Há depois as outras. Praias em que, apesar de se consultar o boletim de metereologia, a praia é caprichosa. E se a poucos quilómetros está um céu limpo e rasgado pelo sol, ao nos aproximarmos, vê-se um denso manto de nevoeiro. Há dias em que se fica até bem perto do anoitecer, aproveitando um calor pouco habitual para aquela tarde de entardecer, e outros, em que só de casaco vestido e com alguma resistência psicológica, se vai por ali ficando. Banhos, às vezes. Raramente se vêm bandeiras verdes, e isto sem qualquer preferência clubística. Apenas... por ali impera o vermelho. Quanto muito o amarelo e à cautela. Os nadadores salvadores andam num rodopio. Nunca se percebe bem o que vai acontecer, por isso, aproveita-se bem o que há a cada instante. Se está bom tempo, fica-se porque amanhã, nunca se sabe.
Andar por estas praias faz-nos pensar mais no presente. Obrigatoriamente aproveita-se o que há, e isto se se quer ter algum proveito de banhos de sol, de mar e com sorte algum calor. São também muito autênticas. Mostram o vigor, são frontais, têm caprichos.
Às vezes apetece praias mornas. Outras vezes, praias desbravadas em que se ouvem as ondas, em que se tenta superá-las, fintá-las até, para se tirar algum proveito. Põe-nos à prova e a nossa capacidade de nos adaptarmos aquilo que são capazes de dar. Tal como a vida. Vivendo o presente.
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