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Pais que Respiram. Mas como?
Sou Mãe.
Mas também sou tantas outras coisas e são todas essas que me fazem ser Também Mãe. Melhor Mãe.
Gosto de maternar.
Mas também gosto de tantas outras que me fazem ser Melhor Mãe.
E não é preciso pedir licença ou desculpa pelo aquilo que sou ou quero fazer. Somos um pacote completo que não tem que se compartimentar ou sofrer nesse processo. Contrariamente ao que muito se diz por aí ou a história que nos quiseram fazer acreditar.
Gosto de dançar, então danço com os meus filhos, ou sozinha. E então?
Gosto de cantar, mal, mas de cantar. A gritar pela casa ou no carro. De pôr música alta quando me diz algo.
De meditar mesmo que tenha fechado a porta e é precisamente nessa altura que tenham a dúvida número 378 do dia, urgente, ultra-urgentíssima e andem à minha volta à espera que pare de respirar como se estivesse com falta de ar. (O que é que se passa com a mãe??).
De comer spirulina com iogurte e ficar tudo verde e eles dizerem a primeira (e a segunda, e a terceira...) vez: Que nojo mãe!
Libertar do peso da culpa de uma ideia que se imaginou que seria ser a Mãe ou o Pai perfeito. E isso lá existe? Deseja-se que não.
Porque não queremos filhos perfeitos, que tenham medo de ser o que querem ser, dizer, fazer. Queremos filhos que respirem, como os Pais Respiram, sendo simplesmente quem são.
Por isso, para termos filhos que Respirem, sejamos cuidadores também de nós, para respirarmos bem, todos os dias.
Para hoje enumerar 5 ações ou coisas só suas que lhe façam bem e que facilmente lhe ponham um sorriso no rosto. Fazer uma por dia, durante a próxima semana, melhora os níveis de bem estar com os mais novos.
Vamos a isto?
Ah... e vem aí uma Nova Oficina para "PaisqueRespiramAmamMelhor.
Online a 27 de junho às 14h.
Para todos os Pais e Educadores que querem (re)aprender a encontrar o seu espaço no meio do barulho dos dias com crianças.
Mais informações e inscrições: abelpb@hotmail.com.
Precisamos de nos abraçar mais
Ontem ao fim do dia, entre passar roupa a ferro e começar a tratar do jantar, a Maria perguntou se podia ir jogar um jogo de tabuleiro porque ainda não tínhamos feito nada juntas. Num cenário lindo de novela, largaria tudo e ia jogar. Há dias em que é possível, ontem não dava porque sabia que daí a 40 minutos iam-me perguntar o que havia para o jantar e não lhes podia responder: jogo de tabuleiro! Então perguntei-lhe se queria fazer comigo, um bolo para comermos como sobremesa e assim estaríamos juntas a fazer algo. Concordou logo e foi tão bom aquele tempo de nós as duas.
Semana passada, enquanto novamente passava a ferro, perguntei se queriam jogar um jogo de tabuleiro. Que eu tomaria as decisões e daria as respostas mas que pedia a ajuda deles para jogarem por mim. Estávamos os três juntos e divertimo-nos muito mesmo comigo com um ferro na mão.
No outro dia, a Sónia Morais, do Cocó na Fralda, descrevia aqui um desabafo sobre as suas correrias de mãe com quatro filhos. Conciliar horários, esperas, levar uns a um lado enquanto, ao mesmo tempo, desenvolve o seu trabalho. Muitos dos comentários que recebeu foram de crítica de que, não fazia sentido queixar-se, que é uma privilegiada, que a escolha de 4 filhos ou de ser trabalhadora liberal era dela e que por isso não fazia sentido estar ali naquela lamuria.
Na altura, comentei o seguinte:
"Um dia vamos ser uma comunidade de mães e pais que se apoiam. Que percebem que as realidades são todas diferentes umas das outras. Todas. Que todos fazemos escolhas diferentes. E que, temos tanto direito para nos queixar, apenas para a seguir continuar a fazer caminho. Deitar para fora faz bem. Faz bem à Sónia, faz bem a mim, faz bem a toda a gente. Torna-nos humanos mostrar a vulnerabilidade de cada um. Aceitá-la. Desejosa desses textos em vãos de escadas, a fazer o pino, a andar de bicicleta! A realidade da Sónia é diferente da minha e estou grata por essa partilha porque é possível retirar das suas aprendizagens aquilo que faz sentido no meu caminho. O resto pertence à Sónia.
