#5Olhá-ó-Livro-Fresquinho




Falar de amor e amizade é falar de coração. Daquele outro, que não seja o órgão mas que, na verdade se sente, quando algo está em maior aperto ou a transbordar de felicidade. 

Esta é uma história intemporal e também para todas as idades. Aliás, muitos livros infantis, têm o título de serem para crianças, quando na verdade, verdadinha, tocam muito os adultos que os lêem para a sua criança interior e para as crianças que têm à sua frente. 

Que seja um verão de Corações aos Milhões. Estamos todos a precisar, mais do que nunca, de nos enternecer com afectos e emoções bonitas. 



"No mundo inteiro há corações aos milhões, 
milhões de corações diferentes e se o dele é um músculo, 
o meu, 
que rufa como um tambor, 
é uma caixa onde guardo as cosias que sinto todos os dias!"







Para saber mais, da escritora deste livro tão bonito, basta ir aqui.





Porque é bom para...

... Pais? Para nos lembrar da nossa criança interior e como é simples voltar às nossas histórias, que tanto nos aproximam dos nossos filhos. Faz-nos reviver a forma bonita como as crianças (e a nossa criança interior) vê magia em todo o lado. E os dias com magia, são sempre os mais bonitos. 


...Crianças? De uma forma divertida, com jogos de palavras, as crianças são levadas a pensar sobre a palavra coração, em reviravoltas de imaginação. As imagens acompanham tão bem, o texto. 


...Adultos-não-Pais?  Porque fala de amor e brinca com as palavras. Faz-nos viajar dentro de nós. É bom para sonhar, sem sair do lugar. 


Boas ideias


Falei da Sandra aqui e conheço também a Ângela, e o trabalho que fazem com pais e profissionais nestas andanças da educação. Quando se participa nas suas ações, não é possível ficar-se indiferente. Sai-se melhor. 

Fica a sugestão deste ciclo de workshops, agora com formato mais fácil, em regime online. 

informações e inscrições no site delas - https://familycoaching.pt/







Vamos cuscar #30

Parece coincidência mas não deve ser. Mesmo não me tendo apercebido que já chegámos ao número trinta (tantas pessoas com histórias bonitas...), não será por acaso que comemoro as trinta entrevistas aqui no Blogue, com esta pessoa. 

Os entrevistados do Vamos Cuscar são pessoas que, de alguma forma, se cruzaram no meu caminho, que deixaram algo transformador, que têm um lugar nesta Vida de entregar e de deixar o Mundo, um pouco melhor. 

A Rafaela encarne todo esses condimentos. Aos 30 anos é proprietária de uma loja. Engane-se quem pensa que ali se vende roupa. Ali a roupa é um pretexto para fazer as pessoas felizes e sentirem-se bem com elas próprias. Seja que tamanho, cor, riscas, altura e beixura tenham. A Rafaela vê pessoas, não olha a tamanhos. Tem uma alegria contagiante mesmo que à volta esteja tudo cinzento. Há quem veja o copo meio cheio. A Rafaela vê barragens de água cheias, quando ninguém consegue ver, sequer uma gota. 

Não é um exagero o que aqui digo. Para confirmar o coração grande que tem, só mesmo passando por lá ou pelas páginas oficiais e ter aconselhamento individualizado sobre o que mais favorece a cada um. 

Vamos cuscar a Rafaela Lopes?







Idade: 30

Naturalidade: Sertã

Comidas preferidas: Arroz de tamboril (picante)

Um livro a não perder:  Dentro da loja mágica

Um sítio de sonho visitado e outro de sonho a visitar: um sitio de sonho visitado- qualquer lugar escondido, no meio da natureza, com cantar de pássaros, água a correr e brisa a trazer-me o perfume do campo. (sou muito fácil de agradar)

Um sitio de sonho a visitar- Egipto e toda a sua magia. India, e os encantadores contrastes culturais. 


