Corri a cozinha.
Vi por baixo da cama.
Por baixo do sofá.
Fui ao quarto dos miúdos.
Vi de novo, na estante dos sapatos.
Hoje estava mais frio e quis trocar os chinelos de verão pelos de inverno. Voltei a procurar de novo porque tendo meias calçadas é difícil de calçar chinelos de dedo.
Desisti. Calcei umas sabrinas e fui estender a roupa. Quando já estava a pousar a bacia da roupa... lá estavam eles, a espreitar. Quietos na sua quietude de chinelos.
As vezes que isto acontece quando se perde alguma coisa. As vezes.
Com os chinelos e com tudo o resto na santa vidinha: a serenidade, a paz, o amor, as relações. Basta parar de os perseguir que nos aparecem na frente.
Isso e estas meias que assim já não são precisos outros chinelos.
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