Eles chegaram - parte II

Ontem chegaram os entas mas não vieram sozinhos.

Trouxeram mensagens cheias de amor. Pessoas de abraços fortes e gordos (como um amigo me enviou...expressou bonita esta). Pessoas de bem-querer com quem nem sempre se está a falar, mas que estão lá quando é preciso, e às vezes quando não o é de todo mas vêm nestes caminhos que se cruzam uma forma de estar e sentir as amizades de verdade.

Os entas trouxeram surpresas de mimos e de gente que me apareceu, por pura magia deste amor que nos une. O dia começou, e terminou assim. Com gente a aparecer de corpo, quando os tenho sempre presente na alma dos dias, nos outros tantos dias. 

Recebi abraços, vi muitos olhos a brilhar. Demorei-me no olhar de quem olha por mim e por quem tenho também tanto gosto em olhar ao longo do resto do ano.
Os meus a chorar de felicidade em alguns momentos. 

Foi um dia de verdades, de muita felicidade pelas pequenas tão grandes coisas que nos preenchem os dias e que neste dia intensificam as cores. 

Na certeza de que não precisamos de ter fogo de artifício a acontecer, apenas a energia pura de quem nos quer bem. 

Eles chegaram e confirmaram a certeza do que realmente interessa, nas minhas verdades de caminhar. 

Bem haja a todos. Um abraço gordo, obeso de tanto vos querer bem. 







Está quase...

Quando era miúda vivia aquela ânsia de chegar o dia de anos. De ter a família à volta da mesa, das prendas, do bolo (sempre feitos pela doce mãe, coberto de natas e enfeites de muitas cores, tão bom, tão cheio de tudo o que realmente importante), da roupa a estrear naquele dia. De me sentir princesa a iniciar mais um ano a estrear. 

Só que havia um pequeno senão. Mais ou menos na altura de cantar os Parabéns, abatia-se sobre mim uma tal nervoseira de ter toda a gente ali, que sucumbia a tanta energia boa e ... desatava a chorar! Fotografias lindas que tenho dessa fase, dignas de retratar uma qualquer cena de espancamento em que eu seria a vítima de tanto...amor. Toda a gente com cara de enterro, eu a chorar e a minha querida mãe, comigo ao colo, a soprar as velas por mim. Ahhhh, as nossas figurinhas lindas. Com os anos lá fui digerindo melhor aquela exposição que demorava o tempo de cantar os Parabéns e foi já com as primeiras festas com os amigos de escola, que se perderam as vergonhas e se aceitou o bom que é ter gente boa reunida ali à volta. 

Sabendo deste meu passado obscuro e deste medo (pânico) de "palco", tomei a decisão, há mais ou menos um ano, de me despedir condignamente, do ano desta década que termina hoje. Não fosse o diabo tecê-las e aparecer o monstro do bolo de anos. Não é que não goste das surpresas, dos mimos todos, da atenção. Apenas nunca sei muito bem como reagir! E sendo que muita da minha vida profissional acenta na inteligência emocional...dos outros, achei por bem fazer alguma coisinha de jeito com a inteligência emocional aplicada a minha pessoa. 

Por isso, ficam algumas recomendações à navegação para amanhã:
  • nada de gente desnudada a saltar de um qualquer bolo. É só por causa do bolo. Gosto de massa caseira...
  • rebentarem 500 balões à porta de casa;
  • se conseguirem trazer o Chris Martin para cantar "A sky full of stars" é favor avisarem-me 10 minutos antes para compor o cabelo;
  • não tenho o passaporte atualizado por isso, viagens em jatos particulares só dentro da europa. Talvez se for no jato do Ronaldo, não haja problemas...
Pronto, e agora que a fasquia está colocada onde pertence, que é sempre muito alta, tenho a certeza que vai correr tudo bem e fica para trás tudo o que não interessa. Foi um ano inteiro para arrumar as gavetas. Amanhã começa uma nova década. Venha ela. 

