Novamente mochila às costas. Um almoço improvisado. Canas de pesca. Ténis. E Nós. Não tínhamos moedas, nem fonte para pedir desejos. Havia um rio espelhado de sol quente à nossa frente. Muitas pedrinhas para escolher. À vez fomos atirando, pensando nos desejos e esperanças deste novo ano que está para começar. Entre ser cantora, seguir astronomia, estarmos de novo os quatro assim, daqui a um ano e a perseguição dos nossos sonhos em amor, saúde e abundância, deixámos um rio repleto de muitas vontades e crenças. Acreditar e fazer por isso. E perceber, uma e outra vez, que a vida é muito mais simples do que a fazemos.
Tinha uma série de planos, a quatro, para estes dias. Mas a vida às vezes troca-nos as voltas todas. Se fosse há 5 anos atrás, ficaria frustrada com o que deveria ter sido, em vez do que é possível de fazer ainda no agora. O mais importante estava assegurado: estarmos juntos, um céu azul, um sol tão bonito, e água por perto, desta ribeira que conta tantas histórias nossas. Primeiro a dois, e agora a quatro. Já estive uma temporada no deserto, perto da cidade do Cairo. Tem uma grandeza natural que nos serena. Mas preciso de ver água, de vez em quando, para estar em paz. Por isso gosto do mar, dos rios e muito de ribeiras. Pequenas e persistentes. Pegámos na mochila, lanche lá dentro. Uma bola, já gasta, na outra mão. Houve quedas, amuos por não marcar golos ou sofrê-los. No fim, no caminho de regresso, porque o sol já se tinha posto e estava frio, disseram, agarrando-nos à vez, que gostaram tanto. Brilho nos olhos. Chegaram a casa, aninharam-se no sofá, lareira acesa. Às vezes, é preciso pouco, para termos tanto.
Esta foto está longe de espelhar a alegria quente sentida, a contrastar o frio de ontem à noite. Longe de mostrar a felicidade por esta meta alcançada. Como uma querida amiga-coache-mai-linda me tem dito: Um km de cada vez. Como em tudo na vida, não é? Aos poucos começo a acreditar, que vai mesmo ser possível.
Há muitos anos atrás, numa discussão sobre dinheiro, com alguém que estava a ser devedora de dinheiro, explicava-me essa pessoa que eu não estava a compreender. Não estava a compreender o drama que era para alguém que tem uma vivenda e uma vida desafogada, o que era manter esse nível de vida. Alguém que recebia um ordenado certo e muitas vezes acima da média. O que lhe explicava então era que, quem tem uma vivenda, carro topo de gama e um ordenado certo, tinha liberdades que quem não vive nesse patamar de desafogo financeiro, tem. Pode vender a casa, o carro. Se não quiser comprar um arroz de melhor qualidade, pode escolher, comprar outro. Em vez de cinco bifes, compra três. Tem a certeza de poder gerir um ordenado, de ter os impostos pagos, sem ter que retirar o dinheiro dessas contribuições, ao próprio ordenado.
Há uma liberdade de escolhas com o desafogo monetário. Uma liberdade que permite, inclusivamente, gerir de outra forma. Que permite pensar tranquilamente, nos dias que virão.
Quando não se tem, é certo e sabido que se fica com um músculo de gestão inacreditável. Mas fica também o amargo de boca por se saber que anda muito dinheiro a circular, que pertence a uma série de gente, e por uma série de motivos, não chega a quem já trabalhou por ele. Trabalhar a recibos verdes tem destas coisas. Tenho vários amigos assim. A mim também me acontece algumas vezes. Por isso, de vez em quando dou por mim a pensar nestas coisas do dinheiro, como faz falta haver mais literacia financeira e em última análise, mais sensibilidade pelos outros. É que quando um papel não é despachado, numa qualquer secretária, alguém, do outro lado da cidade, não vai receber, mais uma vez, a horas. Como o caso da minha amiga Lúcia, a quem responderam: "Sabe como é... no meio das festas natalícias, a sua folha de pagamento perdeu-se!" Ainda se riram no fim, como se nada fosse e desejaram boas festas.
