O Rui fez engenharia em Lisboa e esta foi só a primeira paragem. Envolvido em variados projetos, acabou por se estabelecer em Barcelona. Com uma forma de estar muito própria, descontraída mas seguro de querer ir à procura de respostas por esse mundo fora. Haja perguntas para responder e muitos países para descobrir.
Um questionamento incessante sobre o que o rodeia. Uma vontade de fazer mais e melhor. E pronto. Foi fazer uma mochila e foi só ali dar a volta ao mundo. Literalmente.
Está prometida uma pizza caseira cá de casa, para o regresso. Ah, esperem. Já regressou. Mas já partiu de novo para o país vizinho. E parece-me, diz-me a intuição, que não se vai aguentar muito por aquelas paragens. O bichinho está lá e tem o tamanho dos muitos lugares que ainda quer descobrir.
Rui, o ninja. Para cuscar, já a seguir.
P.S.1: Ahhh, as respostas do Rui vieram a verde...vá-se lá saber porqué...
P.S. 2: Já disse que ele foi a dois dos meus países de sonho, o Perú e a Austrália? Pois... para a próxima vou na mala. Está dito.
Vamos Cuscar?
Idade: 39
Naturalidade: Zimbabwe
Comidas preferidas: Polvo
à Lagareiro, bacalhau à Brás, frango
assado, feijoada
Um livro a não perder: Montanha Mágica de Thomas Mann
Se pudesses convidar alguém para o jantar (vivo ou morto), que personalidade seria e o que lhe darias para comer?
Convidava o Viriato e fazia douradas na brasa con batata, feijão verde e cenoura, cozidos e tudo regado com um bom azeite!
1. Toda esta viagem começou por um
sonho. Como começou este sonho?
Começou
quando decidi parar um ano da minha vida para esquecer a vida de trabalho
regular a que estamos habituados e que me tinha cansado...
O objectivo
era sair da rotina e descansar depois de um projecto duro para a Costa do
Marfim que foi a gota no vaso na minha vida. No final queria voltar a ser “mais” eu!
2. Antes da partida, a vida prega
partidas. Que obstáculos encontraste?
Conseguir
cortar os elos sociais, criados ao longo de anos, para poder ir tranquilo e sem
olhar para trás. Elos burocráticos que te prendem à vida de uma maneira que não
te dás conta...e que dificultam uma viagem assim.
3. O que não te fez desistir?
Nunca
me passou pela cabeca desistir... o meu optimismo e o saber estar sozinho
sempre foram dois valores que trabalhei ao longo da vida.
Talvez
um colega meu que ficou em coma (estava no mesmo projecto que eu) foi suficiente
para colocar todas as dúvidas de parte.
4. Relembra-nos:
a)
Quantos países? 17
b)
Quantos meses? 6,5
c)
Quantos voos? Entre paises 19 (com escalas no Gana e regresso à Tailândia),
internos como 18
d)
Que país é para repetir? Sao Tomé e Principe, Brasil, Argentina, Bolivia, Nova Zelândia,
Austrália, India, Túrquia
e)
Que país não precisas/não sentes
necessidade de voltar a ver? Africa Sul e México
pela insegurança e USA pela superficialidade
5. Estás no avião, em Lisboa, para a
derradeira partida. Para além da mala de porão, o que levava a tua alma e o teu
coração?
Fazer
algo que mais tarde pudesse dizer que valeu a pena . Sentir que ter trabalhado
duro foi por um bom motivo e sentir que a vida e o mundo são demasiado valiosos
para que fiques no mesmo local vendo tudo pela TV. No final partir como um
português mais...
6. O que ficou por ver?
Por ver
ficaram muitas coisas em todos os paises visitados... mas o que vi era o que
tinha que ver.
Tens de
ser frio ao chegar a alguns paises que sozinhos seriam continentes... viajar
também é saber dizer até um dia e partir feliz...
7. Quando, no caminho de regresso,
estás quase a aterrar em Portugal, trazes, certamente, muitas lembranças
guardadas na mochila de viagem. Que pensamentos e emoções aterram também
contigo?
O
sentimento de missão cumprida, regressei mais feliz comigo e mais livre
mentalmente.
Nada
como o presente... esse depende de ti, logo as lembraças são para sempre.
8. Ao chegar, é-se o mesmo, ou ficou
uma parte de ti, em cada um dos teus pontos de viagem?
Pensava
que não... mas quando chegas olhas para tudo de uma maneira diferente... foram
meses longe da vida normal, sem regras, horários, o mundo agora é mais pequeno
e a vontade de partir maior. Em cada local fica uma parte de ti com as pessoas
que conheces.
9. Tens uma visão global do mundo,
mais ampla, depois desta viagem. O que fazer com isso?
Sem
dúvida, entendes melhor certas decisões politicas entendes melhor o porquê da
religião entendes que as pessoas sao boas na sua maioria... queres ajudar mais e se possivel colocar o sistema a funcionar
para ti ao contrário do que acontece.
10. Imagina que a partida é hoje. O
que farias diferente?
Nada!
Tudo foi planificado dia a dia sem apoios e o mais expontaneamernte como queria
para uma primeira volta ao mundo.
Talvez
fiicasse mais tempo na Argentina, Bolivia, Austrália e Turquia.
A
logistica depende de ti e não se trata
propriamente de um passeio...
Este blog chama-se Penso Rápido –
pequenos remédios para as comichões do dia-a-dia. Que Penso Rápido usas no teu
dia-a-dia?
Ser
positivo, criativo e ajudar... logo tudo volta.
Rock & Roll
e roda no ar!
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