Crianças livres

Uma das partilhas mais comuns entre mães e pais é o pequeno caos que se vai instalando pela casa, à medida que os pequenos invasores vão tomando conta das várias divisões. Quando se dá por ela sentamo-nos no sofá, em jeito de final de dia, já com a pequenada aconchegada e no mundo dos sonhos, em cima das patas afiadas de um dinossauro. Ou pisam-se peças de lego, a meio da noite. Perde-se muito tempo a arrumar e a gritar com eles que é para deixar tudo em ordem. Uma ordem possível, é claro. Quem não tem empregada em casa, sabe que isto é tarefa de pôr os cabelos brancos. A tinta para os cabelos, se não comprada em promoção, é cara. No cabeleireiro também não fica muito mais barato, por isso, há que tomar outras medidas. 

Hoje em dia temos TODOS muitas coisas. A maior parte delas de uso rápido, sem grande utilidade a longo prazo. Nem a médio. E os miúdos não são excepção. 

Este ano, ando nesta coisa de destralhar o que não interessa, para focar no que realmente é importante. Tipo como a minha amiga Luísa... enchi o copo. E dos copos que está cheio, a transbordar, é este tempo que se gasta a organizar, ciclicamente os quartos deles. Sempre que fica em ordem, adoram ir para lá. Conseguem mantê-lo em condições, as primeiras duas semanas e depois volta tudo ao mesmo e o ciclo retoma. Por isso, será preciso fazer algo mais incisivo e drástico: deixar apenas o que realmente importa e tirar TUDO o resto. Tenho quase a certeza de que não se vão lembrar nem de metade do que for retirado. Na decoração, há uma corrente que se intitula minimalista mas que uma vez lidas algumas coisas sobre esta vaga nos leva a outras áreas que não só as da casa. Focar no que realmente nos importa.

Ando a namorar imagens para que se colem cá dentro, até ao ponto que se tornem reais.

Se esta família e esta conseguiu, também vou conseguir. Passar mais tempo com eles. 









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