Dentro das possibilidades de cada uma, quase ninguém faz isso. Ou porque é mesmo só pôr mais uma roupa a lavar, estender, passar, ou adiantar as comidas, ou as muitas outras coisas que uma casa-família exige. Com o tempo, com a escuta que vamos fazendo de nós mesmos, percebemos que quando não nos damos esse tempo de paragem, quando eles param um pouco, as coisas não correm tão bem. Quer dizer, tudo está a rolar e a fazer-se mas menos bem por dentro porque faltaram aqueles 5 minutos só nossos, sem culpa do deveria-de-estar-a-salvar-o-mundo. O mundo começa também por dentro. O mundo começa de dentro para fora.
Nesta tentativa que todos andamos a fazer, de descobrirmos e nos reinventarmos em novas rotinas, hábitos e ritmos dos dias, seja com ou sem trabalho, dentro ou fora de portas, seja com um, dois, três ou mais filhos, a bem de todos, é preciso 5 minutos nossos. Só nossos.
Sem perguntas.
Sem interrupções.
Sem discussões.
Sem comidas.
Sem roupas.
Sem arrumações.
Sem limpezas.
5 minutos. Ou mais. Ou menos. O possível.
Sim. Nem que seja, nesse refúgio maravilhoso da casa de banho.
Quem nunca.
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