Ahhh, e não podendo estar com todas as minhas pessoas sol, pode também ser assim: uma dedicatória na minha estação de rádio preferida, a de sempre. Simples, né? 


Preto.E.Branco.

As vezes as situações são o que são. Muitas vezes. Não mudamos as nuvens que apareceram no dia em que resolvemos levar aquele vestido curto e fomos apanhadas no meio de uma tromba de áuga.

Ou as filas de trânsito.
Ou os orçamentos.
Ou a chávena que se entornou na camisa branca.
Ou o cabelo em desalinho porque chove.
Ou o mau feitio da colega. 
E os Ous da santa vidinha não acabam.

Muda sim, focar no assunto que nos interessa. Ser incisivo, cirúrgico até. Focar no que importa. Esquecer os Se´s ou os Ou´s. 

Muda a nossa vontade de dizer chega ao que dizem que tem que ser. Nunca tem que ser o que os outros querem, mas sim o que nós deixamos.

Muda quando nós mudamos e viramos o dia ao contrário, no rumo certo do que precisamos para ... sorrir. O nosso sorriso. Mesmo que cheio de imperfeições. Deixar os melodramas de lado. 

A santa vidinha, é como é. Mudemos Nós, com o verão, dentro de nós, todo o santo ano, mesmo que hoje comece o outono. Porque quem manda somos nós.

Preto.E.Branco. 
















Dancing Queen

Isto pode até ser velhinho mas ao rever fez-lhe lembrar as paixões de dançar até serem horas de ir embora.

De perder noção do corpo e do tempo e de se deixar ir ao ritmo. O da música e dos dias.

E que sempre se vai a tempo de ser uma Dancing Queen. Vai-se sempre a tempo de ser Queen do que faz despertar, com um friozinho no estômago a vontade de saltar da cadeira a que se acostumou a baloiçar ao ritmo dos dias, confortavelmente. 

Sair do conforto e atirar para a água de roupa vestida. Quando foi a última vez?





Dos ingredientes essenciais

Os ingredientes eram simples:


  • pitada de boa disposição;
  • partilhas em doses generosas;
  • vontade de ouvir e escutar.
As histórias cruzaram-se. Gente que teima em continuar de pé apesar dos muitos senãos da vida. Fico sempre na dúvida de quem aprende mais, se eu que medeio a ação, se quem a recebe. Aprende-se tanto em conjunto. 

A comida foi o pretexto para misturarmos tudo e sentar à mesa para novos sabores. 

Faltam as panquecas... mas essas não deu tempo para fotografar...desapareceram num instante.

Do que ficou, sem necessidade de legenda.

Bem hajam.




























Dias de (re) começo


Perceber que a felicidade começa nas coisas pequenas. Muito pequenas.

Um abraço sem se estar à espera.
Um sorriso a prometer vida nova.
Uma música de ritmos bons.
Flores acabadas de colher que inspiram tudo o que é preciso para relembrar que é no tempo de inspirar e expirar que a vida acontece, nem antes, nem depois. Agora. 

A felicidade começa nas coisas pequenas. Haja sabedoria para vê-las e encontrá-las todos os dias. Haja perspectiva para o fazer.

O resto, todo resto vem. 






À vassourada

Pegou na pequena mochila que tinha à mão. Meia dúzia de objetos lá para dentro. Tudo o que fosse o básico e o essencial: carteira, livro, caneta, preservativos, escova, rimel, agenda, telemóvel e ... bolachas e água. Tudo muito simples e básico.

Saiu. Bateu com a porta com aquela velocidade que permite ficar no limiar de um qualquer vidro partir. Só assim à beira do precipício do mundo do histerismo dos vidros. Esqueceu-se de desligar o pc. Queria lá bem saber. Que se amanhassem com a conta da electricidade, da contabilidade do mês que ficou por fazer, das plantas por regar, do café que ficou frio na chávena pronta a servir, dos relatórios por entregar, sempre urgentes e para ontem.

