A Finlândia é o número um. Há livros que explicam e exploram esta questão. E há também este documentário muito breve, que faz refletir sobre o que se anda a fazer por lá e que necessariamente nos faz pensar em cá. Pela insistência em cargas horárias cada vez maiores quando está comprovado que menos, é mais. Por remeter para segundo plano a Música, a Expressão Motora, a Poesia, a Culinária e tantas outras áreas do saber, tão ricas. Continua-se a perguntar a filhos e sobrinhos, as notas de matemática e português. Remete-se para segundo plano "as outras", mais enteadas desta relação de ensino.
Está comprovado que de uma hora de formação ou aulas, a não ser que se fomente a atenção ativa e focada, o ser humano retem 10 minutos. 10 minutos. Em em alguns casos, 10 loooongos minutos.
Menos horas de aulas resultam em máximo desempenho, num curto espaço de tempo, a mais tempo livre, para o desenvolvimento em outras áreas tão ou mais importantes que as académicas. Continuamos a ter ministros e secretários de estado que criam os seus CV fantasmas, por falta de princípios e valores éticos de base, mas também porque se valoriza o formalismo académico, em detrimento de competências reais e efetivas de muito bom desempenho.
Às vezes é difícil defender alunos que se percebe que não encaixam no sistema atual e por isso são apelidados de casos de insucesso ou em perigo de abandono. Bastaria mudar-lhes o cenário e rapidamente o paradigma de sucesso individual, mudaria do preto, para dias cheios de cor. Alguns crescem a acharem-se insucessos só porque não encaixam dentro do quadrado. Como fazê-lo, se eles são triângulos, circunferências irregulares e um sem número de outras formas que não as convencionais?
Por isso, quando faço aquele exercício-ultra-científico de "Quando me sair a lotaria o que vou fazer..." para além de outras coisinhas mais mundanas, vem-me sempre isto à baila: criar uma escola de raíz como a sinto na alma e coração. Mais assim, como se pode ver a seguir.
A escola precisa de sair do quadrado. É urgente ver isto.
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