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Sinfonia Matinal

Quando se sai de casa a horas, com tudo no sítio (cabeça, tronco e membros e os filhos todos inteiros), sem ter que voltar para trás em busca de cadernos-livros-sebentas-ténisdaginástica-pastadePC-agenda... é uma vitória digna de um qualquer campeonato desportivo. Nem percebo como é que não tocam altas sirenes, quando mais uma família, se senta finalmente no carro, cintos postos e está tudo no sítio e espante-se, a tempo e horas. 

Por isso era apenas mais uma dessas manhãs em que se marcou ponto a nosso favor e de toda uma logística, bem oleada e em funcionamento. 

E depois, não fosse aquele simples comentário. Às vezes basta uma frase mal dita, num tom apressado, nem sempre pensado, para que todo um esquema se desmorone e vá, tal como um carro de rolamentos, ribanceira abaixo. Basta esse conjunto de palavras, mal ditas. Quando se dá por ela, há frases trocadas já em volumes que não se quer e toda a harmonia conseguida naquele dia (fruto de tantos outros dias que correram em modo blhéc e que fizeram reajustar o que pode ser afinado para que corra bem) foi-se. Sumiu-se. Aquele dia que até parecia que era mais uma vitória, foi-se. O coração acelerado, um peso de alto abaixo a martirizar para quê aquilo, que exagero (o meu e o deles) e o dia que até prometia de sol, carrega-se. 

Não fosse um certo pudor, e a vontade é fazer um peão com o carro (que não sei fazer), dar meia volta, entrar escola adentro, tirá-los de lá, só para um abraço de silêncio e ficar ali no que é realmente importante. Deixar o coração ficar do tamanho que deve estar, em vez deste aperto de se perceber o exagero que foi (o meu e deles). Às vezes não se pensa com lucidez, na tirania dos horários. Vai-se o bom senso nesta coisa do que tem de ser, em vez do que faz sentido ser. E o adulto somos nós. 

E está tudo bem porque faz parte este descarrilar de amor por eles e por nós como mães-pais. Pondo pesos de lado, é refazer, mais uma vez a passada certa, que nos faça sentido e voltar a ouvir, o nosso coração e o deles. Acabou de se descobrir mais uma forma-de-não-fazer e por isso fica-se mais perto do caminho-de-fazer-bem. 

E sim, logo vai haver abraços e reencontros de vozes a dois tons. O tom deles e o nosso não tem de ser igual. É, aliás, desejável que não o seja, mas tem de ter a máxima sintonia possível para que a nossa melodia de família soe melhor.



Como é possível...

... isto já ter para mais de 3 meses e só descobrir agora.

Para este arranque de semana e para todos os dias.

Que Fique tudo bem ❤




Fé!

Ouvi uma vez esta música na rádio mas não fixei-lhe o nome, só que era do senhor Steve Maravilhas e com esta falta de dados, perdi-lhe o rasto.

Cá por casa fazem-se, de vez em quando sessões de cinema e felizmente, os filmes de animação são feitos também a pensar nos pais, apareceu-me isto este fim-de-semana.

Nem mais. Muita FAITH. E ação da nossa parte, para que a fé se torne real. 

Ao som disto, impossível, não acreditar, nesta semana. 


Coisas que finjo fazer quando preciso de descansar

Entre a escrita e preparar as ações, preciso de intervalos. Passam muito por colocar música alta e fingir que estou a fazer esta (ou outra) coreografia. E é mesmo só fingir mentalmente que estou a fazer tal e qual estas senhoras. Não se pode chamar aos movimentos que o meu corpo faz, coreografia. Mas bom, desde que resulte...



Dar música

Há muito mais que nos une, do que o que nos separa. 

A música é apenas uma das muitas linguagens universais.

Jordi Savall, com os seus 75 anos é um músico catalão, especializado em viola gamba. Há quase dez anos é Embaixador da União Europeia para o Diálogo Intercultural. Soma a este título, embaixador de Boa Vontade da ONU - Artistas para a Paz, desde 2009.

Em 2008 criou uma orquestra Israelo-Palestiniana. 

Visitou o campo de refugiados em Calle, na França. Numa entrevista para a Radio France Internationale disse: "...foi na Selva de Calais que eu me dei conta de que algo tinha de ser feito para ajudar aqueles jovens, que estavam completamente abandonados. Tínhamos de lhe dar uma hipótese de eles fazerem algo positivo nas suas vidas”.

E assim fez o que sabe fazer melhor. Afinal, aquilo que é pedido a cada um de nós. Criou o Orpheus XI onde músicos vindos da Síria, Afeganistão e Bangladesh vão dar aulas a crianças e jovens, refugiados ou em situações de precariedade social, em vários países da europa, já a partir de junho deste ano.  Segundo Jordi Savall: 

“A ideia fundamental de Orpheus XI não é tocar Bach ou Mozart, 
é que as crianças possam dialogar entre elas através da música”.
No fim está prevista uma grande digressão em julho e agosto de 2018 que conta com músicos e alunos. 

Música para o ouvido de todos.
Fonte daqui.