Diário de bordo: dia 4# e qualquer coisa

Vista do novo quarto.




Vista do quarto...noite.



Neve a cair...


Diário de bordo: dia 4#

Salto do dia 3 para o 4...porque os dias têm sido grandes e com muito para absorver.

Esta não foi só uma viagem à Itália, foi também um pouco à Grécia, ou pouquito à Bulgária e muito à Holanda. Absorver e pensar em outras formas de trabalhar e aprender. Pensar como as colocar em prática nos nossos contextos. Acreditar que vão ser uma mais valia para os muitos jovens que poderão beneficiar com os Job Club
Estes Job Clubs, ainda por Itália mas com a certeza de ter nestes países, parceiros cheios de vontade em implementa-los. No caso português, com a supervisão da Insignare que fez o convite à ETPS e a ETPS fez o convite a mim. Quase simples.

E porque estamos em Itália tem de haver tempo para a degustação porque não há necessidade alguma de dificultar as relações e contactos com os nossos amigos Italianos! Faz-se o grande sacrifício a bem da nação.

Ahhhh...já não preciso de avião para chegar a casa...vou a rebolar até lá.






Parece mal dizer que não, não é? :)







O jantar esteve quase para ser cancelado: as estradas cheias de neve e gelo e os carros de todos nós, à excepção dos naturais de cá, sem correntes de neve. Tudo se resolveu quando o proprietário do restaurante, um jovem de 26, sugeriu que se não conseguíamos todos e ter com ele, então viria ele ter conosco, para servir o jantar no espaço de trabalho destes dias.

Seria mais fácil para ele, cruzar os braços e dizer: " OK, vocês não vêm, por favor, paguem-me na mesma." Mas cruzar os braços é dizer um pouco à vida que não queremos saber dela. Gostei muito desta atitude dele. Soube depois ainda que está a tentar recuperar a tradição do forno a lenha comum da sua vila, promovendo que ao domingo a comunidade vá fazer em conjunto, pão e bolos. Aproveitando no jantar, que tinha lá gente de 5 nacionalidades diferentes, pediu a cada uma delas, na sua própria língua, para ler um pequeno texto que visa a promoção desta iniciativa. A leitura desse texto foi filmada e será feito um simples filme de divulgação. A língua portuguesa estará também presente.








Diário de Bordo: Dia 2#

O dia amanhece, mais uma vez, com choviscos e céu cinzento. Não faz mal. Afinal prevê-se muita partilha de saberes e tentar conhecer um pouco melhor esta cultura e as outras todas com quem temos passados os dias: um grupo da Holanda, da Hungria, da Grécia e também da Bulgária, para além dos italianos, nossos anfitriões.

O desafio é implementar, na nossa comunidade, e no meu caso, na Escola Profissional da Sertã, um Job Club. Um Job Club consiste numa estrutura mais ou menos organizada em que um grupo se organiza e propõe ajudar-se, tendo em vista alcançar o objetivo principal, que é encontrar um trabalho. Acente em três princípios simples:


  • conhecimento próprio;
  • informação real sobre o mercado de trabalho;
  • procura ativa de emprego - caça ao trabalho, saber promover-se junto das entidades empregadoras.
Não é, propriamente, uma novidade em Portugal mas a forma como está estruturado e pensado, através de recursos on-line, sim. A ideia de juntar pessoas, que estejam motivadas, para realmente sairem da sua situação de desemprego, parece ser muito aliciante.

A ver vamos. 

Houve ainda tempo para absorver algo da cultura local. Em cada esquina que se ande pela zona histórica, há sempre algo para descobrir. Uma das participantes holandesas, dizia ao jantar, que gostava muito das paredes restauradas do restaurante, pelas histórias que estas presenciaram ao longo dos tempos. Que Itália e Portugal têm muito para contar através dos seus monumentos. 

A experiência gastronómica desta região continua a ser uma descoberta. Umas vezes estranha-se, outras entranha-se. Só sei que, para quem me conhece, sabe que normalmente não bebo mais do que 2 cafés... ao ano. Só no dia de hoje foram 2 capuccinos, 1 café e um chá preto. Afinal, em Roma sê romano.

É vero.


O projeto.


O mentor Nicola e um dos elementos da equipa de trabalho, o Roberto. Gente boa :)




Uma das participantes portuguesas.


Eu escolhi sopa para o almoço e apareceu isto.




