Aliás sei. Um caminho de reviravoltas, de persistência, de retrocessos e na mesma vontade de seguir para a frente, com (algumas) paragens pela caminho, só para ganhar fôlego e para me demorar nos abraços e nos colos por quem tenho, a mais profunda gratidão, de me ter cruzado no caminho.
Este ano foi o ano com menos festejos, menos fogo-de-artifício. Foi parar para sentir e focar nas verdades destes 42. Houve uma mochila feita em menos de um piscar de olhos para calar estômagos famintos. Houve o silêncio do verde ao nosso redor. Vários mergulhos em águas de verão, mesmo já sendo outono. Abraços de ternura. A cumplicidade do final de tarde e uma viagem de regresso para saborearmos o vento, ainda quente, destes dias. Houve um cantar de parabéns improvisado, primeiro no carro Mãe, ainda não te cantámos os Parabéns! Mas tu não podes cantar, ouviste? e depois, já no fim do dia, com um bolo meio tosco mas tão cheio de intenções de verdade, de quem quis estar presente e por isso fez muitos km, de uma estrada já maior que a de uma maratona. ❤ Foi um dia da verdade, para comigo e para com os meus.
Do pouco que estou a aprender com a corrida é que é preciso escutar o corpo, resistir-lhe aos queixumes e dar, literalmente, uma passada de cada vez. Do pouco que tenho certezas desta maratona de vida é que é preciso ir ouvindo o coração e tanto quanto possível, respeitar-lhe as vontades, numa batida de cada vez. Foi um dia tão sem nadas a destacar mas na (minha) verdade, esteve lá tudo o que era para estar.
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