O essencial

A vida na sua forma mais simples,
reduzida ao (meu) essencial,
nesta montanha humana 💕








Vamos sempre...

...a tempo de:


  • dar só mais um beijo.
  • olhar alguém nos olhos.
  • dar mais uma trinca naquele bolo que alimenta corpo e alma.
  • começar a caminhar.
  • dizer Olá a quem precisa de aconchego.
  • dormir mais 5 minutos. O corpo sabe.
  • começar a ler.
  • demorar o sabor de um chá bem quente.
  • meditar.
  • dizer sim a um Sonho adormecido.
  • demorar num abraço.
  • subir a uma montanha e observar.
  • cheirar o mar.
  • não fazer nada, para começar tudo a seguir.








Obrigada sr. Guedes-de-Aveiro

Voltei a um lugar onde já fui e continuo a ser muito feliz. Pelas relações de afecto que por lá tenho, por tudo o que por lá cresci e desta vez para retomar uma área de trabalho de que gosto muito, relacionado com a interculturalidade. Porque nos defendemos face aos outros que parecem (e são) diferentes, como criar pontes entre nós e de que forma nos redescobrimos nesse encontro. Ia mediar e dinamizar uma ação. Saio de lá sempre mais renovada porque me obriga, a fazer uma série de perguntas e a redefinir-me como pessoa. É um processo transformativo e dinâmico. 

Foram seis horas muito bem passadas. Um dia de sol e a ria de Aveiro a dizer Bom Dia. 
Cheguei bem cedo, prevendo dificuldades com o estacionamento. O carro ficou num parque ainda a alguns metros do local de formação mas não fazia mal. Caminhar, logo pela fresca soube bem, mesmo que com malas e sacos nas duas mãos. Tinha à minha espera, um grupo muito simpático e interventivo, com vontade de encontrar novos olhares no trabalho com pequenos e graúdos. Sentir a diferença como um processo. 




Saí assim, já ao fim da tarde cheia de entusiasmo e aquele cansaço bom de ter corrido da melhor forma possível. Regresso novamente avenida abaixo. E sigo. E sigo. E continuo a seguir. E começo a estranhar que aquele caminho já me parecia demasiado longo para o que tinha feito de manhã. O meu sentido de orientação é o que é. Os meus amigos gozam muito comigo. O que é certo é que chego sempre aos destinos que pretendo. Já encontrar o caminho de volta é toda uma nova história. Raramente faço o mesmo percurso no regresso. Não tem mal nenhum. Afinal, não estamos cá para descobrir novas saídas?!?

Apercebo-me que realmente estou só ligeiramente perdida. Ainda me mantinha dentro da cidade só não sabia onde. Por momentos há ali uma pontinha de pânico a trespassar o pensamento. Com os mesmos sacos da manhã, com a adrenalina a descer e o cansaço a subir. O discernimento e clareza de raciocínio, naturalmente a fugir. "E se eu nunca mais encontro o parque, o carro e não regresso a casa?!?!" Empreendo novo caminho e vejo ao longe a GNR. Um certo orgulho fez-me não entrar. Sigo assim mais para diante, perdendo-me cada vez mais e vejo um sô-Guarda a falar com um senhor já com alguma idade. Interrompo a conversa e faço a descrição possível, de onde estaria o meu carro à espera. O guarda fica a olhar sem perceber bem o que eu estava para ali a descrever e diz que vai pedir indicações ao posto. O senhor, muito prestável diz-me que sim senhor, não só sabe onde fica, mas que lhe calha em caminho e me pode deixar lá. 

Ora bem, vem-me todas as frases que me ensinaram em miúda: "Não se confiam em estranhos! Não se aceita boleia de ninguém!". Só que este senhor tinha ar de avó. E um avó que ainda por cima era um pouco surdo e com quem tive que falar mais alto, dentro do que a boa educação permite. Olhei para os meus sacos, para as horas a passar, para o meu cansaço, para os muitos quilómetros que ainda tinha pela frente. E olhei para o senhor e vi uma pessoa. Entramos na carrinha dele. Disse-me para me tranquilizar: "Minha senhora, não fique desconfiada, não lhe vou fazer mal!" Tirei daqui duas conclusões. Primeira, que pelos vistos já tenho ar de minha-senhora, que o minha-menina já lá vai; e que devo ter um ar inofensivo e pouco robusto para o senhor se sentir seguro em me dar uma boleia. Eu acabar de falar sobre estereótipos, preconceitos e afins e depois eu própria a viver tudo isto em poucos minutos. 

Uma conversa muito simpática e agradável, ainda me falou do neto e desta cidade. Afinal estava a poucos minutos do meu local de perdimento. Depois de muitos obirgadas!, perguntei-lhe o nome.

Muito, muito Obrigada sr. Guedes-de-Aveiro! Há gente boa neste mundo.






O que nos faz bem


Se sabemos tão bem,
o que nos faz bem
porquê insistir naquilo que não faz?


As vezes em que penso nisto.