Saiu. Saiu sem destino, o vento a bater-lhe na cara, as primeiras chuvas a comporem o penteado, já por si, a anunciar uma revolução que estava em marcha. 

Desceu a avenida. Subiu a quelha. Contornou as duas igrejas por onde passava todos os dias. Meteu-se pela parte mais antiga da cidade. Andou até que se cansou dos pés, das mãos frias, das pernas a pedirem descanso. Andou até que o corpo lhe doesse tanto que a impedissem de pensar. 

Parou junto a um quiosque. Do lado de lá da estrada uma loja mais antiga ainda do que aquela parte da cidade e que tinha adiado para ver, um dia destes. Viu entrar e sair gente como quem pede ao tempo que se espreguice no ritmo da respiração. 

E viu vassouras. Muitas vassouras: grandes, pequenas, muito coloridas. Nunca viu tantas vassouras juntas. 

Era varre-los à vassourada!  - pensou.

E porque não? Da fama já não se livrava de louca-alucinada-pronta  atacar e refilar em qualquer altura. 

Levantou-se. As pernas a gemer e suplicar para que se deixasse estar. Os braços a empurrarem para trás, aproveitando a brisa mais forte que se fazia sentir naquela altura do ano. Estava determinada.

Varre-los à vassourada.

Esgravatou todos os cartões que tinha. Trocos, notas esquecidas nos bolsos. E foi. A D. Alzira, um pouco incrédula, ainda perguntou para que queria 23 vassouras. Todas as que tinha expostas e mais algumas do armazém. Limitou-se a sorrir e a pagar. Deu um beijo naquela bochecha com mais de seis décadas de histórias para contar e saiu, para espanto da pequenada que estava de regresso de mais um dia de escola. Seguiram-na até ao fim da ruela mas ela enxotou-os com um sorriso e umas ameaças de vassouras. 

Seguiu. Desta vez desceu a quelha e subiu a avenida. Imaginava a cara deles quando, um a um os empurrasse com a vassoura, porta a fora. Gente que não interessava. Subiu, cada um dos degraus com as 23 vassouras. Estava quase a bater à porta e olhou em volta. Ela e mais 23 vassouras. 

Percebeu então que não precisava de varrer gente que não interessava. Bastava varrer da sua mente, um a um para voarem para bem longe dali onde era o seu lugar de bem sorrir e ocupar-se com o que realmente interessava, pessoas-de-bem-querer. 
Pessoas de abraços sem pedir, que batem à porta sem mais nada mas que sabem a hora certa para ali entrarem. 
Pessoas que adivinham os dias e momentos de mal-querer e os transformam em momentos de ternura. 
Essas pessoas sim. 
As outras vão para as vassouras-que-as-pariu. 



Vamos ... errar muito?

Com um ano escolar quase a começar é favor de lembrar que errar é bom. 
Persistir nele é que não. 
Mas é errar é fabuloso.








Contagem decrescente: 17 dias

Em contagem decrescente para o ano novo. Um ano novo muito especial de viragem de década.

Os rituais são importantes na medida em que lhes queiramos dar significado, deixar para trás o que não interessa, centrar e focar no que mais sorrisos oferece e enche o peito daquele bem-estar a que se chama felicidade feita das pequenas coisas boas. 

Há um ano atrás, aqui e aqui e aqui fez-se uma proposta muito séria para levar a vida mais a brincar. Um ano, 365 dias para treinar e fortalecer. Pequenas metas, conquistas de sabor. 

Quase a cortar a meta que deixa para trás tanto caminho de aprender, confiar e amar, está pela frente todo um novo horizonte. Afinal estamos todos os dias porque todos os dias contam. 




imagem boa daqui.