1. Quais as recordações mais doces que tens, quando pensas em ti, como menina pequena?
Podia ficar aqui, uma eternidade a relembrar momentos lindos da minha infância. Sou uma afortunada por todo o amor que recebi. Lembro-me do meu pai me aquecer a cama com o secador de cabelo, no inverno, antes de me deitar. Atualmente,  com 30 anos, continuo a fazê-lo. Embora num período mais curto, 10 segundos depois vem-me à mente a conta da luz!
Outro episódio que tenho de referir: as brincadeiras com a minha irmã Joana. Com a nossa criatividade, as caixas de papelão dos frigoríficos que o meu pai vendia, transformavam-se em naves espaciais. E percorríamos o universo inteiro, com a nossa imaginação. E víamos planetas, extraterrestres, saltávamos nas nuvens. Eramos miúdas destemidas !!!! Eram tempos tão incríveis. 

2. Até que ponto, a tua experiência nas relações com os outros, teve influência, da tua vasta experiência na loja do teu pai?
Adoro esta pergunta!!!!
O meu pai é o mestre da sensibilidade, comunicação e vendas. Ele tem uma capacidade gigante de fazer a leitura da pessoa, antes de se dirigir a ela. Ele sabe brincar, com elegância, ser divertido mas nunca perder a credibilidade. Aliás, ele, através dessa forma de ser, cria uma aproximação dele com o cliente. E eu fui uma abençoada por ter crescido neste meio. Por ter um mestre como o Filipe.
Ouço regularmente o piropo “ Não fosses tu filha do Filipe”, e eu até cresço um palmo!

3. Quais as Mulheres que te inspiram?
A minha avó Céu é a minha inspiração. Com uma vida tão dura e cheia de dissabores, mas com um coração tão cheio de amor e ternura. Ela tem 93 anos e é mais jovem do que a maioria das minhas amigas.




4. E depois foste Mãe e tudo mudou. Ou será que não?
Uiiiii. E de que maneira. Antes do Guilherme eu vivia num planeta à parte. Num mundo cor de rosa, cheio de algodão doce e unicórnios. Com o Guilherme eu descobri a verdade das coisas. Ter sido mãe tão nova, trouxe-me muitas aprendizagens e muitas ferramentas.

5. O que mais te surpreende no teu filho?
Não é para me gabar, mas eu acho que ele tem uma inteligência emocional acima da média. 




6. Como é ser irmã mais nova  mas também irmã mais velha?
É o melhor posto!!!! É chorar num colo com mais bagagem, e dar colo a quem tem menos bagagem. Acho que as irmãs do meio são as que mais privilégios têm. Adoro ser a dois de quatro <3 




7. A tua paixão por roupa vai muito para lá da atenção que dás aos tecidos e cores. Afinal, o que é para ti, encontrar a peça certa para alguém?
Amo esta pergunta também!!!!
Eu não nasci para fazer dinheiro. O meu vício é alimentar a minha alma. E ela é alimentada de cada vez que uma mulher sai do provador e se sente linda. E eu VIBROOOO quando uma mulher está linda e luminosa. Eu SEI que uma mulher que acredita em si conquista o que ela quer, e ser parte dessa acreditação é uma bênção.
Ninguém imagina como as mulheres se Vêem. Nós somos cruéis connosco! Falamos mal do nosso corpo, não vestimos certas coisas porque achamos que vamos dar nas vistas e não merecemos.
O que me faz sentir especial é quando eu provo a um corpo acima de 38, que um vestido fica incrível e o enaltece. Ou a uma mulher com umas curvas salientes, a confiar numas calças justas. 
Eu só quero que as pessoas vejam a sua beleza muito além dos padrões!!!


