Manicómio de Mães 2#

"Como fazer cumprir regras, sem ser a forçar?"


As regras existem apenas para ajudar e facilitar a prever o agora e o depois. Saber com o que contar. Ensinam a prever que um comportamento agora, tem uma consequência a seguir. Estabelece uma relação de causa e consequência. E ajudam e facilitam muito, quando incutidas. 

Regras a mais fazem mal. E a falta de flexibilidade também. Uma criança ou jovem saber que existe margem para falar e negociar, sem ditaduras exageradas, é ajudar a pô-los a pensar porque afinal é possível, em algumas situações, discutir sobre as regras. Afinal, pretende-se ter seres pensantes para o futuro e para os quais os pais podem e devem ajudar a formar.

Quanto mais simples forem as regras, mais depressa são assimiladas. Chegar a casa, tirar os sapatos e arrumá-los no lugar. Simples. Ah, sim, verdade. É preciso insistir algumas vezes. Eles, os miúdos giros, gostam de ver se estamos atentos. Mas rapidamente aprendem que é mais fácil colaborar do que ir contra. Principalmente se ficarmos nós felizes, quando as regras são cumpridas. 

Muito novos eles percebem esta relação de causa e consequências. E só não a colocam mais vezes em prática pela distração dos adultos em haver dias em que há consequências, e haver dias em que nem por isso. Sapatos colocados nos sítios, posso ver tv, sapatos não colocados no sítio, atraso a ida para ver tv. Causas e consequências. 

Se pode haver margem para negociar e discutir sobre as regras dos adultos? Sim, sempre que possível. "Mãe...só mais 5 minutos para brincar!" Porque não? Claro que após esses 5 minutos tentam que haja outros 5 minutos e aí a firmeza com amor, vem ao de cima. "Combinamos que eram mais  5 minutos. Tu pediste, eu concordei. Agora é a tua vez de respeitares o que digo, sim?" E chega de conversa. Não se alimenta uma verdade, nem se justifica muito mais. Um abraço, um vamos lá e já está. 

Há outras regras que não se discutem. São assim porque sim. "Não me apetece pôr o cinto da cadeira, no carro!" Esta não se discute. Nem outras tantas que têm a ver com o bem estar e segurança deles. Ou com os valores dos pais e da família. 

As famílias não têm que ser ditaduras mas que não reste dúvida que quem gere e comanda as tropas são os pais. As regras existem para dar estrutura e segurança. E mesmo que nos façam a cara de enjoo número 36 e 1/2, não faz mal. Faz parte.

Por isso:

1. Simplificar. Muitas regras ao mesmo tempo, não funcionam.
2. Negociar quando e se fizer sentido. Às vezes ganha-se em paz e harmonia, quando se cedem 5 minutos.
3. As regras são importantes sim. Na grande maioria das vezes, não é preciso forçar. Firmeza com amor. 


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