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A lista de 2018

Este ano que se cansou dos sustos e reviravoltas, de calores demasiados, de aflições com os meus, de certezas e incertezas de última hora, sossega agora nas suas últimas horas.

Olho para os meses num instante para rever o que por lá aprendi. Não quero esquecer, para não repetir o que não faz bem. Fazer muitas vezes mais, o que fica do sumo dos dias, aqueles sumos concentrados de polpa doce. O resto são aditivos que não acrescentam grande coisa. Reduzir ao essencial. Acho que é por aí o caminho deste lado. O que importa e arranca o sorriso cá de dentro. 

A lista deste ano novo que por aí vem começou, por isso, há já algum tempo no treino dos dias normais e em descobrir-lhes a gratidão diária. E passa por aí. Olhar em frente e cuidar, com muito amor, aquelas duas ou três certezas, nos papéis que vou assumindo, ao mesmo tempo que se olha para o presente, como um ... Presente. A lista de 2018, começou já hoje: estar grata no agora, fazer pelas verdades verdadeiras que se vão descobrindo cá por dentro e que serão tão pessoais quantas as cabeças (... corações e almas ...) que queiram pensar nelas. 

Aos recomeços de cada dia. ❤



Imagem daqui.




Balançar

Sou do signo balança e isso talvez aqui seja o menos importante. 

O mês de dezembro tem uma velocidade incrível. Muita gente gosta destes trinta e um dias, onde o frio já vai apertando e onde a par do conforto de camisolas e casacos mais quentes, de uma ou outra forma, se aconchega ou procura aconchego da alma, nesta coisa do natal.

O mês de dezembro tem uma velocidade incrível. Trinta dias onde se procura condensar famílias que tenham que estar absolutamente felizes, quando o ano inteiro foram, apenas, famílias normais, sem estarem sempre a sorrir, a sentir o coração a explodir de alegria. 

O mês de dezembro tem uma velocidade incrível. Vinte e nove dias para se sentir uma fé e uma esperança renovada, logo abandonada, lá para o dia 6 ou 7 de janeiro quando, depois de muito evitar, nos colocamos em cima de uma balança que não mente. Ou as calças. Uma enormidade de otimismo depois pouco alimentado durante o resto do ano. 

O mês de dezembro tem uma velocidade incrível. Vinte e oito dias em que se compra, embrulha, e se enlouquece com a lista de coisas para fazer entre bacalhaus, perús, rabanadas, laços, fitas e cabazes. 

E os dias continuam, vinte e sete, vinte e seis...

O mês de dezembro tem uma velocidade incrível. A que lhe impomos. A que se quiser dar. Um mês com uma energia muito, muito própria. Sente-se no ar uma espécie de euforia coletiva. Que é boa, seja ela conduzida para aquilo que fizer a cada um, realmente feliz. Parar. Perguntar: como quero que seja realmente o meu mês de dezembro. 

Por isso estava para aqui a pensar, que sendo do signo balança, me vou inspirar na palavra balançar. Fazer o balançar do que quero para este mês. E o que quero e faz sentido para todos os outros meses que aí vem. Compreender que em cada mês há um novo natal, uma nova luz, um novo recomeço. Todos os meses. Todos os santos dias. Sendo ano novo tanto em fevereiro, como em pleno mês de agosto.

Mês de dezembro...para balançar.

P.S.: Partilha - e quando a seguir a este texto, inicio pesquisa de imagem, aparece esta música que se chama Balançar, que eu nunca tinha ouvido, que eu não conhecia e que a Mafalda Veiga e o Tiago Bettencourt já cantam. Bonito esta coisa de seres humanos diferentes, sentirem coisas tão semelhantes :) Fica a sugestão.



Créditos de Imagem: Revoada