8. Na tua opinião, qual a relação que muitas Mulheres têm na aceitação do seu corpo?
Francamente??? 99% das mulheres não se amam. Querem corresponder a um padrão de perfeição imposto pelos media. Nós fomos formatadas a procurar incansavelmente os nossos defeitos, e a martirizar-nos por possui-los.   
Na verdade, são os nossos defeitos que nos tornam únicas. São as nossas estrias, a nossa celulite, o nosso músculo do adeus, as nossas rugas que têm tatuado cada pormenorzinho da nossa história. Nós devíamos aceitar quem somos, e ter orgulho de como somos. O nosso corpo é um veículo que nos permite desfrutar de sensações incríveis. Devíamos olhar mais para dentro e menos para fora. 
Mas o mundo vai ao contrário.
A minha missão é valorizar cada mulher que se cruza no meu caminho. E eu sou tão grata, porque já fiz a diferença na vida de algumas. Já impulsionei lindas mulheres, a usarem vestidos e confiarem em si. Já meti mamãs a usarem crop tops e mostrarem a sua linda barriga, já consegui PROVAR que mulheres com mais de 70kg podem e devem usar vestidos justos e ficam INCRÍVEIS <3.




9. Como surgiu a vontade de ter uma loja própria?
Essa vontade mora dentro de mim, desde que me lembro de existir. 

10. O que podem as pessoas esperar, quando entram na loja-  As Marias?
Toda e qualquer pessoa que entre n`As Marias, é sempre bem-vinda, seja para comprar, para ver, para dar dois dedos de conversa, para tirar fotos e passar um momento divertido e único.
As Marias, é um espaço onde cada pessoa pode ser ela própria, inclusive quem aqui trabalha. Nas Marias tudo pode acontecer. 
Podemos estar a trabalhar descalças, podemos ter trazido biscoitos numa marmita e distribuir a quem por aqui passa. Pode alguém entrar, e partilhar connosco lindas historias de vida, sentadinhos nos nossos carismáticos sofás cor-de-rosa. Podem as pessoas ser desafiadas a entrar num provador e experimentarem artigos fora da sua zona de conforto, só para se sentirem noutra perspectiva. E é assim que conquistamos de uma forma muito natural, uma família. A nossa família Marias!!!
Nas Marias, não há espaço para se ser uma personagem perfeita para a sociedade aplaudir. Nós somos apenas pessoas, e aqui, todo o individuo pode desfrutar do seu verdadeiro eu. Sem julgamentos, só com amor. 




11. Estamos a viver tempos muito desafiantes. O comércio local é muito importante para a continuação do crescimento de uma comunidade como é o caso desta vila. Para quem ainda tenha dúvidas sobre comprar localmente, o que tens a dizer?
Comprar localmente é investires em ti.
Comprar localmente hoje, é pensares que amanhã os teus filhos poderão continuar na Sertã a trabalhar e a viver.
Comprares no comércio local, é valorizares o sonho de uma pessoa que conheces, é acompanhares na primeira fila a sua história, a sua luta .
Comprares no comércio local, é levares com uma energia sagrada, a energia da gratidão se apoiares.
Comprares no comércio local é uma experiência humanística. Nada paga a interligação que se cria, os laços, as amizades que ficam para a vida.
Comprares no comercio local é muito mais do que adquirires um produto. É toda uma experiência mágica que tens. 
Eu valorizo muito a Sertã, por isso sempre fiz questão de comprar quase tudo aqui. Temos lojas maravilhosas a todos os níveis. 
Por vezes as pessoas justificam-se nos preços. Nos centros comerciais as coisas são mais baratas.
Embora eu não concorde, há uma coisa linda que eu tenho a certeza. Quando se tem uma porta aberta, há uma necessidade de ajudar quem nos ajuda. Eu, enquanto Maria, vou ao supermercado, à cabeleireira, à sapataria, etc. de todas as pessoas que são minhas clientes também. Eu invisto em quem investe em mim. <3 
Se eu for ao Fórum hoje, e amanhã estiver na rua a pedir esmola, a pessoa a quem ajudei nem sabe da minha existência. Lá está … É uma realidade fria e sem alma. Eu não me identifico.
Eu acho que as pessoas vão despertar para as maravilhas que têm à sua porta.



