O QUE FICA
O que fica, será a forma como
mostramos a nossa indignação e revolta, nos pequenos gestos dos nossos dias.
A forma como tranquilizamos os
nossos pequenos, dando-lhes apenas pequenas doses do que nos rodeia mas sem
exagerar nessa dosagem de realidade que, felizmente, não precisam, nem têm que
lidar.
A forma como gerimos os nossos
medos e angústias. A forma como queremos já aqui e agora, demonstrar respeito,
tolerância, empatia, diálogo e comunicação. Começa com as pessoas com quem
vivemos, trabalhamos, o vizinho do lado.
A forma como escolhemos ajudar a
quem está lá longe, e que em breve, também estará por cá. Sem apontar dedos a
quem escolha fazer de forma diferente. Cada um, à sua maneira, estará a fazer o
seu melhor. E só isso, já vale a pena.
A forma como ouvimos. Ouvir, sem
interromper, acolher o outro, as suas partilhas e dúvidas.
Há quem, neste momento, não tenha
escolhas, que não sejam as da sobrevivência primária. Honremos as nossas, as
muitas escolhas que temos ainda neste momento. As muitas portas que podemos
abrir, que sejam reflexo daquilo em que mais acreditamos, os nossos valores, o
nosso farol mais interno e que nos guie, na forma de estar perante os outros.
O que fica será sempre a forma de
Ser(mos) Humanos. Todos os dias, um pouco mais.
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