Corridas à parte

Ando a ler um livro sobre a longevidade...com qualidade, sobre as zonas azuis do mundo, onde se vive até aos 100 anos e mais além, com saúde. Sem poções, apenas com as coisas simples da vida como a boa comida à mesa, feita com amor e dedicação ou a importância de um grupo de moais, que é como quem diz, um grupo de gente em quem se pode apoiar, partilhar, com objetivos de vida que se vão entrelaçando, onde a onde. 

Hoje o dia começou tão bem assim com este grupo que se levanta às 6h30 para ir caminhar, ver os raios de sol pela manhã em primeira mão, partilhar histórias e muitos, muitos risos. Esta semana só consegui ir dois dias. Vamos na medida do que nos for possível. Elas foram indo na mesma e eu em pensamento com elas. Hoje preparei-lhes o pequeno-almoço. Mais do que o alimento de fome, é esta vontade de apenas estarmos porque é bom estarmos juntas.

Começamos por ser apenas duas. Agora somos mais. Lá ao longe, o objetivo de um dia entrar numa qualquer prova. Se não for a dos quilómetros, que seja a de ver quem faz mais abdominais ... a rir.

Para a semana há mais, com ou sem pequeno-almoço domingueiro...a um sábado. 

E esta vontade de se ser apenas mais feliz, em cada passo que se dá, juntas.


















Da liberdade de sempre

Há dias em que certas palavras crescem e enchem o peito. 

Aparecem como que a relembrar da sua existência, mostrando as ínfimas possibilidades que existem à nossa frente.

Liberdade.

Eu. Tu. Nós. 
Somos L-I-V-R-E-S.
Por isso, tudo, absolutamente tudo, está em aberto. Haja coragem, fé e amor.




Não se pode confiar na juventude

Ahhhh... esta juventude e as suas ideias.

Começou aos 45.
Exemplos de Viver.



Acreditar, acreditar, acreditar


"Não pensem num Urso Branco." 

Foi há muitos anos que no meio de uma aula, a professora disse isto e automaticamente, todo um auditório desatou a rir. É automático. A mente humana e as partidas que nos prega.

E se for usado a nosso favor?

Não penses ...
... em Amor.
... na tua história feliz de relacionamentos.
... em estares apaixonada.
... no dia para lá de bom.
... no trabalho recompensador que vais ter.
... naquela proposta que finalmente vai ter o SiM.
... em te sentires fisicamente em forma.
... em seres Feliz.

Focar no que é importante, acreditar até às entranhas e agir. 

E o resto vem, se for por bem.



Focar
Acreditar
Agir




Isto tudo e ... não pensar em ursos brancos.





Ainda 3 coisas para este Verão

Um calor que escalda, um termómetro que não desce.

E mesmo assim, dá vontade de guardar um pouco para os dias que vão chegar. 

Focar no agora tem desta coisa boa de tirar o melhor partido do que há para tirar neste momento. O único que realmente está a ser oferecido. Que gratidão por ele...

Por isso, ainda 3 coisas para este Verão:

  • Olhar as estrelas. Tenho um fascinado pelas galáxias, estrelas e planetas cá em casa. Está a ensinar-me a olhar para lá de novo. Vá-se buscar uma manta e na varanda, no terraço, num qualquer ponto alto das terras onde se vive e fique-se a olhar e a pedir desejos e sonhos, a descobrir novas constelações. O tempo das nuvens há de chegar. Até lá ... Sonhar faz tão bem.

  • Acordar mais cedo. Sejam 30 minutos ou 10 ou em modo louco, uma hora mais cedo e ir caminhar a apanhar o fresco. E se não for para caminhar, para um pequeno-almoço mais demorado, uma leitura inspiradora, ou ficar apenas enroscado no meio dos lençóis só porque se pode dar ao luxo disso mesmo. Contrariar horários e trocar-lhes as voltas. Só por um dia. 

  • Há sempre água para descobrir. No outro dia lia que das melhores terapias para aliviar a alma, o coração e o corpo era água e descanso. Seja rio, ribeira, praia, praia fluvial, lagoa, barragem... lavar a alma de todas as formas possíveis mas ir à descoberta. Não vivemos no Sarah por isso, mergulhe-se.