11. De onde vem a força desse sorriso?
Eu sei que morrer é certo. A maioria das pessoas acha que se é para sempre. E não. Quando sabes mesmo que vais morrer, és livre. Tens consciência que não és assim tão importante, que não tens assim tanto a perder. E isso dá-te coragem de seres quem tu és. 
O mais importante da vida, é sermos livres para trazer à flor da pele quem nós somos.
Essa liberdade faz-me sorrir. (E chorar também, por ver que ainda há tanta gente cheia de etiquetas tão sem sentido.)




12. Este blog chama-se Penso Rápido – pequenos remédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teu dia-a-dia?

Coisas básicas são a minha cura diária:
Respirar com sentido. Respirar é tão bom. Dá calma.
Fundir-me com a natureza: observar as estrelas, ouvir o som da chuva, ou até apanhar um banho de chuva. Sentir o sol na minha pele.
Mas sobretudo, ser e permitir ser.
Quando ouves a voz do teu Coração e a segues, a vida fica mais suave. 

Para saberem mais basta ir a esta página ou a aqui.





Nota: A meia hora em que estive na loja, com a Rafaela e a Joana, é tal como é defendido nos princípios e valores deste espaço: um SPA de bem estar. Sem nos darmos conta, acertam na nossa medida, melhor do que nós próprios e vêm para lá do que achamos que íamos à procura. Vêm em nós, o nosso melhor. A minha meta era encontrar um vestido versátil e a dificuldade foi escolher só um, pela qualidade dos tecidos e a relação muito boa com o que se paga. Para quem for de cá ou vier de passagem, vale a pena passar por aqui. Não é um ponto turístico mas é, tal como a Rafaela diz, uma experiência humana que vale a pena viver e apoiar.

#2Férias... e agora?



A comida tem aquele efeito mágico de nos conquistar e unir à volta da mesa, onde a comida é pretexto para tantas outras coisas muitas delas relacionadas com histórias, afetos, experiências e alguns saberes. 

Assim, uma ou mais vezes por semana é deixar aso à imaginação ... deles! Podem consultar livros, revistas, páginas na internet, ligar à avó ou ao tio para saber como se faz. Em função da idade e fazendo os respetivos reajustes, nessa preparação, a mãe e/ou o pai, não podem entrar na cozinha. É dia de ... Master Chef Júnior Caseiro. 

Material: Esta é a parte boa. Para além dos ingredientes bases, combinados com antecedência, não é preciso mais nada!

Para crianças e jovens mais criativos, podem estender esta atividade para a ideia de um Restaurante dos Lopes, ou dos Farinhas, ou dos Silvas e serem criadas ementas, marcadores, decoração, para além da comida em si. 

Ainda não há fotos, deste lado para registar o momento, que está agendado para a próxima semana mas logo partilharei como foi esta experiência gustativa! Os meus mini chefes estão informados e com o entusiasmo contagiante de um e o menos interesse do outro, alguma coisa havemos de comer :) 







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Adolescência... afinal ele não virou um E.T. Será normal?

Esta semana, ao ouvir a minha inspiração de organização pessoal, a Thais Godinho, no Telegram, sobre objetivos de médio e o longo prazo, ouvia-a partilhar sobre a previsão que estava a fazer das dificuldades da adolescência, do seu filho pequeno.

Uma opinião, mais ou menos generalizada é esta: a adolescência é difícil. Não sei bem onde começou essa ideia mas está muito difundida. Tanto que muitos pais antecipam, como uma fase difícil.

Das muitas leituras que faço, seja no âmbito da psicologia, da espiritualidade ou do desenvolvimento pessoal, e das vivências que vão acontecendo, tenho vindo a chegar a esta conclusão: é que a forma como ESCOLHEMOS perceber o que nos acontece e o que nos rodeia, é a forma como vamos pensar e agir sobre esse mesmo acontecimento. 

