A reação ao texto do demónio fez-se sentir com muita gente a falar dos seus demónios em casa. Deve-se alguma praga característica mais desta altura do inverno. Não sei. E parece mais ou menos comum. Tipo como...pôr o dedo no nariz. Ah, é verdade isso ninguém faz. Pois claro.
Em conversa hoje com um amigo, falávamos sobre este fenómeno que mais parece uma moléstia que se apodera das pessoas, quando nos lembrámos das repercussões que este demónio tem nas pessoas. Ficam, na verdade, possuídas.
Há nas duas versões.
Quem acha que está acordado e quem tenta acordar.
Na primeira temos quem se deixa dormir e jura a pés juntos, ou melhor deitados, que não o estava a fazer. De nada adianta mostrar o fio de baba que entretanto fico a escorrer, ou o cabelo desgrenhado e melhor (ou pior...) a falta de lucidez demonstrada.
"- Acorda, vá, vai-te deitar na cama!
- Quem, eu?!?! Nem tenho sono! Não vez que estou a ver na TV o ughigrunflekj jkljkl..." e apagou-se de novo.
Pior mesmo só a segunda tentativa em que se tenta, de novo, com enorme paciência, voltar a acordar o ser que está possuído pelas demoniacas mantas, cobertas, almofadas e conforto do sofá. Entre tons de vozes alterados, palavredados pouco contidos e salpicos de baba fresquinha a escorrer, surge um monstro diante de nós, transformado, mesmo que seja a partir da pessoa mais dócil, acordada há muito poucas horas.
1 para o demónio, 0 para o ser amorfo.
Em relação à outra versão, a quem tenta acordar o monstro, sabe-se pouco. Apenas que ouve o que não quer, raramente responde e tem paciência até transbordar de uma caneca de chocolate quente.
Vou agora, só ali enroscar-me mais um pouquinho. Este embalo do sofá, corresponde à versão de adulto de uma alcofa de bebé: aconchega, reconforta e sabe tão bem o sono que por lá desmaia.
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