Porque um dia, vamos ser uma comunidade de mães e pais que se apoiam.Independentemente, se têm empregada ou não, com bicicleta, carro ou triciclo, com avós/maridos/vizinhos a apoiar ou sozinhas. Abraço Sónia :)"
Semana passada, enquanto novamente passava a ferro, perguntei se queriam jogar um jogo de tabuleiro. Que eu tomaria as decisões e daria as respostas mas que pedia a ajuda deles para jogarem por mim. Estávamos os três juntos e divertimo-nos muito mesmo comigo com um ferro na mão.
No outro dia, a Sónia Morais, do Cocó na Fralda, descrevia aqui um desabafo sobre as suas correrias de mãe com quatro filhos. Conciliar horários, esperas, levar uns a um lado enquanto, ao mesmo tempo, desenvolve o seu trabalho. Muitos dos comentários que recebeu foram de crítica de que, não fazia sentido queixar-se, que é uma privilegiada, que a escolha de 4 filhos ou de ser trabalhadora liberal era dela e que por isso não fazia sentido estar ali naquela lamuria.
Na altura, comentei o seguinte:
"Um dia vamos ser uma comunidade de mães e pais que se apoiam. Que percebem que as realidades são todas diferentes umas das outras. Todas. Que todos fazemos escolhas diferentes. E que, temos tanto direito para nos queixar, apenas para a seguir continuar a fazer caminho. Deitar para fora faz bem. Faz bem à Sónia, faz bem a mim, faz bem a toda a gente. Torna-nos humanos mostrar a vulnerabilidade de cada um. Aceitá-la. Desejosa desses textos em vãos de escadas, a fazer o pino, a andar de bicicleta! A realidade da Sónia é diferente da minha e estou grata por essa partilha porque é possível retirar das suas aprendizagens aquilo que faz sentido no meu caminho. O resto pertence à Sónia.
Porque um dia, vamos ser uma comunidade de mães e pais que se apoiam.Independentemente, se têm empregada ou não, com bicicleta, carro ou triciclo, com avós/maridos/vizinhos a apoiar ou sozinhas. Abraço Sónia :)"
Esta semana vi este este vídeo da Megan Markl sobre a sua experiência na maternidade e como a simples pergunta de Como é que te estás a sentir? pode ter um impato importante na forma como nos vemos como mães e nos apoiamos.
O vídeo foi postado na página poderosa da Rafaela Carvalho e para além dela, sigo mais um ou dois testemunhos de Mães, por coincidência (ou não) brasileiras e que abraçam a sua maternidade, abraçando a dos outros. São mães normais que partilham as suas fragilidades e conquistas, sem se sobrepor, nem vitimizar. A grande diferença de discurso e testemunhos que encontro aqui é menos julgamento e maior aceitação.
Aceitação que há dias em que o leite vai entornar e o filho, vai com uma nódoa para a escola mas a sorrir.
Aceitação que há dias em que em vez de uma sopa, conseguiu-se que comessem um pouco de verduras mas escolheu-se que o momento alto do dia era estarmos juntos ao jantar mais do que se recriminar porque não seguiu toda a tabela nutricional devida.
Aceitação que há dias em que não se conseguiu escovar o cabelo da filha e foi de toutiço mesmo, levou dois beijos bem dados nas bochechas antes de por a mochila nas costas. A recordação principal daquela manhã, foi o beijo da mãe.
Aceitação que há dias em que se vai para a casa de banho, para o segundo banho do dia para chorar em paz, sem ser interrompida e mesmo assim, uma mão pequena vai bater na porta e diz: "Mãe, estás aí?"
Aceitação. Aceitar que em cada momento apenas fazemos o nosso melhor. Que o melhor de cada um tem a ver com a sua realidade, a sua história, o seu contexto. Menos julgamento, mais aceitação, mais abraços. Aceitar a sua realidade e a dos outros. Seja na maternidade ou em outra coisa qualquer.
Porque um dia vamos ser uma comunidade de Mães e Pais que se apoiam.
Pais que Respiram
Porque (Em)Birras comigo?
26 outubro - Sertã
29 novembro - Lisboa
Inscrições: abelpb@hotmail.com
É paixão - parte II
Dá um trabalho danado, não adormecer.
Não adormecer no ritmo dos dias, nas suas rotinas, e turbulências.