Uma das doses de cafeína do dia. Prefiro o chá mas perguntaram-me se estava mal-disposta ou com dor de garganta. Calei-me e bebi café.


Um quadro de pintura numa parede exterior. E porque não?



 .

Vista do Castelo que se vê do meu quarto


Chamei-lhe senori Garfild.


Cada árvore tinha uma inscriçião de um soldado falecido na 1ª guerra mundial.



Será que me deixam entrar???



Com uma estação dos correios tão bonita, estava capaz de escrever uma carta ao Pai Natal a agradecer.


Lanche para retemperar forças. Foi difícil de encontrar uma pastelaria ou café.



Deviam de estar a ver o Benfica ou o Sporting cá do sítio. Não resisti.



O que dizer? 



E ... ah...está bem.



Muito melhor.


Sim, eu sei... Mas, não quero saber. Não ficou nada para contar história e a empregada, ao levantar o prato, sorriu satisfeita para mim.


Dia de Bordo: dia 1#

O convite veio há poucas semanas da Escola Profissional da Sertã. Participar num encontro com outros parceiros, para lançar uma plataforma que visa facilitar o emprego nos jovens. Uma plataforma diferente, através de um jogo na net. Pareceu-me bem. Muito bem. Precisamos muito disto. Dar a volta por cima, também assim.

"Sim, sim...mas olha, é em Itália!"

Passado o espanto, toda a fase de logística e o incondicional apoio familiar e de quem está tão perto de mim, e sem o qual seria impossível embarcar nesta aventura, embarquei literalmente hoje, com um grupo de mais quatro portugueses. Gente que passei a conhecer há poucas horas do dia de hoje ( ou será de ontem???), gente boa e animada,  para Itália. 

Saí de casa às 4h30, 14h depois, cheguei a Campobasso, ainda com tudo por explorar e conhecer. Mas ficam as certezas de gente acolhedora de outros países, das tantas experiências e vivências europeias e de um jantar. Um jantar, o primeiro dos restantes desta semana e que a continuar assim, irei levar excesso de bagagem não na mala mas dentro de mim. 

A comida une-nos e faz-nos sentir mais próximos nesta troca de sabores. 

Amanhã retomam-se os trabalhos. Entre uma e outra coisa de hoje, este sentimento de gratidão e de compreender e aceitar de vez que, da mesma forma que se aceitam as fases cinzentonas (e há com cada uma...) será de aprendizagem e sabedoria, aceitar as coisas boas dos dias: um café retemperador, um bilhete escrito pelo meu cavaleiro de sempre e escondido na mochila de viagem e este abrir os pulmões para a vida e respirar também os mimos que nos vai dando.

Amanhã há mais ;)


Primeira neve neste outono.




Primeiras entradas, ou antipasta. Um prato deste para cada um... 


2ª entrada. Batatas fritas com raspa de trufas.


E já ninguém sabia como mas ainda provámos o prato princiapl. Não sobrou nada...


E sim...ainda houve um tabuleiro de sobremesas. Saudades do nosso leite creme caseiro, tigelada beirão ou uma boa mousse de chocolate. Mas lá que foi bonito foi.




Vista do quarto de hotel, com o castelo lá ao fundo, lembrando o da minha santa terra.




Pai Natal ... pode ser?

Gosto de coisas bonitas. Pensadas, com cores que agradam e inspiram. 

Como estas:

aqui


ou  algo assim



Lancei por brincadeira, para o universo, a vontade de ter, porque insisto e persisto que aquilo que se envia para o universo, mais cedo ou mais tarde volta.

No duche desse dia pus-me a pensar naquilo. (As ideias que já tive naquele duche... Não sei se há algum bloco de papel impermeável mas eu estou a precisar de um, antes que as ideias mergulhem com a água, ralo a fora). O que é que realmente queria, ou não, que o Pai Natal de todos os dias me trouxesse. Que coisas me iam fazendo feliz, arrancar um sorriso. 

E assim surgiu este movimento nacional e internacional cá de casa:

Pai Natal...pode ser?

Hoje foi este desejo de ir ver estes senhores ao vivo. E que adequado o título desta música Adventure of a lifetime, e do novo álbum - A Head full of Dreams.





Pai Natal... pode ser?

Até lá, inspiro-me nesta prestação ao vivo. Sim, não precisa de ser em Paris, já me contento aqui mais perto.






E aí, o que dava mesmo jeito que o Pai Natal se lembrasse de trazer à vossa alma?