Sobre o medo

Medo que ele ou ela não gostem.
Medo de falhar a voz, de gaguejar, de esquecer a fala, no momento, na hora, na deixa certa. Não existe o momento certo. Ou é, ou não é. É uma escolha.

Medo de não caber no vestido, nas calças, nas cuecas, naquela camisa ou t-shirt. Põe alguma coisa por cima desse corpo abençoado, de preferência a gritar cor, ou então sem cor alguma, desde que te faça rir, sorrir ou até gargalhar sobre ti mesma porque estás aqui e agora e o palco é este dia, este momento.

Medo de dizer que Sim, Sim, Sim porque o Não seria tão mais fácil. O não esconde o que já sabemos e agarra-nos no conforto (in)seguro em ficar a ver comboios passar. Passa um, passa dois, passa três... e nós ali, na estação a olhar. Apanha a merda do comboio e vai.

Medo de presentear-nos com um livro, um anel, um retiro, umas férias, um almoço ou dois. Presentear-nos com a vontade de merecer o que de bom e bonito a vida também tem.

Medo de segurar um gato, adotar um cão, abraçar um árvore sem saber as portas de amor que a cada passo existem, em cada ser que nos rodeia e que nos faz sentir que somos só uma energia da vida, que se renova a cada instante, num fluxo seguido de amor.

Medo de abraçar, de enviar uma mensagem, de dizer Amo-te, Gosto de Ti, de olhar nos olhos, de fazer um festa, de acariciar. 
Medo de acreditar, de sonhar, de voltar a tentar, de inspirar, de seguir em frente ou até de parar. De ouvir a voz de dentro, tão sábia, tão de sempre, tão de tudo.

Mudar o Medo por Eu Quero. E que comece mais um dia, mais uma semana.
Um Dia Feliz. T-O-D-O-S os dias. 




Imagem daqui.


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