No outro dia, falava-se nas redes sociais, sobre gostar ou não das chamadas telefónicas e da preferência pelo envio de sms. Deste lado, a preferência recai em 98,9 % das vezes pelo registo escrito por ser menos invasivo, por deixar espaço, deste e do outro lado, por ser tão mais prático.
Depois há vozes.
Há vozes que nos transportam para um abraço grande, para saudades, para lugares onde já fomos e somos felizes, que acolhem e aconchegam e às quais sou grata pelas muitas partilhas que fazemos. Umas vezes em silêncio, outras assim, só para contar mais uma (des)aventura. Sabemos que estamos lá, quando tanto na partilha, como no silêncio, a intensidade da emoção se faz valer, pela profundidade, verdade e pelo amor imenso.
Às vezes, os meus meninos perguntam-me sobre a história, desta ou doutra pessoa, que notam que me faz brilhar e ser melhor ser humano. Essas pessoas-vozes digo-lhes que as conheço desde sempre, que há uma história física em que as nossas caras se cruzaram mas que o sentimento existe desde o infinito. E essas verdadeiras amizades de tal maneira já foram postas à prova, ao longo dos tempos, nas voltas e piruetas dos dias, que estas pessoas sempre por aqui moraram, numa relação tempo-espaço que não existe e que, por isso mesmo, nem Einstein saberia explicar.
Há vozes e há pessoas que nos transportam para esses lugares infinitos e isso é dar voz a quem e ao que importa cá dentro.
(P.S.:Tal como esta fotografia, tirada há semanas, no meio de uma cidade.)
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