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6 dicas para os intervalos ...

... de estudo.

Este mês, dedicado  a esta reta final de ano letivo. Como aluna, recordo-me de sofrer com estas épocas, vividas como tudo ou nada e em que algumas vezes, as emoções levaram a sua avante em detrimento dos resultados. Quando falo com jovens a preparar os exames é isso mesmo que me dizem: Eu até sabia mas... 

A parte emocional é tão importante para que as respostas saiam direitas e como merecem ser feitas. Se houve trabalho, porque não ter também os resultados merecidos?

Por isso, 6 dicas para os intervalos de estudo e trabalho.

1. Manter a atividade física. Pensa-se que é importante ter mais tempo de estudo. Só que mais tempo, não significa mais qualidade. O exercício físico ativa a oxigenação para além de libertar hormonas que fazem sentir tão melhor a seguir. Quem faz natação, o pino, futebol, ballet, hip hop, zumba ou caminhadas... é favor manter!

2. Amigos. Os amigos são quem tem as mesmas dúvidas, preocupações, para além de permitir a partilha de saberes. Por vezes, só quando aquele amigo explica uma certa dúvida, é que se percebe. E tal acontece, porque tem a mesma linguagem que o jovem tem. E mesmo que seja só para ir comer um gelado ou uma volta de bicicleta... haja amigos para fazer caminho.

3. Refeições à mesa. Sentar e comer, em conjunto. Se já é um hábito antes da época crítica, imagine-se nesta altura. Não só porque há a tendência para que, com os apertos de estômago, parecer ter menos fome, mas porque é um momento de partilha e de descompressão. Com os nutrientes certos, de comida e de afectos, as refeições são rituais a manter.

4. Humor. É a altura para descomprimir também. Níveis de stress certos ajudam a focar. Níveis exagerados, sobrecarregam as funções do cérebro. O humor alivia. Porque não ver um vídeo em conjunto de apanhados, de animais, ou aliviar as preocupações? Lembro-me de um dia, a caminho de um exame, comentar que quase que preferia que o armário da roupa me caisse em cima, para não ter que ir prestar contas daquela disciplina. Mal verbalizei, desatamo-nos a rir e tudo foi passado em perspectiva. 

5. Natureza. Seja em que idade for, é levá-los a ter contacto com a natureza. Seja numa esplanada, junto ao mar, a dar uma volta de bicicleta, num parque perto, ir ao rio, fazer uma caminhada... O contacto com a natureza serena sempre.

6. Silêncio. Dos maiores desafios para os pais. Ouvir. Ouvi-los sem querer dar logo a resposta, sem querer logo ajudar. Às vezes basta ouvir, fazer silêncio, deixá-los partilhar uma frase, sem serem interrompidos. 








ahhh...época de exames, testes, provas e afins

Está quase, quase no fim MAS ainda falta um teste, um trabalho, uma prova, um exame. Seja em que idade for ou o ano de escolaridade que frequentam, quem é mãe ou pai, passa por algumas destas questões:

- Como não vais fazer resumos da matéria?
- Ainda não fizeste todas as 53 fichas de trabalho?
- Porque não revês a matéria em voz alta?
- Não queres ir a todas as aulas de apoio?

Os pais têm boas intenções e eles, os filhos também. Agradecem as sábias palavras que lhes transmitem, as estratégias. Só que existe um senão. Nem sempre os filhos têm o mesmo estilo de estudo e trabalho que os pais tiveram. É preciso conhecer o filho, confiar e responsabilizá-lo na forma que mais se adequa a ele. Mas isso quer dizer que não posso sugerir nada? Pode mas pode também ver, de entre as mais de 20 formas de estudar, qual a que mais se adequa à personalidade e raciocínio dele. 

Uns gostam e precisam de fazer exercícios.
Outros precisam de fazer intervalos, de quando em vez,  e há quem prefira estudar em blocos de estudo maiores.
Há quem goste de fazer resumos de todas as cores e feitios.
Quem prefira estudar logo pela fresca e quem funcione melhor ao fim da tarde.
Outros gostam de sublinhar livros, colar papelinhos. Outros que apenas lêem e revêm assim. 

Trabalhar o estudo é tão importante, basta descobrir como fazê-lo da melhor forma. ;)






Quando um trabalho, não o é.

Quando me perguntam o que é que eu faria se ganhasse o Euromilhões (que nunca jogo), entre outras coisas simples, sai-me: construir uma escola como me desse na gana.

Há escolas lindas, onde todos as crianças são bonitas, quer tenham ranho a escorrer, t-shirts rasgadas ou piolhos na cabeça. Onde chorar não faz mal, faz apenas parte do processo. Onde há tempo para aprender, para os professores e para as crianças. Onde a escola teria muito espaço para brincar. A maior parte seria para descobrir, explorar, procurar e fazer muitas, muitas perguntas. Rodeado de muito verde, de animais. De música, de pinturas e faz-de-conta. De ajudar.

Era isto.





Uma das partes do meu trabalho é ajudar a estudar. Chamo-lhe sessões de métodos de estudo. Explico sempre aos pais que não é bem explicações porque não estamos só a falar das matérias. Às vezes (muitas vezes) falamos deles. Às vezes também de mim, porque a modelagem é um processo de aprendizagem, explicado pela Psicologia. Quase tudo tem um objetivo e um prepósito, por isso se calha em conversa falarmos do último episódio de uma qualquer série que andam a ver, isso é aproveitado para refletir sobre eles e nos objetivos que têm para as suas vida e na qual a escola faz parte.

Estudar tem de ser bom. Tem de ser divertido. Tem de saber a doce, mesmo que pareça salgado ou azedo. Eles têm de aprender a rir dos disparates, enquanto vão aprendendo a responsabilizarem-se e assumirem o compromisso que fizeram com eles próprios, sobre as notas que eles querem ter. E também se ralha e se chama a atenção e não é por se estar em ambiente descontraído que se é menos exigente. Ali se aprende a olhar para os livros como aliados, a consultá-los, a fazer esquemas.

Tudo isto só faz sentido se eles gostarem um pouco mais deles, como pessoas e como alunos. Por isso quando estou a estudar com eles, muitas vezes não damos conta que o tempo passa, embora a gestão do tempo também seja acarinhada ao longo daquela hora.

Há dias de maior cansaço. Deles e meu mas na maior parte das vezes sinto que aquilo não é bem trabalho... é uma forma de estar.

Por isso, quando me perguntam o que é que faria se ganhasse o Euromilhões, seria mais ou menos isto, em grande escala e com que partilhasse esta loucura de achar que estudar é sobretudo uma descoberta para o novo.