A vida num improviso

Estava sol por isso era de aproveitar nestes dias de inverno tardio. Uma mochila às costas, petiscos simples, caseiros e bons para um almoço improvisado. Quatro pares de pés em caminho, numa aventura sem grandes planos de antecipação que são os que correm melhor. Deixar a vida de improviso. 

Apenas lhe dissemos que íamos fazer uma aventura e escalar uma montanha alta. A maior, pelo menos que se vê aqui de casa. Um cenário privilegiado, com muito verde sempre e água, onde a onde a salpicar a paisagem, ora em forma de riacho ou de ribeira. Água boa para escutar, como lhes pedimos para fazer, tapando os olhos: "O que ouvem?" 

A água da ribeira!
Os pássaros!

Mais um pouco, cada vez mais a subir. Uma paragem, várias (muitas... mas que importa?). Para apanhar espadas pelo caminho e sabres de luz.E flores. "Já viste esta flor mãe? Colhi para ti! E quando chegamos? Ainda falta muito?"

Está quase, está quase. 

"Ó mãe, já viste esta vista tão bonita...!" E enche-se o coração pela capacidade de contemplação que vão aprendendo e que nós reaprendemos com eles. 

À vinda, na descida, por entre o arvoredo, um pequeno riacho que é preciso passar e uma ponte meio improvisada e que vem dar um colorido bom a esta aventura: "Ai tenho medo! E se não sou capaz?" Sãos e salvos, pedem, quando chegam a casa se podem brincar só mais um pouco antes dos trabalhos e sestas. Cedemos em 5 minutos que se esticaram para quinze. Brincam, num forte, improvisado, feito por eles, na sala, com mais de 10 mantas e cobertores...

A vida num improviso. Tão bom. 













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