Sempre a conheci com um sorriso fácil no rosto
e uma vivacidade no olhar. Uma energia que contagia quem com ela fala.
Provavelmente já não se deve recordar, mas lembro-me de há uns anos nos termos
cruzado numa praia. Eu em passeio, ela a dinamizar a divulgação de um festival
desportivo de frisbee. Recordo-me do entusiasmo com que falava, que ainda
estava a “caminho” do que realmente queria fazer, mas que fazia por aproveitar
a viagem que estava a ter naquele momento. Tudo serve de aprendizagem afinal.
Passou pela rádio, pela TV e agora trabalha na divulgação de vários projetos
das marcas TSF, Dinheiro Vivo e Delas do grupo Global Media Group.
E é uma apaixonada pelo desporto. Pela
corrida. Admiro-a e acompanho as vitórias e os dissabores de quem, de vez em
quando está sujeito a recuperações. Percebe-se, pelo que escreve, que a muito
custo fica parada à espera que o corpo faça a parte dele e se despache em pôr
tendões, músculos e outras coisas que tal, no sítio. Admiro gente, como a
Patrícia, que seguem as suas paixões. Neste caso, literalmente a correr atrás
delas. A próxima meta está sempre por chegar, não é Patrícia?
Vamos Cuscar?
Idade: 37
Naturalidade: Coimbra mas da Sertã ;)
Comidas preferidas: Bucho e Maranho recheados
e … batatas fritas, o meu grande vício!
Um livro a não perder: Vai aonde
te leva o coração de Susanna Tamaro
1. Se pudesses convidar alguém
famoso (vivo ou morto) para jantar, quem escolherias e porquê?
Ninguém! Não consigo
lembrar-me de ninguém famoso com quem quisesse muito jantar. Já correr … é
outra história! :D
Gostava muito de combinar um
treininho com a “minha” Frosty. Para quem não a conhece, ei-la aqui: Anna Frost https://www.facebook.com/annafrosty/
Roliça como eu (Pat, a Rolls
para os amigos), que adora correr! Sendo que a Anna corre realmente à séria…
2. Patrícia, tu nasceste... a
correr?
A minha mãe diz que eu fui
super rápida a nascer, por isso … bate certo!
Diz quem me conhece que sou
muito apressadinha e impaciente.
Se me perguntares: a correr
ou a caminhar responder-te-ei sempre a correr, adoro!
3. Quando e porquê começou esta
prática desportiva?
Comecei
a correr há cerca de 3 anos, em 2013. Frustrada por ser super sedentária,
sentada à frente do PC o dia todo; os ginásios eram caros; e eu sentia uma
enorme necessidade de purgar as preocupações e os stresses do dia-a-dia de
trabalho, de alguma forma.
E
por isso, um dia… fui correr! E nunca mais parei!
4. E quando é que a corrida se
transformou em paixão?
Sinceramente?!
Acho que a partir do primeiro instante. Custava-me começar, mas as sensações
eram tão boas durante e depois do treino que percebi desde logo que ia gostar
disto para sempre. Não é paixão, é amor! J
5. Qual foi o percurso, que teve
a meta mais difícil de atingir?
Não
há provas iguais. Mas sem dúvida que o percurso que mais me custou fazer, pelo
número de horas em prova, foi o UTAX: Ultra Trail das Aldeias de Xisto, 109Km, D+6100,
em 24h39mn. Foi duro, muito duro.
6. Já fizeste alguns percursos
fora do país. Qual é para repetir e porquê?
Tenho
uma máxima: Não repito provas! Eheheh Por uma simples razão: o objetivo de
fazer provas lá fora é aliar duas das coisas que mais gosto de fazer: correr e
viajar. Assim, aproveito para fazer férias, conhecer culturas diferentes e, by the way, fazer uma prova de corrida. O
dinheiro não estica, por isso, tento ir sempre para sítios diferentes. Sou
menos viajada do que gostaria de ser, pelo que tenho de rentabilizar ao máximo
os destinos que escolho.
7. Antes do sinal de partida, o
que te passa pela cabeça?
Tudo
e nada! É uma amálgama de sentimentos, uma mistura de adrenalina com felicidade
estonteante, com nervoso miudinho e muitas borboletas na barriga.
Não
se explica, sente-se!
8. Algumas metas nunca mais
chegam. O que se pensa durante 1, 2, 3, 4 ou mais horas em que se está a
correr?
Sabes,
sou muito feliz a correr (pelo menos enquanto não tenho muitas dores)! Faço
planos de vida. Penso nos amigos, na família. No que quero fazer. No que
ambiciono ser. Na próxima prova. No que farei assim que passar a meta. No que
tenho de otimizar em termos de treinos para não sofrer tanto. Em todas as
palavras de apoio e incentivo que me dedicaram. E até nas compras de roupa e de
supermercado que preciso de fazer lá para casa, eheheh!
9. Nem sempre corre como o
previsto e às vezes parar é um sinal de coragem maior do que continuar em
frente. Quando é que tiveste de dizer: “Já chega.”
Na
prova CCC do UTMB – Ultra Trail do Mont Blanc L
Em
boa verdade, eu não queria desistir. Mas em vez de 101Km fiquei-me pelos 72Km. A
Organização nem me deu hipótese de regatear uma possível oportunidade de fazer
mais alguns kms.
Motivo
da paragem e abandono de prova: reincidência de uma lesão grave de entorse do
tornozelo que tinha feito há 2 anos. A juntar a isto: um histórico de paragem
forçada pós operação de urgência ao apêndice mais ausência de treino para poder
recuperar da intervenção cirúrgica e resultou numa sessão de choro compulsivo. Chorar,
não de dores (ainda que as tivesse), mas por não terminar este desafio ….
10. Para quem está com dúvidas, convence-nos
lá, a sair do sofá e começar a correr quanto antes.
Correr
é muito mais do que simplesmente correr! Correr é superação, é realização
pessoal, é testar limites, é ir sempre mais além, é querer ser melhor, é puxar
por nós, ajudar os outros e ser feliz!
Consegui
convencer-te? Vamos correr? J
11. As tuas muitas solicitações
profissionais, são também sempre a correr.
O que retiras da prática da corrida, para o teu dia-a-dia?
Sempre
me cataloguei como corredora de fundo e não de velocidade. E por isso,
resistente e muito resiliente. No trabalho também tenho de ser assim e tentar,
tentar, tentar e nunca desistir. Se consegues fazer mais um km na corrida
consegues dar um passinho mais no teu crescimento e aprendizagem profissionais.
E ganhamos todos, eu, os meus colegas, a minha equipa, a minha empresa!
12. Se eu tivesse agora aqui um
bilhete de avião, para a tua corrida de sonho... qual era o destino que lá estaria
escrito?
Não
tenho, minha querida! São todas aquelas que ainda não fiz. Podia falar-te na
maratona de Nova Iorque, na Ultra de Lavaredo ou em trekking no Nepal, mas há
tantos mais exemplos para além destes que prefiro não avançar nenhum.
Mas
podes oferecer na mesma! O que vier que venha por bem! J
13. Este blog chama-se Penso
Rápido – pequenos remédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido
usas no teu dia-a-dia?
O
melhor Penso Rápido do mundo são os amigos! Os meus amigos fazem parte de mim,
de quem sou, da minha vida, do meu bem-estar. Sem eles sou muito pouco ou nada.
Definem-me como ser humano. E eu gosto muito disso!
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