Há muito para aprender nesta máquina demasiado burocrática e que beneficia a quem lhe põe pouco óleo. Há certamente muito para aprender a quem sofre estas consequências na pele e por isso só pode ver nisto, uma oportunidade de aprendizagem e de evolução, numa fuga a este esquema. Fala-se pouco publicamente sobre estas questões, muito pouco para o que me apercebo. Falar de dinheiro é apenas uma forma de se ajudar a si próprio, de poder ajudar os outros, de outra forma também. Já lá vai o tempo de trocar dois porcos por uma vaca. O dinheiro faz parte da nossa realidade. É um veículo que, quando bem gerido, pode chegar onde é realmente necessário e ajudar à felicidade também.
Que as boas vibrações do todo um universo estejam com todos os que andam nestes formatos de recibos verdes. E Lúcia... vai correr bem.
Entre muita gente. Dar atenção à tia, à avó, ao tio Ernesto que é surdo-que-nem-uma-porta-blindada, aos sobrinhos, aos pais, ao namorado, ao periquito e à tartaruga que desapareceu e entrou em hibernação...no meio das mantas do cão. O fazer a comida, ir às compras, manter alguma sanidade na casa que nestes dias parece que ganhou vida própria e onde se encontram papéis e papelinhos de embrulho, até no meio do sofá. O final do ano e dos relatórios de trabalho, apresentações de última hora e reuniões infindáveis onde já ninguém consegue ouvir um terço. Este é talvez um mês bonito mas com tanta energia a circular, em mais do que uma área de vida e nos vários papéis desempenhados, que parece que invade, com um embate grande quando se anda desprevenido. Acho que só por vergonha não há mais gente a pedir ajuda por esgotamentos natalícios, ou melhor, por esgotamentos de final de um ano. Há quem consiga tirar uns dias mas nem sempre dão para respirar e procurar o centro. Alguma coisa não está bem se a sensação de quando se levanta é a de esmagamento pela quantidade de coisas que o dia apresenta. Tirar meia hora, uma hora que seja ou até mais, não é egoísmo, é sanidade mental. Muitas vezes adiada a favor dos tantos outros que se tem que socorrer mas tão necessária para que tudo à volta funcione tão melhor. Mais importante ainda, que o nosso interior funcione como ele merece. Equilibrismos de quem somos e quem precisamos ser. Egoísmos saudáveis para sermos muito melhor para todos os outros, começando em nós.
Estou à procura, afincadamente, desde ontem à noite, de anúncios de gruas. Todos os anos prometo a mim mesma que vai ser só provar as coisitas, que quando estou a fazê-las não me vou lambuzar nas colheres de pau. Todos os santos anos falho redondamente e ontem ao final da tarde, só pensava em gruas a tirarem-me da mesa da comezaina. Uma grua e mesmo assim não sei se será suficiente. Por isso, para hoje de manhã, e próximos dias:
em vez de um copo de água morna com limão, segue já um jarro de água com pelo menos, 32 limões espremidos. E limas. E cebolas...será que também fazem bem?
Chá, beber muito chá ao longo dia. Se der, vai já intravenoso e ando com um saco de chá quente, espetado, o dia todo. Tipo garrafa de soro.
colocar uma foto da minha cara, colada, a alguém, com 350kg, na porta do frigorífico, a desejar um Feliz 2017.
Desta coisa de renascermos. Desta coisa do que é o Natal. De voltarmos a nascer, a cada momento, de novo. Natal de nascimento. Quer se acredite, quer não. Três minutos, para o resto do dia. Para os restantes dias, todos os dias do ano.
Às vezes (muitas das vezes), não é o gastar mais. É saber que vai dar jeito ou então arrancar um sorriso na altura de abrir as prendas. Fazem-se listas para quem dar o quê e tal mas... confessem-se. Quem nunca se esqueceu de alguém? Há sempre prendinhas de última hora. Verdade? Aqui ficam algumas sugestões possíveis de encontrar nas lojas, não só na zona da Sertã, mas um pouco por todo o país. Sim, porque para quem não saiba, a Sertã tem um plano secreto para conquistar o resto do país, e a seguir o mundo. Ah, espera... o resto do mundo talvez não tenha grande interesse. Pronto, fiquemos mesmo pelo nosso retângulo à beira mar plantado. E porque estamos mesmo, mesmo às portas do Natal, em parceria com a fantástica escritora Joana Lopes, temos para oferecer um exemplar, do seu divertido primeiro livro, autografado, De Onde Vêm as Bruxas. Coisas boas, verdade? Para isso basta irem ao facebook do Penso Rápido e nomearem três amigos, até hoje às 23h59. Simples.