Não adormecer porque a música é sempre a mesma, a que ouvimos por fora e a que cantamos por dentro, e que rima com medo, não sermos capazes ou com o adiar para uma altura melhor. A altura melhor, será sempre agora em vez do depois.
Não adormecer porque nos acostumamos ao de sempre.
O contrário é encontrar um despertador bem barulhento por dentro e dizer mais Sins do que Nãos. É insistir e voltar a remexer naquilo que nos põe um brilho no olhar e faz sorrir de nervoso miudinho só porque sabemos que faz parte de nós, a nossa verdade. E as nossas verdades só podem trazer sabores doces de amor, mesmo com os dissabores do momento.
Duas ações que me deixam sempre com borboletas boas na barriga. Estão convidados com toda a entrega e amor.
Abraço de sol.
Até breve.
P.S.: Informações/inscrições - abelpb@hotmail.com
Não adormecer no ritmo dos dias, nas suas rotinas, e turbulências.
Não adormecer porque a música é sempre a mesma, a que ouvimos por fora e a que cantamos por dentro, e que rima com medo, não sermos capazes ou com o adiar para uma altura melhor. A altura melhor, será sempre agora em vez do depois.
Não adormecer porque nos acostumamos ao de sempre.
O contrário é encontrar um despertador bem barulhento por dentro e dizer mais Sins do que Nãos. É insistir e voltar a remexer naquilo que nos põe um brilho no olhar e faz sorrir de nervoso miudinho só porque sabemos que faz parte de nós, a nossa verdade. E as nossas verdades só podem trazer sabores doces de amor, mesmo com os dissabores do momento.
Duas ações que me deixam sempre com borboletas boas na barriga. Estão convidados com toda a entrega e amor.
Abraço de sol.
Até breve.
P.S.: Informações/inscrições - abelpb@hotmail.com
Uma panela de ferro
Era uma cozinha com cheiro defumado, um pouco negra até do fumo da fogueira no chão. Umas panelas de ferro por cima. Um caldo de sopa, com couves. Um chocolate quente, feito por alturas da Páscoa, tão forte por ser com leite de vaca fresco, muito, muito açúcar e várias tabletes derretidas em lume brando, tanto quanto a lenha que a minha querida avó Maria quisesse colocar. Tão forte que acabava sempre comigo, em amena descarga intestinal mas, que interessava isso, pelo sabor forte e emocional daquilo tudo. Demorava tempo cada uma destas iguarias. Ainda lhes sinto o sabor e o cheiro.
Muitos anos depois, recebo uma mensagem via WhatsApp. Estou a fazer o jantar, em modo de ritmo de semana: panela de pressão ao lume com sopa, filetes e arroz a fazer no forno, para rentabilizar recursos e tempo. Vejo de esguelha a mensagem e paro tudo. Sorriu. Uma panela de ferro ao lume. Um caldo com cor vibrante. Um prato de sopa a que quase sinto o cheiro. A minha querida e doce avó Maria, já não está cá para assistir a estas modernices de se verem sopas e lareiras, à distância de um clique. Num segundo, teletransporto-me para a pequena casa desta minha avó: cheiros, sorrisos, os beijos dela.
Num segundo depois estou a ler esta mensagem, enviada por esta tão sábia amiga. Decide sempre escolher uma ou duas palavras no início de cada ano e que definirão o norte das suas ações, durante os 365 dias que o compõem. Esta minha amiga, pensa de forma bonita, pondo a razão ao serviço do coração e por esse mesmo motivo, completou a palavra serenidade, com esta panela de ferro. Fazer o lume. Esperar pelas brasas. A água e o seu tempo de fervilhar. Colocar os ingredientes. Mexer tudo. Saborear uma sopa, feita de tempo, reflexões, gratidão e vagares.
Cada um adequar os ritmos, ao que lhe faça sentido. A mim iria dar-me um ataque de nervos, se tivesse que fazer assim, as sopas, cá em casa. Mas admiro-a tanto nesta capacidade individual de se saber respeitar.
No fundo, passa por cada um saber respeitar, o que a cada um, faz bem.
Escolham-se as palavras que nos façam felizes. Mude-se o contexto que nos rodeia. As mudanças por dentro, acontecem com pequenas mudanças por fora. Ponham-se em prática as ações que lhes vão dar vida. Saboreiem-se estes e outros caldos.
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