Tinha uma série de planos, a quatro, para estes dias. Mas a vida às vezes troca-nos as voltas todas. Se fosse há 5 anos atrás, ficaria frustrada com o que deveria ter sido, em vez do que é possível de fazer ainda no agora.
O mais importante estava assegurado: estarmos juntos, um céu azul, um sol tão bonito, e água por perto, desta ribeira que conta tantas histórias nossas. Primeiro a dois, e agora a quatro. Já estive uma temporada no deserto, perto da cidade do Cairo. Tem uma grandeza natural que nos serena. Mas preciso de ver água, de vez em quando, para estar em paz. Por isso gosto do mar, dos rios e muito de ribeiras. Pequenas e persistentes.
Pegámos na mochila, lanche lá dentro. Uma bola, já gasta, na outra mão. Houve quedas, amuos por não marcar golos ou sofrê-los. No fim, no caminho de regresso, porque o sol já se tinha posto e estava frio, disseram, agarrando-nos à vez, que gostaram tanto. Brilho nos olhos. Chegaram a casa, aninharam-se no sofá, lareira acesa.
Às vezes, é preciso pouco, para termos tanto.
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