(Banda sonora boa para este post
http://www.youtube.com/watch?v=umjDHyfKxO8.
Sugestão de um dos meus blogs preferidos - http://asnovenomeublogue.clix.pt/)
Às vezes há muito barulho. Muita cor. Muita confusão. Muitas palavras. Ideias a percorrer as almas, os corações. Muita festa, muita luz. Imensos horários e prazos a cumprir. Às vezes é assim. Tanto que se se deixa de ouvir. Cá dentro uma voz que clama em não desistir. Um desconforto que agita, sabe-se lá de onde vem. Um respeito necessário e urgente. Às vezes é assim. O coração ligado à boca, os pulmões aos ouvidos. Num todo harmonioso disfuncional que funciona. Mas menos benzinho.
E então pára-se tudo. E fica-se a sós. A ouvir a respiração. A sós. Por uns momentos a apreciar o que vai cá dentro e pôr em ordem, os dias, os caminhos que se querem trilhar. Dar-lhes voz. A nossa.
No Yoga há uma ideia que diz mais ou menos isto: a mente funciona como macacos numa árvore - raramente estão parados. Há sempre um a saltar de um lado para o outro. Tal como os pensamentos e as emoções da mente. E torna-se urgente ficar a sós, connosco, só porque é importante, muito importante fazê-lo. Por nós. E muito pelos outros que não querem, nem têm que levar com o caos que vai cá dentro. Mas principalmente por nós.
Sossegar os macacos. Ou os pensamentos. Ou o que se queira. Mas às vezes é momento de sossegar, a sós. E a seguir parte-se para o verbo agir. Até lá, pshhhhh...a sós, sabendo de antemão que estar a sós, não quer dizer que se sinta sozinho.