As mulheres são, supostamente, peritas em listas. Nas inúmeras listas para tudo que fazem para elas e sendo seres generosos, das listas que fazem para distribuir para quem as rodeia, não vá o diabo tecê-las e o resto da humanidade não ter nada para fazer. Na maior parte das vezes é necessário fazer uma lista para relembrar das listas que se fizeram, das que estão por concluir e das que é necessário começar. É uma pescadinha de rabo na boca que não acaba, a não ser que o papel acabe ou a bateria do telemóvel, onde estão armazenadas as duzentas e três listas.
Será possível viver com menos e ser mais... feliz, satisfeito?
Ter os três no sítio consiste em algo simples. Três objetivos por dia. Apenas isso. Para quem tem já o sobrolho em tique nervoso, a mão a latejar de nervos e a sentir um AVC maciço a aproximar-se, dizendo que será impossível, pode estender e estipular três objetivos diários para o trabalho, três para o amor, três para si próprio. No fundo, para as áreas onde quer realmente avançar.
Mas apenas isso. Ter os 3, no sítio. E respirar entre um objetivo e outro.
Porquê 3? Porque foi a conta que Deus fez e é mais fácil de rimar. Porque não nos faz rebentar a mente, nem ganhar rugas antecipadamente, ou exagerar na quantidade insana que se insiste em fazer diariamente, chegando à meta sim-senhor mas em tal estado de falecimento, que não deixa margem para apreciar o caminho percorrido. É suposto a malta ir-se divertindo, rindo e apreciando o momento. Todos eles. Corremos demais. Todos os dias. E todos os dias contam. Todos os momentos contam. Nas correrias esquece-mo-nos de os ter em conta, deixando para depois o que é tão importante agora.
Ter os 3 no sítio. Simples, como isso.
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