Pais que Respiram

"Por vezes esquecemo-nos de que ser pais,
tal como amar, 
é um verbo."
Jessica Alexander e Iben Sandahl




Para breve.

Para aqueles dias

Sabes aqueles dias em que parece que nada anda?
Que por mais listas que se façam, está sempre tudo por fazer,
no trabalho,
em casa,
na vida em geral?
Em que parece que nada acontece, do que já devia acontecer? 
E olhando à volta toda a gente parece ter vidas tão mais interessantes, mais vigorosas, glamorosas, em que tudo parece encaixar?
Olha-se para trás e não se dá valor ao que já se alcançou?
Quando duvidas das tuas armas de combate, das tuas paixões, do que sabes fazer e queres tanto fazer?
Em que desanimas porque se lês,
se acreditas,
se voltas a acreditar para que tudo dê certo,
e nunca mais uma mísera luz aparece ao fim do túnel,
da estrada,
dos dias a dizer: "Vai dar certo?". 

Pois, precisamente esses dias. 

E então cai-te nas mãos uma pessoa bonita, que te dá com ternura, uma bofetada, em modo de carícia na face e sussurra: " Vai dar certo, sim." 

Para esses dias e para todos os outros. 





A melhor posição para.

Sobre o dia dos namorados e a melhor posição.



13

Às vezes o 13 dá certo. 
Deu sorte.
Correu bem. 
Perguntei ao Paulo se podia ir com ele, evitando assim as desculpas de estar vento, estar sol, estar chuva, estar cansada, não apetecer. 



O Paulo retomou a corrida, mais coisa, menos coisa, há três anos, com uns simpáticos noventa e cinco quilos. Está bem longe disso agora. Tem meses em que correu duas maratonas e para ele, a corrida faz parte de uma forma de estar diária. Vai relatando o seu percurso nesta página, de como passou do sofá até à maratona. 

Paulo com Manuela Machado.



Comigo ainda há muito sofrimento pelo meio. Descubro que distraindo a cabeça, se vai esquecendo do cansaço, da respiração, dos músculos que pedem "Por favorrrrr, pára!" e ouvir as histórias dele, ajudaram a que esta mini-meta fosse alcançada. Foi generoso em acompanhar o meu ritmo, que para ele foi um mero aquecimento. Cheguei a casa vermelha que nem um tomate do esforço. O Paulo tinha ar de quem foi ali a pé ao supermercado comprar um quilo de cebolas e voltou. 

Estão feitos. Os primeiros 13km. 





Passar a ferro 1#

Uma montanha enorme de roupa para despachar antes que a semana comece.

Isto a fazer-me companhia:




No fim da aula

Foi mais de uma hora e meia que passou, como sempre, a voar. Entre as respirações, as posturas, o tentar focar em fazer bem, o esvaziar a mente sem pensar (...nas máquinas de roupa para lavar ou estender, no almoço ou no jantar, na casa....), e deixar apenas estar naquele momento presente.

Terminámos sentados, relaxados, olhos fechados, mãos postas. Às vezes, a brincar, dizemos que podíamos sair dali todos a levitar. Umas vezes mais serena, outras menos concentrada mas sempre melhor do que entrei há uma hora e meia atrás.

E depois a Sara, a nossa mestre de yoga, com a sua voz serena, repleta de tão boa sabedoria, tudo ou disse apenas:

"Saúdem o mestre que habita em vós e agradeçam-lhe a oportunidade desta prática."

E foi aí que me caiu a ficha e com um esforço grande não me desmanchei ali mesmo. Senti uma emoção tão forte por perceber que tantas vezes, nos esquecemos de nós mesmos, de nos ouvirmos e respeitar. De parar, de ser só mais uma coisa ali ou acolá. De fazer vontades, sem ter em conta as nossas vontades. Tanta coisa, não é? De repente perceber que cada um de nós, tem um mestre dentro de si que já sabe o que precisa para ser feliz,ter vontade de sorrir todos os dias, o que lhe faz bem. Que ele está lá sempre, só que esta insistência de não lhe ligar, de o deixar para depois. É até difícil de explicar mas fez-me tanto sentido esta ideia de termos um mestre dentro de nós que precisa de ser cuidado. E quando posso fazer aulas de yoga, sinto que é uma das formas de cuidar do meu mestre.

É por estas e por tantas outras razões, que gosto do yoga e que ele faz parte do meu caminho de descoberta. 






Criatividade estampada

O contexto ainda relacionado com o sr. laranja que parece um bebé chorão, a fazer birras, querendo levar a sua adiante. Um país que lhe continua a dizer que não, com o resto do mundo a mostrar sérias preocupações com o que aí vem. 

Agora também uma marca a tomar a posição de toda uma comunidade latina, que faz parte de um país onde trabalha, onde vive, sem deixar de ser quem é nas suas raízes culturais. 

Dos orgulhos que fazem bem. 


Frrrrrio rima com... Férias!

