Construir Pontes

Está impossível. 

Deixa tudo espalhado.

Repito as mesmas coisas 239 vezes ao dia, há várias semanas!

Demora horas na casa-de-banho ou Só consigo que tome banho à força.

Música, música, música! Música, a mesma música, vezes e vezes seguidas.

Tem um caso sério com ... o telemóvel e o PC.

Desabafos que se ouvem aqui e ali. 

É-lhe familiar?

O jovem que agora por ali anda em casa, não foi misteriosamente raptado para um qualquer planeta distante, submetido a uma operação ao cérebro, para depois voltar a casa. Não foi... pelo menos que se saiba oficialmente!

É o mesmo filho e a mesma filha. Só que em mudança. Em grandes mudanças, em muitas frentes, ao mesmo tempo. Como se o que fosse verdade às 7h38 já não fosse às 19h40. 

Este mês, tal como abordado no Gente que Respira, abordamos o plantar: depois das sementes saírem, para onde colocar a nova planta e como cuidar dela? Que é como quem diz, como chegar à conversa com este ser em transformação constante e continuar a apoiar no seu desenvolvimento. 

Duas ideias para começar a construir pontes, (porque elas são necessárias, por eles e por nós):

  • Escutar. Escutar sem julgamento sobre a música preferida (aquela que já ouvimos muitas, muitas, muitas, já referi muitas vezes?), aquela banda m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a; o que os amigos fizeram ou não fizeram; as dúvidas sobre aquela madeixa de cabelo fora do sítio ou a borbulha minúscula capaz de causar a 3ª guerra mundial. Escutar, apenas isso. Interessar-se, ser-se empático, sem julgamento. 

  • Partilhar um interesse. Quando partilhamos interesses, falamos a mesma linguagem. Pode ser uma série, a leitura, passear, um estilo musical... Descobrir esse ponto em comum e divertirem-se em conjunto. A ideia desta viagem é ser também divertida, para que as outras coisas sérias, depois tenham o seu espaço também. 







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