Quando os outros...

... nos tiram RX.

"Essa mesma mulher contou que havia mudado de carreira. Que abriu mão de um salário bom, de uma vida profissional de sucesso, para ter mais tempo para a filha e que há dois meses havia aberto um brechó, que estava indo bem. Contou que na loja ela encontra outras mulheres, vivendo situações parecidas com a dela e que quando percebe, está acolhendo e sendo a força que a outra precisa. E o maluco disso tudo é que mesmo diante desse passo tão transformador para  vida dela e para a vida da filha, ela não se achava absolutamente foda.

A gente precisa se autorizar.
Precisamos olhar para nossos outros papéis além de mãe e entender que somos boas, ótimas, incríveis no que fazemos.

Precisamos reconhecer os passos pequenos como parte fundamental de um processo de mudança que é longo e contínuo.

Precisamos acreditar na nossa força e abraçar nossas fragilidades, que existem e não precisam ficar em baixo do tapete da sala, porque não são vergonha nenhuma.

Precisamos nos elogiar, de frente pro espelho, de forma sincera e segura."

Texto de uma Lua que ilumina aqui. 




5 minutos

Entre o levantar e o sair de casa há uma montanha-russa de distância. Há roupas para estender/apanha/pôr-a-lavar/passar/escolher. Uma destas opções, por norma, estão para serem resolvidas. Em dias de muita-muita-sorte, está tudo resolvido no fim do dia anterior mas com o cansaço de um ano de trabalho em cima, a energia, no final do dia ronda os valores do inverno na Sibéria: muito abaixo de zero. 

Nesta altura há, por norma também lanches para tratar e enviar nas mochilas, mais do que durante o resto do ano, porque ainda vão estando por atividades, fora de casa. 

Dou graças por o relógio-demónio dar algumas folgas e haver maior abertura e não sentir o peso de ter que repetir a mesma coisa, com entoação de pressa mal-disfarçada. 

Depois há que adiantar almoço/jantar, muitas vezes já tratados durante o fim-de-semana mas, vá-se-lá saber porquê, as criaturas lá de casa, não vivem só com a exposição solar que, mesmo sendo em modos de primavera, não lhes chega. 

Dar jeito na divisão principal da casa, que é como quem diz a cozinha só para que, seja tudo, um pouco mais fácil, quando voltarmos ao quartel-geral. 

Não temos trânsito a sair de casa e dou graças a isso. Em pouco de 5 minutos, estamos todos entregues. Pronto, 10 nos dias em que, há pelas redondezas alguma feira ou mercado. 

Por isso, os primeiros 5 minutos em que aterro no meu local de trabalho, em que estou entregue a mim, a um silêncio delicioso, a um café tão, mas tão bom, por mãos que sabem e que colocam, para lá da qualidade do grão, a qualidade de serem pessoas com um sorriso-bonito e que, ao meu Bom Dia! respondem quase sempre com um brilho no olhar e muitas vezes com um Bom Dia, com a graça do dia!, esses 5 minutos em que faço um reset a tudo o que já foi preciso decidir entre o espaço que é o levantar e o sair de casa, são de uma felicidade grande. É nesses 5 minutos que há tempo de respirar e organizar para o dia que, mesmo já tendo começado há muitas horas atrás, começa agora de novo. Às vezes basta isso: 5 minutos para recomeçar.  




A não perder

Quase, quase a começar, com o contador a mostrar que faltam pouco mais de 4 horas para que se inicie a Maratona da Leitura!

24horas em que umas vezes a rir, 
outras a brincar com as palavras, ou a levá-las mais a sério, 
por vezes com sabores à mistura, como a prova de degustação do nosso maravilhoso maranho, dentro do Castelo, lá para as 21h, 
com contadores de histórias por estas aldeias fora, em que, até o São Pedro veio dar uma ajuda e finalmente aparecer aquele calor de verão.

Começa daqui a pouco mais de 4 horas e há programa para pequenos e graúdos, aqui na mais bonita Maratona de Leitura do País!

Apareçam.

Todas as informações dos participantes e eventos para ver aqui e aqui.