Mimos até 5 euros
Frasquinhos do delicioso mel BeeRural, para ver aqui, neste frasco original, com três sabores à escolha e dois tamanhos.
Mimos têxteis e não só, para descobrir na Textilar. Mais informaçõesaqui.
Mimos até 15 euros
Livro O que tem a barriga da mãe? de Joana Lopes.
Da Dom Iguarias, já um pouco por todo o país, cabazes, para ver aqui.
Entrei no metro ontem à tarde. Estranhamente, não havia muita gente e consegui sentar-me. Ao lado, uma jovem, cheia de livros e cadernos. Escrevia num deles. Preparo-me para sair na próxima estação. Ela toca-me ao de leve no braço. Viro-me e olho. Ela sorri. Entrega-me o caderno. Capa preta. Respondo com um olhar de dúvida, de quem não percebe. Responde-me com linguagem gestual, que não entendo. Apenas entendo que me quer dar o caderno. O metro quase a parar, quase a abrir as portas e eu não posso perder esta saída. Agradeço um obrigada e com gestos inventados de agradecimento. (Como se diz obrigada em linguagem gestual?). Desejo-lhe boas festas. (Como se diz Boas Festas em linguagem gestual?). E saio a correr. Mesmo a tempo. Digo-lhe adeus e ela desaparece pelo túnel. Abro o caderno. Leio. Choro um choro de verdade. Limpo. Sorrio.
Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço. Eu Mereço.
Eu Mereço, tudo o que de bom vem até mim. Aceito-o e sinto-me grata.
Prendas, a custo zero, a não ser o tempo, milissegundos gastos para o fazer. Fazer vales de oferta ou sem vales, porque vale mesmo tudo:
Dar um abraço a quem não esteja à espera;
Enviar sms só com um beijo, personalizado a dizer que se gosta tanto daquela pessoa (essa mesmo, a quem já não se diz nada há mais de uma carrada de meses);
Ir à despensa, buscar arroz, massa, farinha, um pacote de bolachas. O que houver a mais. Pegar num saco simples e deixar à porta de alguém a quem se saiba que vai dar jeito. Pousar o saco. Tocar à campainha. E fugir. Tipo o que fazíamos em miúdos mas agora em jeito de cabaz de natal.
Oferecer vales de tempo aos outros: um pequeno-almoço domingueiro, um passeio no parque, ficar com os filhos dos outros por uma tarde (às vezes os pais precisam de respirar ares de pais-sem-filhos-só-por-duas-horas)...
Um mail com a imagem das flores preferidas de alguém.
Sempre que vamos à loja de cá, tenho vontade de os prender, discretamente ao pé de mim. Só assim de forma a que ninguém se aperceba que não podem desviar-se dez centímetros da minha pessoa. Escondem-se atrás do monte dos tapetes. Adoram subir e descer as escadas. Brincam às escondidas e eu rezo, rezo sempre para que não aconteça nada de mal. A maior parte do que está exposto não parte mas, não vá o diabo tecê-las...
Entre os dois pisos, um dedicado à decoração da casa onde se encontram cortinas, tapetes e decoração, e o outro recheado de pijamas, roupa interior, toalhas, panos e paninhos há um certo aconchego em que a custo, se vai comprar apenas 2 metros de fita de cetim, e sai-se de lá com velas de cheiro, molduras, um quadro novo, só mais um cortinado, e 3 pijamas para oferecer. E para quem ainda tem prendas de última hora para tratar, a partir de 2 euros, consegue-se encontrar mimos para oferecer.
