A história

Das minhas maiores descobertas do ano passado foi ler e aplicar o chamado minimalismo. Não no sentido radical, nem de um dia para o outro (nem dava...com duas crianças em casa!) mas sei que é um processo, um caminho que pretendo continuar porque lhe encontro muitas vantagens. Esta nova área de interesse levou-me a conhecer, explorar novas pessoas e leituras de que irei falar mais para adiante. 

Hoje de manhã, caiu-me no colo mais um desses textos que não sendo novidade, encaixou muito bem. Há dias em que de tanto pedirmos, nos aparece à frente, o que precisamos de ouvir. Joshua Baker é um entendido nas matérias sobre viver de forma mais simples e genuína e escreveu um artigo sobre a história que contamos a nós mesmos. 


Não consigo emagrecer ou engordar, porque nunca soube fazer boas escolhas de comida. 
Não consigo deixar de fumar, eu já tentei e não deu.


E a lista não tem fim. O que me fez pensar em qual a minha história como mãe.

Que história estou a contar a mim mesma sobre ser mãe? 
Que mãe sou para o João e que mãe sou para a Maria?
Que mãe sou às 8h da manhã ou às 9h da noite?
Que mãe sou quando me fazem 20 perguntas ao mesmo tempo?
Que mãe sou quando não estou bem?
Que mãe sou quando estamos todos com pressa, quando me dizem que não querem comer ou quando me pedem cinquenta vezes a mesma coisa?

E que história é essa que me conto, depois de responder a estas perguntas, depois de os deixar na escola, de lhes ralhar, de ficar frustrada ou muito feliz? Que história é essa que me conto quando as coisas correm bem ou correm mal? 

A história vai mudando com o tempo e com a nossa fase de vida. Às vezes basta lermos mais alguma coisa, ou termos uma conversa com alguém que nos inspire para percebermos que afinal, a nossa história tem mudança possível. Outras vezes basta apenas parar. Só isso. Parar e respirar fuuuuundo. 

Vamos sempre a tempo de mudar a nossa história? Sim. Acredito profundamente nisso. Reajustando as expetativas, sendo mais generosos conosco e com quem nos rodeia. Introduzindo o que faz sentido nas nossas vidas de mães e pais. Em pequenos passos. Pensando e agindo. Pensando e agindo. Pensando e agindo. 

Por isso fica a pergunta.




Próximas ações:
Porque (Em)Birras comigo? - 26 outubro - Sertã
Pais que Respiram ... na Escola - 29 novembro - Lisboa.
Informações: abelpb@hotmail.com


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