Foram precisas 116 vezes, para que 21 dias seguidos acontecessem. O desafio era 21 dias seguidos a fazer algo e a vontade era a de 21 dias seguidos a meditar. Na primeira tentativa havia a inocência de achar que seria muito fácil, encontrar cinco ou dez minutos diários, ficar quieta a respirar. Ahhhhh... o ser humano na sua mais ingénua presunção! Após várias tentativas apercebi-me que era ao fim-de-semana que o tempo voava. Uma sobreposição de listas de afazeres, de desempenhar papéis que não eu própria e nesse respeito necessário de tirar um tempo para cuidar... de mim. Não sou sequer original. Basta juntar um grupo de pessoas para verificar que guardamos pouco tempo para respeitar os próprios ritmos e os nossos espaços individuais, tão importantes para depois se encontrarem espaços de encontro com o outro, sejam eles filhos, companheiros, amigos.
Foram-se metendo também acontecimentos, nos atropelos dos dias, que fizeram interromper a cadeia destes 21 dias seguidos. Diz-se que se demora 21 dias a criar um hábito e gostava muito que este se mantivesse pelos benefícios que traz quando finalmente, um dia, para além de conseguir ficar quieta a respirar, ficar também sossegada, nos milhentos pensamentos que teimam em não sossegar também. Neste momento, esta meta é minha e sei, porque já fui aprendendo que, com a dose certa de persistência e de acreditar, que aos poucos chegarei ao resto. Babysteps. Até lá é persistir e pensar num novo hábito a instalar, por mais 21 dias.
P.S.: Usei a app Calm que tem uma série de sessões gratuitas, algumas orientadas, outras mais livres, e com a possibilidade de se poder escolher o tempo de meditação.
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