Em todas as fases de vida do ser humano há perdas mas também ganhos. Assim foi quando eram bebés, quando se vão transformando em crianças e mais tarde nos tais estranhos adolescentes. 

Em bebés, perdemos alguma liberdade de dormir, de autonomia dos nossos dias, de tranquilidade. Mas ganhamos na imensidão dos afetos que é ter um bebé no colo a olhar para nós, como se nós, fossemos (e somos nessa altura...aproveitem!), o seu Mundo. E eles também, vão ganhando e perdendo: perdem vontade de dormir tantas sestas, ganham vontade de começar a balbuciar, a gatinhar, a comer pela sua própria mão... 

Em crianças, nós pais perdemos o sossego porque querem mexer em tudo, mudar a decoração da casa, passam a caminhar e correr, tiram fraldas cheias de TUDO num rasto pelo sofá (nunquinha da vida aconteceu tal coisa cá em casa...) mas ganham autonomia, começam a dizer o que querem e não querem, o que gostam e interagem muito mais. Quantas vezes desejámos que em bebés nos dissessem: Tenho a fralda cheia, estou incomodado, podes mudar??

E nos adolescentes? Também há ganhos e perdas! Podem querer menos abraços, menos convívios com a mãe e o pai, e de repente, o Mundo gira virado para os amigos, as namoradas ou namorados. A nossa opinião parece que tem menos peso (mas continua a ser muito importante para eles, só não podem admitir...) e são tão cheios de muitas razões. 

Há ali um período de tempo em que parece que se perdeu o bebé e a criança. E perdeu-se mesmo! Está em construção um jovem cheio de vontades próprias mas agora com ainda mais força para se manifestar e argumentar (!!!!! - pais de adolescentes entenderão). Mas também há ganhos. O tipo de conversa que passamos também a poder ter com eles, a partilha de novos gostos musicais, o mundo novo que podemos ouvir e ver partilhado com eles (youtubers, jogos de computadores, séries, novas figuras da atualidade...). A autonomia que ganhamos e que nos permite voltar a olhar, um pouco mais para dentro de nós, para os nossos gostos e interesses adormecidos, conversas inacabadas há séculos com companheiros, amigas e que agora podem voltar a ter espaço.

Por isso, é desafiante? É. Tal como foi, quando começaram a gatinhar pela casa toda, largaram as fraldas, passaram do berço para a cama deles, começaram a comer pela própria mão, entraram na escola e não queriam fazer TPC... E há excepções, há jovens mais desafiantes, como há crianças e bebés.

Mas é também uma escolha, a percepção que queremos dar a este jovem que está em transformação. 

Como escolho olhar, para a minha filha, para o meu filho, como vou abraçar, MAIS ESTA FASE, do seu desenvolvimento?




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#4Olhá-ó-Livro-Fresquinho

 Eu bem que queria...Mas ele/ela não gosta de ler!

Esta é uma frase que se repete, quer para os miúdos, quer para os adultos. Acredito, até ao tutano, que todas as crianças gostam de ler e os adultos também. Só que isto funciona um pouco como as saladas frias: os ingredientes vão variando, consoante os gostos do freguês. 

A sugestão de hoje passa precisamente por aí. Quando uma mãe ou pai me dizem que a minha criança não gosta de ler, depois de perceber um pouco os gostos, se realmente não há NADINHA nesta vida que os interesse, muitas das vezes, dito por eles que estão já com as ideias que ler é chato, começo por sugerir isto: anedotas. 

Tenho um devorador de livros (desde que sejam muito temáticos e por isso já passamos a fase da astronomia, suspense, Harry Potter, corpo humano, dinossauros e esta última é sobre todos-os-santos-livros de história sobre guerras nacionais, internacionais e afins) e outro que nem por isso. Gosta mas não devora. Então no início destas férias foi deixar, um e outro escolher um livro ou tema que gostassem. Um escolheu as grandes batalhas da humanidade ou lá o que foi e o outro foi este: 




Porque é bom para...

