Quando começam as segundas-feiras, repito que é esta semana que vai ser diferente. Depois quando dou por ela, já é sexta-feira e fico com a sensação entre um misto de 3 montanhas-russas, cheias de loopings e descidas vertiginosas, e pelo menos uma meia dúzia de albarroamentos de camiões TIR. Soubesse eu desenhar, e imagino-me uma criatura de cabelos desgrenhados, olheiras fundas, e várias cicatrizes no corpo. É assim que aterro à sexta-feira e da qual só começo a recuperar, lá para domingo depois de almoço. Porque ao sábado também há sempre muitas coisas para tratar, com o intuito de "facilitar" a semana que ainda nem começou. Ahahahahah... Facilitar, brincalhona...
Nos últimos domingos, pergunto-lhes se querem sair, dar uma volta, ao que me respondem, quase sempre: "Oh mãe... queremos só ficar por casa." E faço-lhes a vontade porque os entendo. É ali no aconchego da lareira, das mantas, do sol a entrar pela sala adentro, onde aterramos, à vez, uns ao pé dos outros. Onde deixamos de ter pressas e horários, onde a preguiça, a tão boa preguiça, se instala, finalmente. Onde damos ouvidos à saudade de estarmos, cada um entregue a si próprio e entregue aos outros. Umas vezes, como irmãos, filhos, como mãe... Afinal, estar por casa é isto. Todos os dias, um pouco desta preguiça-de-bem-querer e faria toda a diferença.
E é isso que mais sinto falta. De ouvir, durante a semana, sem me deixar atropelar. De ouvir quando parar, quando respirar, de ouvi-los a eles, com ouvidos de sentir com o coração. É disso que sinto falta. De ouvir de dentro para fora, sem tantas pressas.
Para esta semana, só quero isso. Ouvir de dentro para fora. A eles. A mim.
é tão cansativo não ter tempo para ouvir... não ter tempo para respirar. Espero mesmo que as próximas semanas sejam diferentes. ommmmmmmm
ResponderEliminarOmmmmmmm 😊❤
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