Sobre a Liberdade

Ser livre para dar-lhes a liberdade de se expressarem e terem opinião própria. Silenciar um pouco a nossa voz de pessoa grande e ficar por ali a ouvir, a voz tão grande deles. 

Ser livre para ouvi-los, esquecendo a voz da nossa mãe, daquele tio-avó, da vizinha, do professor, daquele psicólogo chato que li ou vi, de relance na TV. Que sabem eles, dos meus, de mim?

Ser livre para vivê-los na liberdade de quem sou como mulher, quem quero (ainda) ser como mãe.

Ser livre para deixá-los andar soltos, sem pantufas, pintar a cara, as mãos, conjugarem calças às riscas, com camisolas às bolas. Deixar à solta, o artista que há neles, que há, em cada um deles, de forma tão diferente e subtil. Quem tem mais do que um, não venha com a história de que os educou iguais, que sou a mesma mãe. Não, não é. Nem o mundo já é, quanto mais eu. 

Sobre a liberdade de agora e a liberdade de se ser Mãe nos dias de hoje e a bênção grande que é ter a escolha de deixar as culpas do devia de ser assim, para ontem. Fazer revolução de pensamento, todos os dias e celebrar a liberdade de na verdade, podermos ser, como quisermos e o sermos também nesta escolha bonita, de se ser Mãe. 


Sem comentários:

Enviar um comentário