Existem várias lojas espalhadas pelo distrito sendo que as maiores, situadas na Sertã e em Castelo Branco têm todo um mundo têxtil para oferecer. Ora, pensando em tudo o que ainda seja preciso comprar, tenho, em conjunto com a marca Textilar, dois vales de oferta de cinco euros, para compras superiores a vinte, em qualquer uma das lojas desta marca. Bom, não é? Para tal só é preciso:
1. Nomear o nome de 3 amigos, na página de Facebook do Penso Rápido.
2. Colocar gosto no Facebook da Textilar e Penso Rápido.
O concurso vai decorrer durante o dia de hoje, dia 19, até às 23h59 e o vale pode ser usado até ao dia 24 de dezembro deste ano. Sorteio será feito por random.org
Os vales não são acumuláveis entre si, nem com outras ofertas da loja e podem ser trocados em qualquer um dos espaços Textilar.
Estava a passar no parque ao final da tarde. Ela não devia de ter mais de trinta anos. Entre a sandes que estava a comer, em jeito de refeição de almoço, o telemóvel ligado numa mão e um caderninho noutra, escrevia para de vez em quando parar e olhar para o rio. Chamou-me a atenção o olhar, cansado mas ainda com um certo brilho no fim. Quando acabou de escrever, arrancou a folha e amachucou-a. Atirou para o caixote do lixo mais perto e virou costas. Não acertou. Fui buscar a folha e li. Desculpa... ... por todas as vezes em que quis sair da cama mais cedo e não consegui. Os lençois e as cobertas quentem, impediram-me ao agarrarem-me, contra a minha vontade. ... por preferir ver programas sem conteúdo, puro lixo comercial, onde por 20 minutos, desligo a pouca massa encefálica que ainda está a funcionar aquela hora da noite. ... pelas vezes em que fui buscar um chocolate, e outro, e outro e a fruteira ali em desespero a mostrar-me toda a nudez da fruta, em jeito de sedução descarada. ... pelas desculpas que invento, crio e que dão uma trabalheira para não andar mais vezes a pé, faltar ao ginásio, não ir correr, subir uma árvore ou escalar a montanha mais perto. Não me apeteceu. ... pelas vezes em que desliguei o telemóvel porque me apeteceu o silêncio, e nem mais uma sms, um mail, uma chamada nacional ou internacional. Mandem pombos correios. Sempre são mais bonitos. ... pela cozinha em desatino, pelo pó acumulado, por teias de aranhas importadas do castelo da Bela Adormecida. Querido Pai Natal, para o ano, vai correr melhor. Por agora é o que temos. Somos humanos e se não entenderes isso, estás na profissão errada mas já chega desta maldita consciência dar cabo de tudo o que era suposto estar a pensar e fazer, para o que se consegue efetivamente fazer. Se sabemos exatamente o que nos faz bem, porque continuamos a sentir-nos culpados por tudo aquilo que não nos apetece fazer?
A Nanda fartou-se. Avisou e já foi uma sorte fazê-lo que, naquele ano não ia haver perú, nem bacalhau. Que não contassem com o tronco de natal, a tarte de natas com chocolate, nem a aletria. Que as famosas bolachas não iam sair do forno, nem doces caseiros, nem compotas. Embrulhos cheios de dedicatórias para os 23 sobrinhos, 4 irmãos e respetivas cunhadas e genros, sogro, sogra e piriquito, tinham esgotado a sua vez.
A Nanda, vestiu o seu melhor pijama e robe e perante o ar incrédulo dos 3 filhos e de um marido que interrompeu todo um esquema de jogos de futebol que tinha nessa semana para ver, sentou-se no sofá com uma chávena fumegante de chá acabado de fazer. Fartou-se. Há mais de um mês que deu por si cansada, antes mesmo de toda a azáfama começar. Viu toda a gente a correr, a despachar trabalho, a tentar encaixar jantares, lanches e pequenos-almoços de amigos e colegas, onde já não existe espaço nem para mais uma coderniz, quanto mais um perú. Lamúrias e queixumes de um lado e do outro, pedidos loucos da maior parte que tenta demonstrar, sem qualquer dúvida, a importância desta quadra de amor.