... Pais? Porque tal como a BD, para pais mais cansados e com níveis de sono em falta, não implica muita concentração e facilmente se introduz numa conversa a dizer que Ontem li 20 páginas! É ótimo para partilhar e fazer concursos de quem sabe mais anedotas, para treinar a memória, para puro prazer que todos os pais também têm direito. É também uma ótima ferramenta de comunicação para brincar com os miúdos e jovens. 


...Crianças? Um bom livro de anedotas implica saber interpretar português, segundos sentidos das palavras. E quando não as sabem, perguntam aos pais, aos irmãos mais novos. Dá-lhes a sensação de estarem a avançar, de conseguirem progredir na leitura, porque afinal leram 10 anedotas! Por norma, divertem-se muito a lê-las e acabam por partilhá-las com os amigos e restantes familiares. É também excelente para as viagens de carro que se fazem muito por esta altura. 


...Adultos-não-Pais?  Porque é simples e económico manter-nos bem dispostos. É um excelente desbloqueador de conversas e rir, um remédio caseiro natural, deve ser prescrito diariamente e em doses generosas. Quando foi a última vez que ouviu ou contou uma anedota?




1#Férias... e agora?


Maravilhoso como, em tempo recorde, miúdos e graúdos se adaptaram a esta nova forma de aprender e estar. Aulas TIC passaram à prática diariamente, com alunos, professores e pais a terem um curso de injeção para que de alguma forma o comboio da aprendizagem continuasse a rolar. 

Houve muitos conteúdos que ficaram pelo caminho mas houve outros tantos que foram adquiridos: gestão e organização do tempo, ir ao que importa, autonomia... Mesmo que nos primeiros tempos estivesse tudo a aterrar, aos poucos, cada um à sua maneira, foi encontrando uma forma de se sentir confortável. 

Perdeu-se o contacto direto com os amigos e há uma série de aprendizagens sociais que lá mais para a frente, podem fazer falta. Mas é o cenário que temos e acredito muito na capacidade de o ser humano se adaptar e reinventar. As crianças são nisso mestres. 

As merecidas férias deles começaram mas... e agora? Até agora havia uma espécie de rotina instalada entre aulas online e telescola, seguido de tempo para eles. Mas ... e agora? Agora com dias inteiros para eles, com pais ainda a trabalhar? Agora que também precisam (mesmo que nos digam que não) de desligar um pouco mais dos ecrãs. 

Encontrar o equilíbrio entre telemóveis, TV, tablets e pc é um jogo quase de trapezista. Redescobrirem quem são para além disso, que brincadeiras podem fazer sozinhos ou com menos vigilância, quais são os seus interesses. 

Tenho refletido como Mãe e com influências da amiga psicologia, como nos organizarmos, aqui por casa, de forma a nos mantermos bem, comigo a trabalhar, com um pai a trabalhar por turnos e fora, e eles em formato de maior descanso e merecidas férias. 

Hoje fica a primeira sugestão.



Material: Caderno+material de escrita/desenho à escolha+ferramenta de pesquisa. Aqui ajuda se forem eles a escolher. Um caderno ou canetas novas são o ponto de arranque para motivar mais. Podem também ser eles a fazer a capa. 




Durante a semana, todos os dias, terem um tempo para pesquisarem sobre um qualquer tema livre. Podem escolher qualquer tema entre vídeos (os TED talk estão muito adaptados também para os miúdos, há alguns que são especificamente para eles), sites, visitas virtuais ... Não há limite.

Cada um faz um registo simples, que pode ser escrito ou desenho, consoante as preferências de cada um.

