Alguém que acredite por Nós

 A minha prática de Yoga funciona como uma metáfora para uma série de coisas quando me encontro ali sozinha, com o tapete. Entre muitas coisas que seriam impensáveis de fazer há 4 anos atrás, a Sara, a mestre paciente, esteve lá a acreditar por mim, por nós todos que ali estamos. 

O Yoga vai muito para lá de mexer músculos e fazer coisas estranhas e bonitas com o corpo. O corpo é apenas o veículo para a verdadeira transformação, a mais importante. Tão individual quantas as pessoas que o fazem. 

Às vezes fico parada a olhar. Porque é bonito o que algumas pessoas já conseguem fazer, ou quando a Sara nos mostra o caminho e fico ali a contemplar a beleza de tudo aquilo. Outras vezes, como ontem,   a Sara disse simplesmente: Isso, levanta a perna direita, segura o dedo do pé, e agora vira a cabeça para o outro lado. 

O que a Sara talvez não imaginasse é que eu sabia que era para virar a cabeça para o outro lado. Sei-o há 4 anos. E depois de algumas tentativas, assumi, que, para já, aquilo não era para mim. 

Ontem a Sara disse simplesmente, vira para o outro lado. E confiando que o mestre vê para lá, do que o aluno vê, virei. E permaneci. Pela primeira vez. 

Sorrio. Como faço muitas vezes, quando passo um limite pequeno mas tão grande, da zona a que estou habituada. 

No meio daquilo tudo fiquei a pensar na importância de termos pessoas, ao nosso redor, que acreditem por nós. Que vejam mais além, onde nós não pensamos sequer chegar. 

Ter pessoas que vêm e acreditam por nós, até que tenhamos a força, a destreza, a confiança, para ver e acreditar também. 

Quem são as tuas pessoas, as que acreditam por ti, enquanto ganhas forças para ir a sós? 

Alguém que acredite por nós. Que está ali, e que já vê as infinitas possibilidades, por nós e connosco. 

Quem são as tuas pessoas hoje? 




Imagem deste autor.


Journaling para Pais

 

Journaling para Pais.
Começa 1 de março.

Um caderno.
Uma caneta.
Uma pergunta por dia.
Durante 30 dias, será enviada uma pergunta para parar por breves momentos e escrever.
Para se conhecer melhor como mãe e pai.
Ganhar mais confiança.
Os resultados são quase imediatos quando paramos por breves instantes para olharmos como somos e como queremos ser como pais.
Neste caso, através da escrita, que permite ir ao seu ritmo.
As perguntas orientadoras são minhas.
As respostas, reflexões são só suas.
Mais informações por mensagem privada nas redes sociais ou para o mail: abelpb@hotmail.com








Meu nome é Mental, Saúde Mental

Caminhar.

Ler.

Dançar.

Conversar.

Abraçar.

Escrever.

Rir.

Cantar.

Brincar.

Pintar.

Yogar.

Criar.

Correr.

Namorar.

Aprender.

Partilhar.

E às vezes, mesmo com tudo isto, a nossa tranquilidade interior precisa de um empurrão. Se consultamos alguém por uma perna partida, quando algo se parte cá dentro é o mesmo caminho. Procurar ajuda. 




Marcação de consultas Gente que Respira (abelpb@hotmail.com) e mais  informações no site aqui.


Alguns contactos com atendimento gratuito (fonte DGS aqui):

SOS VOZ AMIGA
Horário: 16:00 – 24:00
Contacto Telefónico: 213 544 545 | 912 802 669 | 963 524 660
Linha Verde gratuita: 800 209 899 (21:00 – 24:00)


CONVERSA AMIGA
Horário: 15:00 – 22:00
Contacto Telefónico: 808 237 327 | 210 027 159


VOZES AMIGAS DE ESPERANÇA DE PORTUGAL
Horário: 16:00 – 22:00
Contacto Telefónico: 222 030 707


TELEFONE DA AMIZADE  
Horário: 16:00 – 23:00
Contacto Telefónico: 222 080 707


VOZ DE APOIO
Horário: 21:00 – 24:00
Contacto Telefónico: 225 506 070
Email: sos@vozdeapoio.pt




Preciso de lembrar mil vezes

 

Preciso de lembrar mil vezes que eu, sou eu.

Preciso de lembrar mil vezes que há quem esteja a trabalhar dentro de casa a meio tempo, outros só fora, e outros, como eu, a trabalhar a tempo inteiro.

