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Coisas para 2ª e depois.

Às vezes é apenas tempo para parar e silenciar e deixar que as respostas venham de dentro. Entre o muito que há para decidir e viver todos os dias, há um emaranhado de coisas para decidir. Um novelo. Às vezes é um novelo no topo do pescoço que é como quem diz, dentro da cabeça. Sem saber da ponta do novelo ou da forma que se lhe queira dar. 

Voltar à respiração compassada, lenta, pausada. Fechar os olhos. Deixar o novelo acalmar. Pôr a cabeça descansada e deixar que o coração diga que direcções tomar. Silêncio. Basta isso que as respostas vêm. Estão todas cá dentro.

P.S.: Voltar a este desafio de conseguir 21 dias seguidos com um pouco de meditação. 


Imagem daqui.

Shhttt...calem-se.

“Aquilo chateou-me, sabes? Porra, sempre a dizerem a um tipo o que se pode ou não fazer. Comer e outras coisas que tal.” - foi assim que o meu amigo Zé ligou-me às 8h. De um domingo. Depois de todos no grupo nos termos deitado para lá das 5h da manhã. Mas era o Zé e com ele nunca se sabe. Esperei mais um pouco para perceber onde ia dar aquela conversa. Não lhe estava a apanhar o fio. Nem o novelo. Nem o cordel. Eram 8h da manhã, deuses!

“Cansado de dizerem o que faz ou não mal. Fartinho até às unhas dos pés de tanta informação. Um gajo já não pode comer umas batatas fritas sem que venham trinta artigos científicos associados a dizer que fazem mal pela cor, pela textura, pela gordura, pelo formato. No outro dia até o leite de soja, já fazia mal também. Um gajo alimenta-se do qué? De raízes, não?”

Eu nem o pequeno-almoço ainda tinha tomado. Aliás, depois daquelas noitadas, pouca coisa entrava, antes das duas da tarde.

“ Sabes o que eu acho? Demasiada informação. Temos todos demasiada informação. É que tiram o prazer às coisas. Se uns dizem que os filhos não devem dormir com os pais, há logo outros que dizem que são só benefícios. E com isto, vou cancelar a internet e deixar de comprar os jornais. Fartei-me destes gajos, pá!”



Dito isto desligou, para passadas umas horas me enviar uma msm, acompanhada com uma sms e um mail com um artigo científico a falar dos benefícios das cenouras... Apaguei tudo e enrosquei-me no sofá a ouvir o silêncio e a saborear um domingo de manhã, sendo 3 da tarde. 


D-E-M-A-S-I-A-D-A   I-N-F-O-R-M-A-Ç-Ã-O.

Shhhhhtttt...












Imagem daqui.

Fiquei sem voz

Começou com uma dor, que se foi alastrando com os dias e depois, perdeu-se. Fiquei sem ela. Ainda a procurei entre as almofadas do sofá, da mesa da cozinha, da cama, até por baixo do tapete da entrada. 

Quente e frio tem destas coisas. Este tempo esquizofrénico. Acontece. A consequência é falar menos, ouvir mais e ir ao que interessa. Não dá para gritar por e com eles. Só dava para lhes explicar o que interessa. Eles falaram mais e curioso, falaram mais baixo porque eu não conseguia elevar a voz. 

Falamos demais, ouvimos de menos. Ouvir o silêncio, o nosso e o dos outros.

Baixar o tom, e ir ao que interessa. Mesmo quando voltar a ter a voz a 100%.