Respondo-lhe com o mesmo espírito de euforia e histerismo, com o coração quase a saltar dos ouvidos, se era um máquina de passar a ferro. Não era. Era um aspirador autónomo. Pronto. Não é mau para quem tem três filhos como eles, todos pequenos. Mas não era uma máquina de passar a ferro.
Não tenho muito instintos assassinos mas se os tivesse à flor da pele, seria na altura de passar a ferro que se iríam desenvolver. Enquanto dou cabo da montanha de roupa que teima em crescer, sou capaz de arquitectar planos de invasão de países, de amaldiçoar o monge mais santo que possa existir e por aí fora. Pronto. Está confessado. Eu, um ferro, uma tábua de passar a ferro, uma montanha de roupa e está instalada a terceira guerra ... intergalática. O planeta Terra é para meninos.
Preservando muito a espécie humana, achei por bem começar a encontrar formas de não entrar nessa espiral de auto e hetero destruição que se me associa, sempre que há vapor a fumegar na tábua. E isso sucede pelo menos, uma vez por semana. Normalmente corro a eito entrevistas que me interessam e ultimamente são programas de rádio que façam rir. Não quero saber de conteúdos. Desde que façam rir e me façam esquecer o que estou ali a fazer, está a paz mundial e universal, garantida.
Eis que hoje, calho a ler isto:
"O que é que pode fazer imediatamente para mudar o seu estado e, com isso, a forma como se sente e o seu desempenho? Inspire profundamente pelo nariz e expire com força pela boca." Até aqui, sem grandes novidades. Sou grande adepta de andarmos a arfar por aí, sem dó, nem piedade. "Se quer, de facto, mudar a sua vida, assuma o compromisso, para os próximos sete dias, de passar um minuto, cinco vezes por dia, com um sorriso de orelha a orelha à frente do espelho. Vai-se sentir um pouco tolo, mas lembre-se de que, com esse gesto físico, estará a acionar a parte correspondente do seu cérebro e a criar um caminho neurológico para o prazer que se tornará habitual"
"Se quer realmente melhorar a sua vida, aprenda a rir. (...) obrigue-se a rir sem motivo, três vezes por dia, durante sete dias."
"...o riso pode fazer pelo corpo físico, estimulando o sistem imunitário."
"No processo começará a abrir a rede neurológica para criar o riso numa base regular. (...) mudando a nossa fisiologia, podemos mudar o nosso nível de desempenho." *
Pelos vistos, existem estudos que comprovam que rir, condiciona as nossas respostas neurológicas e nos fazem combater tudo o que não interessa. Por isso, contribuindo para esta grande causa, que me parece tão simples e porque o dia de hoje trouxe um certo colorido cinzento, aqui vai disto. Porque acreditar e rir, continuam a ser verbos desta lado.
Não pirilamparás a mulher do próximo - antidepressivo instantâneo. Nem água precisa.
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