Aventurar-se a ser si próprio assusta mal se põe a cabeça cá fora. "Tem a personalidade muito forte, está cheio de manhas... não lhe faças as vontades todas!" E vamo-nos assustando da nossa força, das forças dos que nos rodeiam e a moldagem acontece.
Depois cresce-se e continua a ser assustador ser-se ou não aceite. Seja pelas roupas, pelas falas e conversas certas. Será que estou ou não no grupo? Será que ele ou ela gostam de mim? E se eu digo um disparate e lá se foi o tempo de investimento, de cartas trocadas, mensagens, olhares?
Assusta, ser-se como é porque no caminho às vezes perdemo-nos nas voltas, nas distracções das relações, no trabalho.
Continua-se a caminhar e surgem obstáculos (ou serão desafios?) e a cada momento, em cada encruzilhada há questões por resolver. Porque nos tropeções dos dias, das aventuras e principalmente nas desventuras e desamores há tanto por descobrir. "Porquê a mim? Porquê eu?" Perguntam tantos. Perguntamo-nos todos.
Nas voltas e contracurvas há que ser honesto e apenas parar à beira da estrada e perguntar... as coisas que nos assustam. Os medos, tantos que se lhes perde o conto e a razão.
"There are more scary things inside, than outside." - Paradise
Os medos que nos toldam e não nos deixam gritar a plenos pulmões quem somos, quem queremos ser, quem Merecemos ser. Ser-se honesto consigo e por isso um pouco mais com os outros.
As coisas que nos assustam, são também, aquelas que nos deixam mais perto de quem realmente somos.
Para ver. Para pensar. Nesta dimensão da diversidade, que terá tantas valências quantas as quisermos dar. Para ver Aqui.
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