Para sábado(s)

Aos sábados de manhã, tudo o que é instinto assassino e que terei cá dentro a morar ainda dos tempos antepassados da minha avó domadora de dinossauros e do meu avô caçador de mamutes, vem ao de cima. Depois de uma semana bonita mas intensa de trabalho, o que apeteceria fazer era um refastelado pequeno-almoço cheio de vitaminas e sementes e beterrabas e rabanetes e budas-não-sei-das-quantas, tirar uma fotografia com o nascer do sol, junto ao mar e postar em todas as quinhentas redes sociais, comigo já equipada e maquilhada, linda de morrer. 

Mas não. E nem me vou dar ao trabalho de descrever como estou neste momento e o que já comi, com receio de ser banida pelos senhores do Mark do faces e afins. 

Os meus sábados de manhã são passados a ... limpar. Arrumar. A dupla de limpar&arrumar. Ahhh...tão pouco emocionante, não é? 

Então, como calar essa voz de assassina nata que cresce em mim logo de manhã? O que faço é simples. Encho-me de tudo quanto possa distrair o tico e teco que estoicamente sobreviveram à semana. Este sábado foi isto. Vale a pena ver. Vale tanto que os pequenos habitantes que estão cá por casa já me vieram perguntar porque estou tão feliz a mudar camas e a limpar o pó. 

Distrair a mente e rir. Rir muito. Planos para hoje.

P.S.: Pelo minuto 5 e 50... a descrição daquele senhor... Ahhh...raios. O café que me saltou com a gargalhada. Também vou ter que limpar isso. Perdoa-se pela qualidade dos convidados.



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