Preciso de lembrar mil vezes que há quem não tenha filhos, outros têm 3, outros 4 e outros, como eu, 2. Às vezes mais. E mesmo quem tenha filhos, raramente têm a mesma idade. Uns têm filhos bebés, outros têm filhos quase adultos, outros precisam de leves empurrões de ajuda.

Preciso de lembrar mil vezes que todos temos direito a dias de blhéc, de sol, de alegria, de saudade, de tristeza, de estupidez natural, de gratidão e que no balanço desses momentos está o encontrar de quem já somos. Ter isto tudo, em doses generosas, mil vezes numa semana, às vezes num só dia.

Preciso de lembrar mil vezes a importância de ser flexível para os outros. E outras mil e uma, em ser flexível para comigo mesma.

Preciso de lembrar mil vezes que nestes tempos de mudanças e incertezas, quase diárias, quase da manhã para a noite (quantas vezes o que é verdade às 8h da manhã, não o é, às 8h da noite), que há um tempo e um compasso de me ajustar ao que por aqui vai. O de fora e o de dentro. Sobretudo o de dentro.

Preciso de lembrar mil vezes que não há comparações com os outros, apenas com a da pessoa, no nosso espelho de há bocado. Porque afinal, preciso de lembrar mil vezes que eu sou, o que já sou.




Lista de supermercado

Abrimos o frigorífico.

Espreitamos a despensa.

Uma folha, uma caneta e escrevemos as necessidades para alimentar as tropas de casa, por uma semana ou mais. 

Temos em conta os gostos e preferências, o orçamento disponível, promoções e o bom senso. 

Se abastecemos e organizamo-nos para alimentar o corpo, porque não fazer o mesmo para as nossas necessidades como um todo? Muito mais agora, nestes tempos. Somos pilares da casa e os pilares têm de estar seguros e nutridos. 

Algumas sugestões para começar a agir ainda este mês:

  • Folha e caneta. E responder: Quais são as minhas necessidades que me deixam mais _____________? (escolher a opção que precisam nutrir. Por exemplo, tranquila, alegre, produtiva, criativa...)
  • O que vou fazer para satisfazer essa necessidade?
  • Quando o vou fazer? 
O mundo mudou. Sempre muda, com ou sem pandemia. E a nós, cabe-nos mudar, reajustar e acertar o compasso à medida da dança. 






Imagem daqui.

Ideia para esta semana


O amor. Sempre o amor. 

E o amor, de pés assentes no chão, com entrega, escuta, cedência, silêncios, gargalhadas e muitas formas de o manifestar. 

Fala-se pouco do amor real. 

O que dá trabalho. De relações sem cartões em forma de coração mas com torradas carregadas de manteiga, jogos de futebol em pano de fundo ou yoga a acontecer, às horas de jantar. O amor para durar, dá trabalho. 

Constrói-se. 

Reinventa-se. 

Saboreia-se. 

Estica a pele e o coração para lados que não sabíamos que era possível. 

Li este livro. E mesmo discordando de uma ou outra ideia, abre as perspetivas do amor, numa mão cheia de linguagens. Diversidade de amores. 

Fala-se pouco de amor. E aqui fala-se bastante. 

De 5 linguagens de amor:

  • Palavras de apreço
  • Tempo de qualidade
  • Receber presentes
  • Atos de servir
  • Contacto físico








Oferta de sexta - Happy Hour

Durante o mês de fevereiro, às sextas, das 16h30 às 17h30 é happy hour para os Pais. Partilhas, dúvidas, desabafos, inquietações. O que apetecer. Com a duração de vinte a trinta minutos. Sem custos. Só precisam de marcar por mensagem privada ou pelo mail: abelpb@hotmail.com e o resto é conversa... comigo, por videochamada. 

Ah, para quem não se sentir tão à vontade, neste encontro cara-a-cara, enviem dúvidas por mail. Durante essa hora, respondo. 





Medicação Forte

Ai a vida está virada do avesso? Ai está?

Então, aqui vai disto.

Esta, continua a ser, das melhores medicações. Forte. Gratuita. Disponível em várias embalagens e dosagens. À vontade do freguês. 

Rir. 

Todos-os-santos-dias-em-doses-generosas.

Bom dia, obrigada.



E nós?

Então primeiro vou cuidar do gato, do cão, do periquito. 

Acordou filho nº1, tratar do leite, mudar a fralda. 