Depois é partilhar à volta da mesa, em amena conversa. Para nós pais, mais ouvir do que falar. E sugerir algo que lhes desperte a atenção: "Encontraste algum vídeo cómico sobre isso? Será que há alguma visita online sobre esse monumento/país?" Tem sido engraçado descobrir o que lhes desperta os interesses, navegando por essas internetes a fora. 



























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#3Olhá-ó-Livro-Fresquinho


O meu fanatismo clubístico passa, como já descrito aqui, por sentar no sofá e entrar, aliás, mergulhar na história daquele grupo de pessoas. Esqueço-me de quase tudo ao meu redor. É uma hora, uma vez por semana por isso, tenho direito. Nem sei bem porquê porque não tenho particular fascínio por batas e nem nunca houve a vontade de ser médica. Acho que é pela forma como o enredo é apresentado e as personagens, entre um misto de loucura, cheio de contrariedades...humanas. Sem cenários e atitudes perfeitas. Apenas ser-se Humano o que, nos tempos que correm, é por si só, um feito!

Por isso, quando este livro me veio parar às mãos, primeiro desconfiada das primeiras páginas, fiquei depois rendida à forma como com humor, Shonda Rhimes, espicaça a facilidade com que dizemos que Não, aos muitos Sins que cada dia nos apresenta. Num ano tão, mas tão cheio de desafios em que parece que muito nos é negado, que desafio é chamarmos-lhe o Ano do Sim. Lamentar o A.C. (antes do corona) e suspirar por um D.C. (depois do corona) faz perder o entretanto e é nesse entretanto que estamos. É um desafio? É. Mas o que fazer? Ficar à espera? Mesmo que a perspectiva de pensar num Ano do Sim seja muito grande, porque não pensar no Dia do Sim, ou na Hora do Sim? 

E é esse o desejo que deixo hoje, por mais Dias, Semanas, horas, minutos do Sim. Cada um, à escala que conseguir abraçar no momento. 










Porque é bom para...

... Pais? Porque a Shonda, sendo mãe de duas crianças adoptadas, sozinha naquela altura, estava num momento como muitos de nós também estamos ou estivemos: demasiado cansada para dizer que Sim, seja ao que for, e sobretudo, a si própria. Mesmo parecendo ter mais recursos disponíveis, os Nãos da vida dela são comuns a muitos de nós: Não a si própria porque _______________________ (preencher com a justificação que costuma usar). A volta como vai dando, aos poucos, à situação em que se encontrava, com aquele sentido de humor dela, faz-nos ter esperança que não são precisas grandes mudanças. São nos pequenos Sins que se vai fazendo caminho. E até para sermos melhores Mães e Pais, connosco próprios. 


...Crianças? Não sendo um livro para crianças lerem, é possível colocá-lo em prática com eles. Quantas vezes, a uma sugestão nossa a primeira resposta é o Não deles? Então pode-se transformar num jogo. Nosso e deles: durante a próxima hora não podemos dizer Não uns aos outros. Já experimentaram? Já o fiz como Mãe, (sem eles saberem ...) e é difícil!
Mãe posso ir jogar telemóvel? Posso ver mais televisão? Posso comer mais um gelado? 
A ideia não é dizer que SIM a tudo...havia de ser bonito! A proposta é darmos outra sugestão, opções, fazer perguntas. 

Ainda estás com fome? Que tal uma fruta e o gelado fica para amanhã? Sabes aquele livro, jogo, brinquedo de que gostas? Que tal ires jogar?


...Adultos-não-Pais?  Temos escolhas. Este livro trata de escolhas. Quando escolhemos um Não para algo que até pode saber bem, ser uma oportunidade de aprendizagem, uma descoberta de um outro lado nosso, conhecer pessoas novas, é uma escolha. E se passássemos a dizer mais vezes que Sim? Um Sim sobretudo a Nós, com humor, com um passo de cada vez, ouvindo e escutando o que sabemos ser o melhor para nós e ir dizendo, com carinho ao medo de que, está tudo bem. 


Nota: Neste texto está mais descrição do livro.