Das verdades

Do que queremos e do que realmente precisamos.
Do que achamos que é o melhor, e do que, na verdade, é a verdade dentro de nós.
No confronto entre o ser-se e o parecer que é a nossa viagem e dos caminhos que levam até essa verdade de nós mesmos.

Retirado da minha bíblia de sempre.


"No caminho de volta ao ashram, deixo-me tomar pela fantasia de quão silenciosa vou ser a partir de agora. Serei tão silenciosa que isso me tornará famosa. Imagino até que vou passar a ser conhecida como aquela rapariga calada. (...) A minha única interação com os outros será sorrir-lhes beatificamente de dentro do meu mundo reservado de quietude e piedade. As pessoas irão falar sobre mim. Perguntarão: "Quem é aquela rapariga calada ao fundo do templo, que está sempre a esfregar o chão de joelhos? Ela nunca fala. É tão esquiva. É tão mística. Ela é a rapariga mais calada que alguma vez vi."

Na manhã seguinte, estava de joelhos no templo a esfregar novamente o mármore do chão, emanando (assim o imaginava) um aura sagrada de silêncio quando um adolescente indiano veio `a minha procura com uma mensagem - que eu tinha de ir imediatamente ao gabinete do Seva.

(...) a senhora simpática que estava sentada à secretária perguntou-me:
- É a Elizabeth Gilbert?
Sorri-lhe com ar caloroso e assenti. Em silêncio.
Depois, ela disse-me que a minha tarefa fora mudada. Devido a um pedido especial da administração, já não fazia parte da equipa que esfregava o chão. Tinham um novo cargo em mente para mim no ashram. E o título da minha nova função era - apreciem bem - assistente principal. 

Esta era obviamente outra das partidas de Swamiji.
- Querias ser a rapariga calada ao fundo do templo? Bem, adivinha só... 
Mas isto é o que sempre acontece no ashram. Tomamos uma decisão grandiosa sobre o que precisamos de fazer ou sobre quem precisamos de ser e depois as circunstâncias encarregam-se de nos mostrar de imediato quão pouco nos conhecíamos. 

(...) 
- Temos uma alcunha especial para este cargo, sabe? Dizemos que é a menina sorrisinhos porque quem quer que o ocupe precisa de ser sociável e estar sempre a sorrir.
Que podia eu dizer?
Limitei-me a estender-lhe a mão, despedi-me silenciosamente de todas as minhas antigas ilusões e anunciei:
- Minha senhora, sou a pessoa indicada."


Isto de trabalhar

Às vezes, muitas vezes, trabalhar é um privilégio muito grande.

Quase a iniciar um novo projeto que junta pessoas à volta de uma mesa a repensar os dias, os sabores e as vivências diárias. Juntar tudo, mexer, e temperar com partilhas, risos, aprendizagens de uma vida e muito amor. O amor liga sempre tudo. Esta entrega que implica dar e receber nesta comunhão de fazermos parte todos do mesmo.

A mesa de trabalho fervilha com ideias, um formigueiro de pôr literalmente a mão na massa e saber que o resultado final só pode ter o sabor bom de ensinar e aprender. 

A isto não se chama trabalhar, chama-se viver e é um privilégio poder fazê-lo.

Algumas das imagens que estão a inspirar os próximos tempos, retiradas daqui e aqui.











Do avesso

A imagem que me vem quando a vida dá voltas inesperadas é a da máquina de lavar a roupa. Põe-se detergente cheiroso, seguem-se as instruções mas alguém resolve ligar a centrifugação quando não era, pôr um programa demasiado intenso ou misturar roupas, que é como quem diz, misturar as estações, os capítulos, as pontas de felicidade.

E quando a vida fica virado do avesso, vira-mo-nos também e fazemos o pino. 

Mudar de perspectiva, senhores, mudar de perspectiva.