Percebeu que esta maratona de amor reflete tanto os tempos de contra-relógio que vive. Sempre pela melhor foto, pelo melhor momento, num desgaste insano de si própria. A Nanda não quer saber. Hoje não quer saber do natal e colocou-o em modo de pausa. Tudo a volta que esperasse enquanto repunha a respiração no lado certo do coração e percebesse realmente o que queria deste e dos próximos natais.
O que queremos realmente do Natal? - enviou-me hoje por sms. Confesso que fiquei para ali uns bons minutos a olhar para o ecrã e entre uma ponta de inveja por esta revolução em marcha, a qual dá tanta vontade de juntar, repeti, vezes sem conta, ao longo do dia O que quero realmente do Natal...
Conhecem o Great Teast Award? É um prémio criado no Reino Unido, há mais de três décadas e que chegou agora a Portugal, para também aqui premiar o que de tão bom se faz ao nível do palato. É assim uma espécie de Óscars da comida. Não são palavras minhas, são mesmo do site oficial.
E o que é que Vossas Excelências têm a ver com tudo isto? Ora, tudo. É que um dos produtos distinguidos este ano foi o Dom Maranhos da Sertã, não com meia estrela, nem só com uma, mas precisamente com duas estrelas! Em grande! Por esse mesmo motivo, e para festejar em grande esta distinção tenho dois Vales Penso Rápido para oferecer, no valor de cinco euros cada para compras de valor igual ou superior a vinte euros, em conjunto com a DOM Iguarias. Bom, não é?
Para habilitar basta seguir os seguintes passos:
1. Escrever uma frase bonita no site do facebook do Penso Rápido que inclua as palavras: Dom Maranho, Penso Rápido, Malandrice e Natal, e nomear o nome de 3 amigos.
2. Colocar gosto no Facebook do Dom Iguarias e Penso Rápido.
O concurso vai decorrer até amanhã, dia 14, às 23h59.
Os vales não são acumuláveis e podem ser trocados em qualquer um dos espaços dos Talhos Casel.
Conheci a Marta
pela televisão. Numa das poucas vezes em que vem ao país. Mas comecemos pelo
início. A Marta é portuguesa e resolveu dar-se como voluntária para o Quénia,
mais precisamente para a Kibera, uma das maiores favelas deste país. E
apaixonou-se. Apaixonou-se pelas pessoas, pelo lugar, mas sobretudo pelas
crianças. Estava muito por fazer e assim decidiu arregaçar as mangas e partir.
Há mais de quatro anos, está a tomar conta e a dar oportunidade a que quase oito
dezenas de crianças agarrem a oportunidade de estudar e a serem mais felizes,
porque nem só de estudo é feita a vida.
Foi num desses
acasos felizes que conheci a Marta. Já não me recordo porque estava em casa
aquela hora em que um programa televisivo apresentava esta jovem e ao seu
bonito projecto From Kibera with Love
e faltavam… ténis para levar. Ténis. Em menos de meia hora o assunto foi
resolvido com uma empresa que lhos ia enviar. Acho que me chamou a atenção o
sorriso e o brilho no olhar. Ela com uma felicidade com os pés no chão e eu com
esta interrogação de como é que alguém larga tudo, para encontrar tanto e nada,
numa outra parte do mundo.
A Marta é uma
força da natureza. E sim, há muito no nosso país também para fazer mas que cada
um siga a sua vontade de contribuir num mundo mais justo. Afinal, porque
colocar fronteiras quando apenas se pretende ajudar seres humanos.
Independentemente dos credos, das cores. São crianças, são jovens e adultos que
apenas precisam de que alguém lhes dê a oportunidade de terem alguém que lhes
permita fazer a diferença nas suas vidas e assim sucessivamente.
Vamos cuscar a
… Marta?
Idade:Últimos dias com 27 anos
Naturalidade: Barreiro
Comidas preferidas:Bacalhau, alheira, arroz
de pato, queijo
Um livro a não perder:3 chávenas de chá
1.Se pudesses convidar alguém famoso (vivo ou
morto) para jantar, quem escolherias e porquê?
Angelina Jolie, admiro-a muito. Gostava
muito que ela soubesse o que se passa em Kibera e o que faço para garantir um
futuro a estas crianças e uma vida melhor a estas famílias.
