Tirámos os relógios. Guiá-mo-nos pelo sol, pela aragem mais fresca ou não.
Guiá-mo-nos pela fome e vontade de comer. Mais esta última. Tudo sabia bem.
Preguiçamos muito. Abraçamos ainda mais. Rende-mo-nos aos abraços e "mimaços", na mistura boa de mimos e abraços.
Houve dias em que nos fartámos uns dos outros por breves instantes, para logo a seguir perceber que nos queríamos ainda mais.
Enjoar, como aquelas bolas de Berlim, em que no fim nos lambuzamos e achamos que não conseguimos nem mais uma dentada mas que no último instante, afinal, já se tem saudade de mais.
Foram dias com poucos ou nenhuns planos. O único plano era existirmos uns para os outros e pelo dia em si.
Perder o norte dos dias e encontrar o norte que nos guia uns para os outros, para vermos muito mais além.
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