Escolher

Entrei naquela casa abandonada e encontrei este bilhete no chão:

"Entre agarrar-me à almofada e chorar, hoje escolho rir;
Entre o desespero de não ver uma saída, escolho acreditar;
Entre entregar-me às queixas do tudo, escolho a gratidão dos nadas;
Entre um sorriso amarelo, escolho sorrir com o olhar;
Entre dizer Não às ofertas de cada dia, escolho o Sim ao novo;
Entre acomodar-me ao que já conheço, escolho caminhos novos que escondem descobertas.

Escolher. Todos os dias muitas escolhas, muitas portas e caminhos em aberto. Basta um passo de cada vez."

Peguei no bilhete. Dobrei-o com carinho e quando cheguei a casa, coloquei-o numa moldura. Está pendurado onde todos os dias possa Escolher, entre o que me faz feliz, e o que não.




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