2.Ao olhar para trás, fazias tudo da mesma
forma?
Sim, sem tirar nem por:) Mudaria apenas o
tempo de resposta às pessoas que querem ajudar. Perdi muitas ajudas por demorar
muito tempo a responder mas foi impossível fazer de melhor forma. Desculpem-me!
3.Estás tão imersa na realidade do Kibera que
ainda te surpreendes com alguma coisa?
As vezes ainda me surpreendo com algumas situações
em casa, com algumas coisas que acontecem especialmente as mulheres. Com as
coisas a que elas se sujeitam só por causa da cultura.
4.Quais são para ti, as conquistas mais
importantes destas crianças?
Quando são as melhores alunas da escola,
quando fazem algo bem pela primeira vez que antes não conseguiam fazer, quando
por exemplo os mais bebés explicam-se em inglês.
5.Há certamente, muita angústia e momentos de
dúvida. Que obstáculos encontras?
A língua, a corrupção, a não cooperação dos
pais, a mentalidade das pessoas, a cultura...
6.Nos dias de chorar de felicidade, o que te
faz continuar a acreditar que este é o caminho?
Tenho esperança e acredito mesmo que
estou no caminho certo e que no futuro todo o esforço e tudo pelo que passei
vai valer a pena.
7.Há dias de muita saudade, não há? Do que
sentes mais saudade?
Quase
todos os dias. Da minha vida antes disto... dos meus amigos e família. Do
Barreiro. Da minha liberdade. De sair de casa a qualquer hora do dia ou noite
sem me ter de preocupar com nada. De não andar sempre suja e cheia de pó. Da
minha casa branquinha. Dos meus animais. De ir ao café.
8.Todo este teu projecto é uma prova de fé e
amor. Por mais tempestades que venham, no que é que continuarás sempre a
acreditar?
Que a educação que estamos a oferecer a
estas crianças vai garantir-lhes um futuro brilhante fora de Kibera. E que através
das coisas que aprendem diariamente connosco, a chamada educação informal, vão
transformar-se em melhores seres humanos. Pelo menos diferentes da maioria das
pessoas de Kibera.
9.Para quem queira ajudar, como pode fazê-lo?
O melhor será acompanhar a nossa página no facebook, lá coloco os pedidos de ajuda que vão surgindo ou podem contactar-me
por email ou mensagem no facebook mostrando disponibilidade para ajudar. Terão
resposta, posso demorar uns dias mas respondo :)
10.E se alguém quiser procurar mais
informações ou dar-se como voluntário basta procurar onde?
Para informações gerais basta ir
acompanhando o nosso facebook. Para obter mais informações sobre voluntariado
podem procurar no site: paraonde.org ou através do nosso facebook ou email. No
nosso site futuramente.
11.Este blog chama-se Penso Rápido – pequenos
remédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teu
dia-a-dia?
O abraço deles... muitas vezes quando me
apetece desistir de tudo, quando tudo corre mal chamo uma das crianças e peço
um abraço.Resolve tudo, pelo menos naqueles segundos.
Há quem tome Xanax. Nada contra. Eu tomo esta senhora, em doses generosas quando é preciso colocar o coração no sítio. Não sou budista, fui criada como católica. Não me revejo assim bem em cultos de religião. Em nenhum deles. Gosto da espiritualidade vivida de forma mais livre, embora às vezes sinta falta de um qualquer ritual. Às vezes gosto de me sentar nas igrejas quando estão vazias. São tão bonitas. Mas as mesquitas também são. Afinal, não temos que gostar todos do amarelo e ainda bem que há tanta diversidade, até mesmo nas religiões. Mas gosto desta monja porque o que diz transcende um pouco a religião em si. Há uma humanidade tão bonita, tão palpável. Talvez pelo tom de voz, pela forma como se vai rindo das tontarias de todos nós, dela mesma. Não sei. Só sei que me acalma os nervos quando esses mesmos nervos resolvem sair do lugar. E não há perigo de sobredosagem, nem de viciar, nem de dependência. Ela fala de sexo, com a mesma naturalidade com que fala da sua comida preferida, da vez que esteve presa, do seu bisneto, de paz e das maravilhas das novas tecnologias. Há em vídeos de dois minutos, e palestras de quinze. À vontade do freguês, consoante a necessidade da terapêutica. Hoje foi esta a minha companhia enquanto dava conta da bacia da roupa para passar. Simples.
