. É demasiado tentador. Sinto os músculos a ceder. Penso que será desta que irei ver, ou acabar de ver, a série que ontem, (ou foi antes de ontem ?), comecei. Os filmes já quase que desisti. Ele não me deixa.

Quando dou por mim, estou rendida. Caem os cadernos, a agenda, até já o pc desapareceu do raio de ação e visão. Novamente, ele vence.
Maldito sofá, parece o demónio.




Inícios

Início da semana.

Inícios de novos ciclos. Ainda. Um ciclo tão bom de trabalho que me desafia, puxa para alguns limites e no qual me redescubro. 

Uma encomenda que chegou hoje e pela qual estou grata. 

Porque a felicidade continua a ser uma escolha, mesmo em dias cinzentos, com o sol a dar o ar de sua graça.






Ahhh, planos para 2016

Planos para hoje,
para amanhã,
para depois de amanhã,
para depois, depois de amanhã.
Escolher :)






Confia

Podia ser qualquer um de nós. Pode ser qualquer um de nós.

E mais não dá para dizer. Confia. Confiemos em todas as Sofias.

Abraço grande, grande.



Para amanhã

Sim, não deixes para amanhã o que podes fazer hoje mas às vezes no hoje não cabe mais nada. Este é o projeto para amanhã e para depois e para depois ainda. E pouco para já agora porque quando se começa a acreditar já se está a dar um passo de gigante.

Bati com a porta

A promessa de reavaliar começou em setembro, em jeito de despedida desta década que me tirou e me deu muito mais. 

Por isso, os balanços têm sido feitos desde então e são reforçados agora por este novo começo de ano, com cheiro de todas as possibilidades. 

No meio de muitos pensamentos, tem sido recorrente a imagem de portas. 
Portas bonitas e pesadas a fecharem-se e a encerrarem ciclos, pessoas, emoções. Portas que se teima em manter abertas apesar de tudo o que já se sabe que não vem de lá mas que se insiste em que sim. O tempo e os dias vão mostrando que não, que é tempo de estas se fecharem. Talvez se abram outras novas, ou não. Mas o que chega, chega. É tempo de novos ares, novas gentes, novos lugares, novos sítioes e desafios. Fechem-se portas, ficam as experiências, vivências e as muitas aprendizagens. Sem mágoas. 

A vidinha é, normalmente, muito mais simples do que se pensa. Haja coragem para fechar capítulos. Haja a vontade e fé de acreditar de novo. Uma e outra vez.