Filho nº2 ao fundo do corredor a pedir colo e atenção. 

Máquina da roupa e loiça a apitarem ao mesmo tempo. 

Mais uma chamada para atender e um mail para enviar. 

E isto são ainda 9h32...da manhã.


Neste tempos desafiadores há muitas vozes e pedidos do exterior. Às vezes falam tão alto, que por dentro vão-se silenciando, as nossas vontades e necessidades. Elas existem e sempre existirão. São o que dão alento, força, para cuidar do que nos rodeia. Completam-nos como pessoas e em última instância, preenchem quem nós somos. Há quem lhe chame autocuidado ou, a firmeza de dar voz, à nossa voz. De criar espaço para estarmos e sermos quem somos. 

Nas conversas com mães (e comigo própria...) este é um assunto frequente.


Em dois passos:

  1. Escrever tudo o que gostamos e nos faz bem. A maior parte das vezes nem custos tem! Pode ser uma chávena de chá ou café, bebida no silêncio, antes da casa acordar. A leitura de 1 página de um livro. Uma caminhada, nem que seja de 10 minutos à volta do bairro. Um telefonema para uma amiga. Fazer jardinagem, pintar, escrever. Retomar estudos, sobre um assunto de que se goste (tanto pode ser mecânica, como energia quântica ou filosofia...). Colocar aquele creme, logo a seguir ao duche... Hipóteses infinitas! 
  2. Definirmo-nos como prioridade. Olhar para o dia. Encontrar o tal tempo, ou vários tempos espalhados ao longo do dia. Voltarmos à lista do Sim. Dos nossos Sins. Pode ser um punhado de minutos antes de todos acordarem, colar a um hábito que já exista (a seguir a lavar os dentes, vou ler 10 linhas de um livro) ou respirar fundo 5 vezes, na varanda, no terraço, no quintal. 




Fotografia desta autora.

Sobre o que lá vem

 Os primeiros a usarem, de boa vontade a máscara foram eles. E às vezes nem era preciso. Custa ver, os momentos de saudades de jogarem à bola, de irem à escola ou de brincarem com os amigos. Mas depois, vemos a encontrarem alternativas, num ápice de piscar os olhos. 

Seguem com a vida, apesar de tudo, como ela está e o que tem de melhor, nas circunstâncias atuais. Continuam a refilar, a rir, a correr pela casa, a lerem, a pintarem, a sonhar alto com o que querem fazer um dia, com a certeza de que vai mesmo acontecer. Sem temores ou anseios do que ainda vem, das incertezas. A vida, na sua forma mais simples. Tanto para aprender com eles...

Para a semana retoma a escola, à distância do botão. Ficam por viver as brincadeiras dos recreios, as corridas, as conversas, as provocações, os empurrões, as gargalhadas em grupo, a seca e a maravilha das aulas, com as inevitáveis partidas que a presença numa sala, puxa o corpo a fazer. Mas é o que é. Por todos, é assim. E já não vamos às cegas: 

  • Eles já sabem. Há um ritmo entre aulas online e telescola. Eles já o conhecem e a adaptação, com os devidos reajustes, vai ser mais rápida do que da última vez. Eles adaptam-se muitas vezes melhor, do que nós, os adultos. 
  • Dar espaço e tempo. Mesmo sabendo ao que vem aí, é preciso afinar os dias, a rotina. Ver o que funciona melhor na nossa família e dar-lhe tempo para encontrar o melhor ritmo. É diferente ao do vizinho, da prima e do colega.
  • Acolher. Vai haver momentos de frustração. Fazem parte. Também os há na escola fora da nossa casa. Acolher e aceitar que faz parte. Encontrar as #bolhasdeoxigénio de que já falei aqui. Ajudar a encontrar a deles, e a nossa com eles. 
E respirar, lenta e pausadamente. 
Uma respiração de cada vez, e chegamos lá. 
Juntos. ❤





Créditos de Imagem desta autora.

Início de semana e mês

 


Rodear de boas pessoas, boas energias.

Criar essas energias e saber que são da nossa responsabilidade. 

Ir ao encontro de cores e histórias novas. Apoiar a Cultura. A cultura ajuda a salvar nestes tempos. 

O Teatro Nacional D. Maria II tem programação online, para os mais pequenos e também para os crescidos, com iniciativas gratuitas e outras a partir de 3 euros. 


Fica aqui o link.