Os extremos

Os extremos, os adolescentes e as nossas pessoas sábias, chamados de adultos maduros. É com estes que tem sido mais desafiante passar a mensagem que é preciso abrandar, sossegar, ficar mais quieto. 

A uns porque giram à volta dos amigos, das namoradas, dos namorados porque afinal, o oxigénio que importa é o que eles respiram também e agora há quem venha dizer que Não. Que não podes ir ter ao café, ao centro comercial, que os treinos de futebol, volei, natação estão interrompidos, sabe-se lá até quando. Que até mesmo só aquele passeio de mão dada com a Luísa ou o Manel, está cancelado sem data prevista. 

A outros porque já passaram por muito e é agora mesmo isto que me vai por na cama de um Hospital. Era o que faltava não poder fazer o frango assado ao domingo e pôr todos à volta da mesa, ir ter com os amigos só para mais um jogo de sueca, dar um beijo, só mais um beijo aos meus netos. Sim, é difícil dizer que não a algo que lhes é adquirido, pelos anos, pelas vivências, por merecerem isso tudo. É por eles, por se querer que continuem a fazer isto por muitos, muitos momentos que ainda vão vir, que cada um se recolha à sua toca e se mantém à distância que a proximidade futura nos vai deixar ter, de novo. 

Que haja paciência, com quem tanto gostamos, redobrada, insistente para se persistir, no que é preciso ser feito para o bem de todos. Sigamos juntos, cada um no que é-lhe possível fazer melhor. 









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