Uma comunidade de vírus bem simpáticos apoderaram-se dos habitantes desta casa, inundando-nos com febre e outras viscosidades. Rendi-me aos seus encantos de tal maneira que dei comigo deitada no sofá, no feriado o que normalmente é um cenário quase impossível que é motivo para colocar o termómetro debaixo do braço. Foi o que fiz, bem como aos pimpolhos mais pequenos. E depois um torcicolo a dificultar os movimentos. Hoje de manhã ao acordar recebo um mail de um Vamos Cuscar que está para breve. Um Vamos Cuscar tão especial que foi um estaladão no vírus e no pescoço. Nas miudezas das queixas que se fazem. Sim, temos direito a todas as lamúrias e mais algumas que nos fazem cair ao tapete e pedir só um pouquito de paz e sossego e recuperação. E depois este estalo de realidade, de colocar tudo em perspetiva, de compreender as imensas gratidões diárias, milionárias, a que já não se liga e se vai desvalorizando: ter água na torneira, um interruptor de eletricidade, um frigorífico com mais do que o básico, livros, internet, contactar facilmente alguém... A lista não tem fim. E deve ser parecida aí também. Às vezes levamos estalos de realidade na altura certa, colocando em perspetiva e no lugar devido, as dúvidas, as incertezas e as tantas verdades que vivem em nós. Para breve, muito breve, este Vamos Cuscar que estou desejosa de partilhar aqui convosco. Juntos somos muito mais. Acredito mesmo neste espécie de mantra.
Uma amiga contou-me que no novo livro do Valter Hugo Mãe, não foi usada a palavra Não. Há uns tempos largos, como mãe, apercebi-me que eles, a cada pedido, ou respondiam já vou, ou dizíam que não. E como tenho esta crença doida de achar que eles muitas vezes refletem o que nós lhes transmitimos, tentei durante um dia evitar a palavra Não. Que ginástica mental, senhores! E o desafio de hoje é esse, o dia de dizer Não, ao Não. Contornar, mudar as frases e em vez de dizer Não podes ver TV, substituir por Queres ir brincar com os teus Legos?. Em vez de Não me apetece ir ao café um Combinamos no fim-de-semana?. Como pais, como companheiros, como sei lá eu os vários papéis que desempenhamos na nossa santa vidinha. Vamos a isto? Iam para dizer que não, não era? Ahahahah...quem diz sim?
2. E enviar assim uma sms a quem não está à espera só com um sorriso grande, um abraço apertado e a desejar um dia muito feliz? Às vezes é preciso pouco, para fazer alguém sorrir.
Gosto do natal mas confesso que às vezes pesa esta coisa da logística que lhe está inerente quando há um orçamento estabelecido. E isso levou-me a pensar nas prendas que são realmente valiosas, as que nos esquecemos e o que é isto do Natal, mesmo tirando-lhe o efeito católico. Disse católico, não caótico, embora muitas vezes haja um certo caos inerente. Ontem fizemos pela primeira vez um calendário do advento. Sem grandes preparações. Primeiro ainda me passou pela cabeça ir a uma qualquer papelaria comprar cartolinas, papéis brilhantes e afins. Desisti da ideia: "Vai ser feito com o que há cá por casa." Comecei por fazer sozinha e quando dei por mim, estavam os dois, sentados ao lado, a pintar e a ajudar. Estão ansiosos para ver o que vai sair cada dia. Também eu...porque há tarefas que vão implicar, parar e fazer com eles. Andamos todos a correr demais e não me refiro à meia-maratona. Estive a pensar em tudo o que temos, o que tanto nos esquecemos ou tomamos como garantido. A lista ainda está por terminar mas é uma espécie de calendário de advento, de parar para SENTIR. Só isso. Um Penso Rápido do Advento. Um desafio por dia.
Rir. Enviar um vídeo engraçado ou uma anedota a alguém. Este resulta sempre por aqui.