Com o frio normal desta época dá-me sempre vontade de pensar... nas férias. Fazemos o nosso poiso quase sempre no mesmo sítio, aproveitando uma casa de família e gerindo assim o restante orçamento para voltas de mochilas às costas. O pai tem na altura do verão o seu pico de trabalho e cada vez mais, com eles a crescer, sinto a vontade (e a coragem) de irmos por aí a explorar. As refeições tornam-se mais simples de transportar com sandes de ovo, fruta, pizzas caseiras. Raramente comemos fora. Esse dinheiro vai para o dinheiro necessário para a deslocação. Faz-se assim muito, com pouco investimento, focando no que nos importa.

O ano passado, e depois de vários meses a poupar, conseguimos levá-los a conhecer o que é passar duas noites num hotel. A opção foi um aparthotel, de forma a ter uma cozinha para confeccionar comidas simples. E sabendo que havia um frigorífico pequeno, levámos já duas refeições prontas a aquecer ou acrescentar algo na hora, diminuindo o tempo que se passa na cozinha. Falam dessa experiência como se tivessem ido à lua e dizem que querem voltar aquele mesmo hotel. Até já disseram que quando crescerem querem lá voltar os dois, como irmãos. Já lhes expliquei que há outros hotéis, até mais bonitos e noutros sítios para explorarem mas dizem-me que não, que tem de ser aquele. Fico sempre com um sorriso no coração quando os oiço falar dessa aventura porque lhes souberam dar o valor e lhes sentiram o cheiro de como foi especial para nós os quatro. 

Há já algum tempo que comecei a namorar uma nova aventura para este ano e a experiência num Hostel é uma das que está na lista, por serem tão bonitos, económicos para famílias e práticos. Para lhes dar uma outra visão de partilha e espaços em comuns. 

Os prémios HOSCARS chamam a atenção para os melhores Hósteis do mundo e Portugal foi o país com mais prémios alcançados, num total de quinze, incluindo o primeiro lugar para o Home Lisbon Hostel. No top 10, temos 6 portugueses. 

As menções resultaram da análise, por parte da Hostelworld, das avaliações e comentários, deixados por mais de um milhão de pessoas, num total de 33 mil estabelecimentos de todo o mundo. Bonito não é?

Para quem quiser explorar basta ir aqui.

Imagens de alguns dos nossos Hostels:

Home Lisbon Hostel






Yes! Lisbon Hostel


Tattva Design Hostel Porto




Verdade, verdadinha.

Estes senhores sabem o que dizem.

Desta coisa de sairmos fora do rebanho, e assumir a ranhosise que habita em nós. Para ler, pensar e passar à ação, aqui.






É gratuito, é gratuito!

Coisas que podemos dar aos outros gratuitamente:

Tempo
Abraços
Ouvidos
Mail 
Beijo (s)
Olhar
Uma piada

E dá uma por dia, para uma semana inteira. Boa? Boa. (Pronto, dá para descansar, no último dia e dar-se a si próprio uma folga.)








Pais à Maneira



Durante uns tempos andei a ler muita coisa sobre educação. Estava a dar os primeiros passos como mãe e conciliava isso com a necessidade de atualizar-me para o meu trabalho. 

E depois cansei-me. Eram muitas teorias, muitas conversas dos outros do que se devia ou não fazer. Normalmente deixando-me com pesos de culpa por não estar a conseguir chegar a lado nenhum ou avançar demasiado devagar. As teorias são apenas isso. Informações, mais ou menos comprovadas para auxiliar na prática. Só que essa prática é sempre muito pessoal e obedece às dinâmicas de cada pai, mãe e filhos. De cada família.

Por isso, durante muito tempo, arrumei os livros na estante e só muito ocasionalmente lá ia... para limpar o pó. 

Há uns tempos, foram tempos de voltar a pegar em novos livros que em vez de darem muitas respostas, fazem perguntas para que cada um descubra o melhor caminho a seguir. Talvez porque já não sinta a ânsia de ser uma mãe perfeita e o desejo de criar filhos perfeitos. Reconheço-lhes, cada vez mais, as suas particularidades e estou a aprender a valorizá-las. 

No meio desta nova vaga de procura de saberes, veio-me parar às mãos o livro Pais à maneira... Dinamarquesa. Que se lê de uma assentada por ser tão descomplicado. Por meter na equação da educação, a respiração e encarar com mais naturalidade, esta coisa de criar e co-habitar com mini-pessoas. Descomplicar. E isso agrada-me muito. 



Que se torne viral

Todos temos um pouco, de todos. 
Simples.


De janeiro...para fevereiro

janeiro foi mês para:


  • alcançar os 10...km. (como é que na santa vidinha serão feitos 21km é que não sei!)



  • oferecer-me uma das paixões: um mês de yoga.(Cum diabo...um dia, um dia, isto.)



  • começar, parar e retomar o frasco da gratidão.




  • ler ainda mais sobre caminhos a partilhar, para um novo projeto que me enche as medidas já para este início da primavera. 





  • repensar, repensar, repensar os próximos passos.



Venha fevereiro.